10/05/2015

TURISMO: A MORTE DO ELÉCTRICO 28















Martim Moniz, paragem do eléctrico 28 na 6ª feira dia 1 de Maio às 11:50 da manhã. 

Quando apareceu um veículo entraram 40 passageiros (apenas 1 era português/lisboeta). A fila como se imagina ficou entretanto na mesma porque enquanto entravam 40, outros tantos se vieram juntar ao longo grupo. Para "aviar" esta centena de passageiros, que não parava de crescer, seria preciso 3 veículos de uma só vez. Mas daqui por 2 anos provavelmente já teria de ser o dobro. Este crescimento de turistas em Lisboa não é sustentável como é óbvio.

Também já é bem conhecido o modus operandi do típico turista do 28: entram no início do percurso - por recomendação do Lonely Planet ou outro guia desse género que se diz defensor de um "Turismo responsável e sustentável". Começam pois no Martim Moniz ou nos Prazeres e depois de se sentarem confortavelmente, de preferência à janela, já só se levantam na paragem terminal. Os poucos residentes de Lisboa, sejam de idade ou novos, com bengala, sacos de compras ou crianças são, regra geral, simplesmente ignorados. O que devem fazer os lisboetas que precisam do 28 para trabalhar, viver ou só passear? Que apanhem um táxi ou fiquem em casa é o que parece dizer Lisboa aos lisboetas

Qual é a capacidade de carga do eléctrico 28? Que está a fazer a CARRIS? E a CML? E a Secretaria de Estado do Turismo de Portugal? Quem souber que nos informe. 

A realidade é que o turismo massificado está a matar o eléctrico 28. Para os mais pessimistas, o actual modelo de Turismo em Lisboa já matou o 28.

18 comentários:

Anónimo disse...

Já aqui comentei por mais de uma vez que o 28E me faz imensa falta e que para me deslocar, por necessidade, da zona do topo da Calçada da Estrela para a zona do Chiado (e vice-versa), tive de encontrar, do meu bolso, outras alternativas...Parece-me intolerável que nem na sua cidade o lisboeta tenha direito a um transporte público de necessidade. E claro que eu não sou o único a senti-lo, nem a maior vítima.

Não sou técnico dessas matérias, mas há-de haver soluções. Uma poderia ser - parece-me - haver nessa carreira eléctricos exclusivos para quem tivesse adquirido o passe mensal...


Tiago (tuga na Alemanha) disse...

Discordo totalmente com o conteúdo deste poste. Que sugere? Apartheid dentro do elétrico de acordo com a nacionalidade ou local de residência? Os turistas - os maus da fita - pagam 5€ para subir o elevador de Santa Justa, quando um local com passe mensal paga 0. Desprezo este bairrismo radical. Se a CARRIS tem falta de elétricos, coloque mais a circular às horas críticas, ou os turistas andam de borla?

jac disse...

Boa Tiago, Finalmente alguém lúcido por estas bandas.

Anónimo disse...

Na Alemanha não há eléctricos.
Na Alemanha o privilégio é aos turistas.
Mas a Alemanha deixa-nos emigrar?
Acabem totalmente com os eléctricos.
Agora os tuc-tuc para os portucas e o que restar da classe média importem automóveis da Alemanha.
Vão fazer maiores descontos no futuro.
Divulguem o Blogue na Alemanha e apanhem as ideias que lá encontraram para os transportes colectivos.
Soluções ?
É pagar mais nos transportes.
Protestem com os condutores e deixem andar.
Soluções ?
Talvez no Totta.
Já se esqueceram das carroças e dos burros ?
Têm pouca imaginação.
Digam mal dos grevistas e deixem andar.
Mesmo na Internet, se não tiverem rupias para ir lá, descubram as soluções na Índia.
Sabem quem é o próximo Ministro destas áreas?
Pensem um pouco.

Filipe Melo Sousa disse...

este blog anda bonito.. agora querem deportar os turistas para Lampedusa

Anónimo disse...

A imbecilidade não paga imposto. Propor que portugueses E ESTRANGEIROS que façam a sua vida em Lisboa e precisem de 28E tenham eléctricos dessa carreira a si destinados não tarda nada é xenofobia...

Anónimo disse...

Já cá se sabe que o camisolinha verde, feroz partidário do transporte individual que só se digna circular com o rabiosque sentadinho no seu popó para uso exclusivo, é profissional da palermice...

Inês B. disse...

