04/10/2017

Protesto pela obra de "restauro" no Palácio de Tancos


Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.c. PCML, AML, Vereadora Cultura e media

Somos a solicitar a v/melhor atenção para a obra em curso no Palácio dos Marqueses de Tancos, Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996), de que juntamos a fotografia possível.

Parece-nos escandaloso o que se passa com o pretenso "restauro" daquele palácio emblemático de Lisboa e antiga propriedade da CML, sendo que esta sempre justificou a aprovação do processo de alterações e ampliação apresentado pelo promotor, que o adquirira oportunamente, como contemplando a recuperação e o restauro que se impunham ao palácio.
Com efeito, não se trata de matéria apenas de mau gosto, mas de atentado ao património ali existente, mormente ao seu património azulejar que, recorde-se, é a sua maior mais-valia patrimonial, na circunstância azulejaria dos séculos XVII a XVIII.

Parece-nos evidente que:

1. A DGPC e a CML devem intervir nesta situação, embargando a obra em curso, e sancionando o promotor, no caso de se tratar, como esperamos, de um "restauro" à margem do aprovado por V. Exas.
2. A CML, doravante, tem que rever os critérios acerca da venda do seu património, mormente do seu património classificado.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Carlos Moura-Carvalho, Luís Serpa, José Maria Amador, Jorge Pinto, Ana Celeste Glória, Inês Beleza Barreiros, Maria do Rosário Reiche, Júlio Amorim, Pedro Malheiros Fonseca, Rui Martins, Luís Rêgo, António Araújo, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Miguel Atanázio Carvalho, Fernando Silva Grade, Filipe Lopes, Pedro Janarra, Luís Mascarenhas Galvão, Jorge Santos Silva, Maria de Morais, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Gonçalo Cornélio da Silva, Fátima Castanheira, Pedro de Souza, Virgílio Marques

(foto de José Van Zeller)

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