10/11/2010

Terá Lisboa ficado mais bonita e mais rica com isto? #3


Avenida Duque d'Avila (R. Antº Enes/Av. Luís Bívar), até finais 90



Avenida Duque d'Avila (R. Antº Enes/Av. Luís Bívar), hoje

14 comentários:

Carlos Botelho disse...

Não, não ficou.

Um ou dois números a seguir a esse, na Dq Ávila, havia também uma moradia com um painel de azulejos belíssimo: foi destruída e substituída por uma "coisa" azul no princípio dos anos 90.

Julio Amorim disse...

Já agora....o novo PDM ali em cima vai permitir mais ou menos disto ?

Anónimo disse...

O ideal seria manter. No entanto nem sempre é possível. A generalidade destes espaços são privados e exigem elevados recursos para manter e conservar. Como proprietário de um prédio em Lisboa com quase 100 anos sei bem do que falo. Actualmente e salvo melhor ideia que ainda não conheci, acho esta a melhor solução para preservar certas fachadas. Aliás morando perto deste edificio vejo por evzes turistas a tirarem fotografias ao mesmo. Com isto consegue-se o melhor de dois mundos, ou seja, manter a fachada e rentabilizar o imóvel. Mas como digo, apresentem melhor solução que a defenderei.

A.lourenço disse...

Em Portugal,sobretudo em Lisboa pois há excepções, tudo o que é recuperar é impossível e economicamente inviável.Gostava de saber como é que em cidades Europeias como Paris ou tantas outras as coisas estão bem conservadas o património é respeitado e as cidades funcionam.Alguma coisa deve andar muito mal por lá.
Já agora porque é que em Alfama, por exemplo ,onde há procura se encontram casas da CML , recuperadas e fechadas há anos?Os bairros históricos de Lisboa , dos mais bonitos da Europa e do mundo estão degradados e feios e não me parece nada que este PDM vá ajudar em alguma coisa.Parece-me que bem pelo contrário.Infelizmente.

Anónimo disse...

A recuperação é essencialmente uma questão financeira, podendo em certos casos ser uma questão comercial. Na parte financeira, podemos ter por exemplo um prédio arrendado, sendo que na maioria dos prédios antigos as rendas são baixas e não permitem suportar os custos de uma recuperação. Se o prédio estiver devoluto, também na maioria dos casos, os interiores não se adequam às exigências actuais dos clientes. Por exemplo nas Avenidas Novas existem muitos prédios com apartamentos de 5, 6 ou mais assoalhadas, só com uma casa de banho, e tendo mais de 4 pisos, sem elevador. Falando de Alfama, de oriegm, a maioria nem casa de Banho tem, nem espaço para a criar. A solução que não passe pela demolição, passa por alterar e adequar o interior à vida moderna. E aqui entramos nos aspectos comerciais. De qualquer forma acho que Lisboa tem sorte em ter ainda muitos e lindissimos edificios com mais de 50/60 anos que ainda são valorizados. Veja-se os edificios da Av. António Augusto de Aguiar, onde raramente aparece um apartamento ou escritório para venda/arrendamento, e quando aparece facilmente é comercializado por valores elevados. Numa perspectiva oposta vemos edificios dos anos 70 e 80 que já não têm procura. Exemplo, é o edificio do Centro Comercial São João de Deus, junto à Casa da Moeda, construido em meados da década de 80, e que já tem um aspecto deplorável, sendo o seu valor comercial diminuto. A solução passa por conciliar parte financeira com parte comercial, numa perspectiva de longo prazo. E nessa pespectiva tem-me parecido adequado soluções como a apresentada neste post ou em posts anteriores focados em imóveis que estão a construir com manutenção da fachada.

Julio Amorim disse...

O número de divisões por apartamento, falta de casas de banho, falta de elevadores, etc. não foi obstáculo em muitas cidades que já reabilitaram praticamente tudo....pelo menos uma vez. Apartamentos grandes podem-se transformar em vários mais pequenos e vice-versa. Elevadores e casas de banho novas não são tão pouco obstáculos a reabilitação, podendo-se mesmo assim poupar muitas das características e materiais de origem no edificado.
Claro que, este tipo de soluções requer experiencia e sensibilidade.
Agora as rendas de poucos euros e reabilitação...isso é que não dá.

Xico205 disse...

Respondendo ás 2:03:

Mas alterar as casas por dentro e dum apartamento fazer varios com casas de banho novas é adulterar os imoveis pondo novos materiais. É esventrá-los! Isso apenas propicía um cenário de fachadinhas de teatro! Ai ai estas contradições!

Arq. Luís Marques da silva disse...

Destruíu completamente o belo edifício existente; é isto que o novo PDM deve proibir.

Anónimo disse...

A questão continua a ser outra e vou tentar reformular.
Imaginem o seguinte cenário que não deverá andar muito longe da realidade do edificio original em finais dos anos 80 : Um edificio com cerca de 60/70 anos, a precisar de obras; no máximo 10 fracções arrendadas com rendas baixas; Taxi de IMI elevada visto estar situado num dos locais do pais com mais elevado Coeficiente de Localização. O que fariam neste caso ?

Luís Alexandre disse...

Eu respondo-lhe prontamente, Carlos Leite Sousa; vendia e borrifava-me para a estética.
Não teria qualquer benefício em tentar reabilitá-lo.

FJorge disse...

Um exemplo dos super cabeçudos que estão a invadir Lisboa.

Xico205 disse...

Se há um esvaziamento populacional do centro da cidade criticam. Se se toma as medidas necessárias para que haja mais população a residir no centro criticam à mesma. É o que se chama ser preso por ter cão e preso por não ter.
A integração do acrescento na pré-existência não poderia ter sido melhor.

Anónimo disse...

Caro F.Jorge,

É verdade o que diz. Mas deixe uma solução para este caso concreto.

Anónimo disse...

Caro F.Jorge,

É verdade o que diz. Mas deixe uma solução para este caso concreto.