Pagamos 0 Eur no elevador de Sta. Justa? Então não pagamos o passe mensal? Pode sair muito mais barato, mas a custo zero é que não! Além disso se não tivermos passe também pagamos 5 EUR. Ou 2,80 EUR nos eléctricos. É que na verdade, a única "medida" que a CARRIS tomou para "travar" a afluência a eléctricos e elevadores por turistas foi aumentar o custo dos mesmos. O que, claro e como se vê, não teve repercursões absolutamente nenhumas. Apenas para o bolso dos portugueses encautos que não tiverem passe ou pré-comprados. Enquanto isso, nem o dinheiro que ganharam com a subida brutal dos preços investiram na abertura de mais linhas de eléctrico e/ou aquisição de novas viaturas. Mas a verdade é que já nenhum lisboeta apanha o elevador de Sta Justa, tais são as bichas e a fluência e por este andar nem o 28 e qualquer dia nem o 15... No caso do 28 é bastante grave porque serve uma população envelhecida que da Baixa para a Graça e vice-versa não tem alternativas e é vê-los - aos turistas - como muito bem diz o post a borrifarem-se para os lisboetas mais velhotes...enfim, mas há sempre quem, da Alemanha ou de Cascais e que não utilizando s transportes públicos de Lisboa, defenda o indefensável.

Anónimo disse...

É favor os senhores que moram na Alemanha indicarem a sua morada e afiançarem pela saudinha das suas mãezinhas que pagam do seu bolso as despesas que os lisboetas que simplesmente não conseguem utilizar o 28E, e têm de apanhar por sistema táxis, poderão enviar as respectivas facturas. Se não o fizerem são uns goelas tontas.

jac disse...

Mas... Será que quando tentamos apanhar o autocarro ou o metro e eles vêm cheios, é tudo turistas?

Anónimo disse...

A ignorância não tem limites. O 28E ANDA SISTEMATICAMENTE CHEIO DE TURISTAS EMOCHILADOS, que, como no post se refere, FAZEM NORMALMENTE O PERCURSO DE UMA PONTA À OUTRA - e o lisboeta que se lixe e emgigre.

Anónimo disse...

jac

Será que quando abrimos a caixa de comentários do CidadaniaLX e elas vêm cheias de imbecilidades, é tudo idiotas?

Filipe Melo Sousa disse...

sinceramente não entendo a questão. eles não pagaram pelo bilhete? o bilhete dá direito a um determinado percurso, portanto usam-no. acresce que os preços dos mesmos bilhetes foram bem aumentados, e custam mais o que aos portadores de passes (portanto turista até já é negativamente discriminado)

próximo post será insultar o turista que encomenda um prato e come tudo o que lhe serviram e pelo qual pagou. bandido, haveria de deixar metade, não é?

Anónimo disse...

APESAR DE LOTADOS CARRIS NÃO AUMENTA O N° DE COMPOSIÇÕES A CIRCULAR.

Este seria uma melhor proposta de título, algo que valeria a pena discutir. Agora isto que vocês fazem não serve para nada

Anónimo disse...

É pôr uns atrás dos outros e resolve-se o problema. Até se pode acabar com as carreiras inúteis. Talvez eléctricos de 30 em 30 segundos no 28E...

"Quando apareceu um veículo entraram 40 passageiros (apenas 1 era português/lisboeta). A fila como se imagina ficou entretanto na mesma porque enquanto entravam 40, outros tantos se vieram juntar ao longo grupo. Para "aviar" esta centena de passageiros, que não parava de crescer, seria preciso 3 veículos de uma só vez. Mas daqui por 2 anos provavelmente já teria de ser o dobro. Este crescimento de turistas em Lisboa não é sustentável como é óbvio."

Anónimo disse...

Afirmam que "O turismo massificado está a matar o eléctrico 28". Há 20 anos atrás o elétrico 28, como outros, era usado pelos lisboetas, com a pouca taxa de ocupação que se lhe conhecia. Os elétricos começaram a sair de circulação pela massificação do uso de automóveis mas sobretudo pelo abandono deste transporte por parte dos seus passageiros. Hoje, os que sobram circulam permanentemente cheios, com bilhetes super inflacionados, além de circularem composições restauradas, novas em folha. Se fazer pessoas perder a paciência porque querem ir sentadas no elétrico e já não conseguem é matar o 28, vocês lá sabem. De resto, a linha existe, está cheia e vai continuar a circular, por mais que haja energúmenos que continuem a parar a bela da viatura em quatro piscas em cima da linha "que eu vou só ali".

Anónimo disse...

Quem não sabe do que fala asneia sempre. É só ter a experiência de se esperar pelo 28E e ele chegar cheio a abarrotar, de tal modo que muitas vezes nem pára, para uma pessoa concluir que os que o esperam e dele necessitam afinal querem é ir sentadinhos. Irra, não há outro termo.

jac disse...

Se ela viesse com um espelho...