04/09/2008

Cais das Colunas é inaugurado em Dezembro, garante ministro das Obras Públicas

In Lusa, 4 de Setembro

“Os lisboetas vão poder voltar a ver o Tejo do Cais das Colunas no dia 15 de Dezembro, garantiu hoje o ministro das Obras Públicas, Mário Lino.

"No dia 15 de Dezembro vimos inaugurar isto", afirmou Mário Lino durante uma visita ao Cais, cuja reabilitação estão a ser feitas pelo Metropolitano de Lisboa, devido às obras de prolongamento da Linha Azul.

"Temos esta bela praça e a população de Lisboa afastada desta parte ligada à nossa história há dez anos", lamentou Mário Lino, reforçando que "nem chuva nem vento" impedirão a inauguração que se não for no dia 15 de Dezembro, até será antes, assegurou.

O presidente do Metropolitano de Lisboa, Joaquim Reis, não teve problema em aceitar o prazo imposto pelo ministro, assegurando que é uma data realista.

O "novo" Cais das Colunas terá lajes de mármore novas mas com o corte e a traça das lajes antigas.

Joaquim Reis referiu que foi necessário substituir lajes que já não eram originais quando as obras começaram e o Cais foi retirado do seu lugar original.

"Ao longo de décadas foram sendo substituídas com lajes de argamassa e betão que não tinham nada a ver com o original. Optámos por repor a traça com pedra da mesma pedreira de que se pensa que vieram as pedras originais, na Batalha", disse o presidente do Metro.

Quanto ao resto das obras que ainda decorrem no Terreiro do Paço, o compromisso do Metro é que os aterros também desaparecerão a tempo da inauguração do Cais.

No entanto vai ser preciso esperar mais tempo para o cheiro a esgoto desaparecer do Terreiro do Paço: só daqui a nove meses estará concluída a obra que acabará com as descargas directas no rio Tejo.

A obra consiste num interceptor no Largo do Chafariz de Dentro, passando por uma estação elevatória no Cais do Sodré, que levará as águas até à estação de tratamento de águas residuais de Alcântara que está a ser completamente renovada.

Quanto ao túnel do metropolitano onde se verificou a derrocada ocorrida em Junho de 2000, o presidente da empresa garantiu que a infra-estrutura está estável: "não houve qualquer fissura ou movimento detectado na monitorização".”

3 comentários:

Anónimo disse...

Ora agora se pavimentassem o resto do Terreiro com as benditas lajes é que faziam uma coisa acertada. Ou então calçada portuguesa. Sinceramente o Terreiro do Paço na sua forma presente é um aborto.
E já agora podiam pôr umas sebezitas e uns bancos de jardim em condiçoes, nao? Uma ou outra árvorezita para o pessoal descansar á sombra? Esplanada? Tirar a merda dos carros? Dantes não havia nenhuma estrada a separar o cais da estátua.

Anónimo disse...

"No dia 15 de Dezembro vimos inaugurar isto", afirmou Mário Lino. Lamento que o senhor ministro Mário Lino se refira ao cais por "isto", não é um pormenor, é um valioso ícone da cidade de Lisboa e não um capricho de saudosistas lisboetas.
Quanto ao facto de "não havia nenhuma estrada a separar o cais da estátua", esclarece-se que também não se passava em frente aos edificios, como também não se tinha percepão dos vazios urbanos (obviamente gerados pelos edificios) que constitue hoje o Campo das Cebolas e o Arsenal da Marinha, desta forma a praça barroca de celebração da "Festa da Vida" do Terreiro do Paço perde a sua força e dimensão.
O Cais das Colunas, por força das circunstâncais deveria ser avançado, dando lugar a um passeio mais largo, quer junto aos torreões quer do lado do cais, óbviamene que esta obra obrigaria a finalizar os torreões colocando as suas coberturas.
Esta sim seria a obra a fazer.
Surpreende-me como não choca ninguem repor e refazer lages de pedra, mas re-desenhar em termos urbanos, mantendo a "intencionalidade", é dificil. Todos acham-se no direito de construir "novo" ao lado do velho, mas quando a dimensão passa para o metafísico aí já o medo se apodera dos técnicos e dos dirigentes.
Para vergonha de todos o desenho urbano da Baixa serve Lisboa à 250 anos, mas não é compativel com os regulamentos urbanísticos gerados no século passado.
"Estamos perante um problema global, um problema local, um problema colectivo e um problema pessoal. Se não resolvermos este ultimo, nunca resolveremos os anteriores.", como muito bem diz John Massengale.

Lesma Morta disse...

Esse já garantio tanta coisa, desde aeroportos na Ota e jamais a sul do tejo que já tou como S. Tomé. Ver para crer.