In Público (18/5/2008)
«A Câmara Municipal de Lisboa recuou na decisão de cortar 75 por cento no financiamento aos arraiais dos santos populares em Lisboa, integrados nas Festas da Cidade, em Junho, ajustando o valor para os mesmos 5150 euros de 2007, segundo informação transmitida ontem por representantes das colectividades.
Foram 30 os representantes de colectividades, juntas de freguesia e responsáveis da Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa (ACCL) que se reuniram na sede da associação A Voz do Operário para decidir o possível boicote às Festas de Lisboa, ameaçado na quinta-feira, devido a um anunciado corte no financiamento camarário para os arraiais de 2008. A reunião, que se esperava agitada, realizou-se sob um clima de satisfação e congratulação das associações pelo que consideram ter sido uma "vitória".
"Tive conhecimento de que o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, terá voltado atrás na sua decisão e que vai repor os valores para os mesmos do ano passado [2007]", afirmou aos presentes Vítor Agostinho, representante de A Voz do Operário. Os dirigentes e representantes das colectividades congratularam-se então com o que dizem ser "o reconhecimento da Câmara [de Lisboa]" do trabalho que prestam.
Para amanhã, está marcada uma reunião com a empresa que gere os equipamentos culturais da autarquia (EGEAC), no Teatro São Luiz para anunciar a decisão do executivo camarário.
Caso se confirme o retrocesso na decisão por parte da autarquia lisboeta, cada uma das 27 colectividades irá receber o valor de subsídio de 5150 euros, quantia igual à que foi recebida em 2007, em vez dos 1284 que foram aprovados na passada quarta-feira, em reunião do executivo camarário. Lusa »
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