08/02/2018

Azulejos no Quarteirão da Suíça - Pedido de esclarecimentos à DGPC


Exma. Senhora Directora-Geral
Arq. Paula Silva

C.C. PCML, AML e media

No seguimento do revestimento a azulejo já executado no "quarteirão da Suíça", em Lisboa, e que terá sido autorizado pelos serviços dessa Direcção-Geral (http://observador.pt/2018/01/26/praca-da-figueira-com-fachada-coberta-de-azulejos/);

Considerando que os azulejos já colocados não são os azulejos que constavam da proposta original de Daciano Costa, de 2001;

E independentemente de considerarmos este revestimento violador das normas em vigor relativas ao Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina (anexo 3, referente ao tratamento das fachadas);

Serve o presente para solicitar a V. Exa. que nos esclareça se a autorização agora concedida pela DGPC se refere ao projecto de 2001 ou a este projecto agora executado (imagem em anexo).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Júlio Amorim

9 comentários:

Anónimo disse...

Várias perguntas importa também fazer, nomeadamente:
Quais são os limites da intervenção, que altera o revestimento original e se o parecer da DGPC incidiu sobre a totalidade da intervenção em execução?
O que está à vista no local, é que os limites extravasam o interior do recinto da Praça da Figueira (objeto do projeto original). Assim sendo, a excecionalidade evocada para aprovação desta intervenção, em contradição com os objetivos do Plano de Pormenor de Salvaguarda, fica prejudicada e sai fragilizada.
A questão prende-se com a inclusão do topo do quarteirão da pastelaria Suiça. Esta é uma opção que compromete a excecionalidade, que parece ter sido evocada e que compromete também a unidade individual deste bloco, arquétipo genuino e unico, da primeira fase da reconstrução pombalina e cuja idêntidade una importa preservar.
Trata-se de um dos objetivos que vêm expressos no Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina, que foi para cumprir esse objetivo tornado eficaz.

Anónimo disse...

A moldura dos vãos em «massa», tanbêm me parece ser bastante discutível. Não deveria ser antes em azulejo? Era outra questão que gostaria de ver esclarecida.

Anónimo disse...

Gostaria de saber o que está previsto para esconder os fios e cablagens aberrantes,que se encontram visíveis na fachada e ainda se está prevista alguma ação de reabilitação para os caixilhos. Certamente que o caciquismo abrangerá a totalidade das fachadas.

Anónimo disse...

É uma intervenção que se torna inconsistente e incoerente ao extravasar os limites da sua própria excecionalidade. Fica bem à vista o seu caràcter acessório e perturbador para a génese pombalina. Mas a vaidade foi aqui mais forte! Resta saber se com a total ou parcial conivência da DGPC.

Anónimo disse...


Arrancar estes, arrancar estes, alíás não são azulejos, são revestimento cerâmico de cozinha.
Quem é o "arquitecto" ??

Anónimo disse...

Uma vergonha e mal executada. Tanta presunção com tão pouca arte.

Anónimo disse...

A colocação dos azulejos quase à face das cantarias retira expressão, que a moldura em massa não restitui. Esta intervenção retira valor e não acrescenta nada. Não vejo como a DGPC, possa ter dito o contrário.

Anónimo disse...

Que enorme contributo para a perca de autenticidade!

Filipe Melo Sousa disse...

Simplesmente retirem todos os azulejos. Estes são menos maus que os outros tantos que infelizmente ainda estão em várias fachadas pela baixa, mas melhor mesmo é descontinuar essa tradição foleira.