04/11/2010

Empresa escolhida para remover carros não tinha reboques

In Jornal de Notícias (4/11/2010)
Telma Roque e Teresa Cardoso

«Firma contratada teve de ir buscar veículos a Espanha. EMEL não comenta

A firma que a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) contratou para assegurar a remoção e transporte de viaturas, no âmbito de um concurso público, não tinha reboques e teve de importar carros de Espanha, que não dão conta do serviço.

A denúncia parte da Transfadigas, a empresa que prestava este tipo de serviço há sete anos, através da Ibero Assistência, e que agora foi preterida.

Fernando Fadigas, proprietário desta firma com sede em Viseu não coloca de parte a hipótese de contestar o resultado do concurso e acredita que a EMEL tomou "uma má decisão" ao entregar o serviço a uma empresa "que ninguém conhece no mercado".

Fernando Fadigas não se conforma com o resultado do concurso. "Nós fazíamos um bom trabalho. Por dia, conseguíamos rebocar 40 a 50 viaturas. Não percebemos por que razão não fomos escolhidos", afirma Fernando Fadigas, acrescentando que a empresa vencedora "não tinha sequer reboques para prestar o serviço".

De acordo com o empresário, a firma vencedora teve de importar "dois ou três reboques de Espanha". Conta que houve reboques a efectuar serviços com matrícula espanhola, mas que foram rapidamente "encostados" e agora já têm matrícula portuguesa. Porém, "não estão a dar conta do recado", assegura.

Uma fonte não oficial da EMEL, confirmou ao JN que o serviço prestado piorou em termos de qualidade, uma vez que a anterior firma, a Transfadigas, conseguia ser mais eficaz, uma vez que tinha mais reboques. Revelou ainda que os novos, adquiridos pela firma vencedora, são "fracos" e não conseguem rebocar todo o tipo de viaturas.

Já a fonte oficial da EMEL contactada pelo JN recusou prestar qualquer comentário sobre o assunto.»


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Certamente que alguém devia conhecer a empresa que ganhou o concurso.

6 comentários:

Pedro Leão disse...

Bom, a ver se entendo: Foi contratada um empresa para rebocar carros que não tem reboques...
E que mesmo depois de se tentar "desenrascar" com reboques arranjados à pressa presta pior serviço que a empresa anterior.
E a EMEL não comenta.
De quem será essa empresa que "ninguém conhece no mercado", essa empresa de reboque de viaturas que por acaso nem reboques tem??
O que é isto? Um sketch dos Monty Python ?
Estará todo louco? Ninguém acha isto estranho?

PF disse...

Mas que raio de notícia é esta?
Mas alguém estaria à espera que o gajo que perdeu o concurso viesse dizer bem do seu concorrente...? E levanta-se logo uma suspeição? Mas que palhaçada é esta?

Xico205 disse...

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

Luís Alexandre disse...

Talvez conhecessem melhor o seu sócio/dono.
Infelizmente este tipo de expediente é muito comum (também utilizado na contratação de meios aéreos de combate aos incêndios). Se foi o caso do concurso em causa não sei, mas também já ninguém acredita na boa fé dos governantes e gestores públicos.

Anónimo disse...

O "gajo" não perdeu um concurso para um concorrente, perdeu o concurso para uma empresa de reboque que não tem reboques...
Eu próprio estou a pensar candidatar-me a fazer o transporte de pessoas entre o Cais do Sodré e Cacilhas. Não tenho cacilheiros, mas pronto, sou concorrente da transtejo.
Uma ida fugaz a Espanha e problema resolvido com uns barquitos de apanha de sardinas, hombre!

Anónimo disse...

como e' possivel escrever este artigo sem indicar o nome da firma?