Lisboa vai ter dois prejuízos de uma penada só?
Diz a imprensa de forma insistente que a Sonae tem em tribunal contra a CML, a aguardar sentença, um processo em que pede uma indemnização de 71 milhões de euros.
Está em causa a construção de duas torres de escritórios: uma já iniciada e outra a iniciar brevemente. Tudo ali na zona do Colombo. Coisa autorizada por Abecasis e que Sampaio travou em 93. Portanto, uma complicação que vem já de tempos imemoriais. Na altura, a empresa achou que «a conjuntura não era favorável», como disse ao ‘CM’ fonte da Sonae. Alguns anos depois, Santana Lopes cancelou a autorização. Desde então, tem sido uma sucessão de processos em tribunal. O último dos quais, já no tempo de Carmona Rodrigues, obrigou a CML a voltar a autorizar a construção das duas torres.
Esta foi uma guerra de Santana Lopes, segundo disse à época, baseado em parecer jurídico.
As torres em causa serão, ao que parece, uns grandes mamarrachos. Só que uma questão jurídica pode ser ganha mesmo tendo como leit-motiv um erro anterior.
Paulo Quaresma, presidente da junta de freguesia de Carnide, disse à jornalista do ‘JN’ Ana Fonseca que «o projecto tem sido bastante contestado pelo Junta de Carnide. Segundo o presidente daquele órgão autárquico, Paulo Quaresma, a construção das torres "levanta questões de segurança, de estacionamento e de preservação do espaço público" numa zona já "bastante congestionada"».
Sobre esta matéria, aconselho a consulta ao Cidadania LX neste post de Setembro do ano passado e também já em Fevereiro deste ano – e, claro, no JN de então, aqui, onde se esclarece, designadamente que « a construção das duas torres de escritórios fazia parte do projecto inicial do Colombo, quando Krus Abecasis ocupava a presidência da Câmara, mas acabou então por ser dada prioridade ao centro comercial. O projecto viria depois a ser travado por Jorge Sampaio, quando assumiu a presidência da autarquia. Foi sujeito a uma revisão em 1993, sofrendo novas vicissitudes durante os mandatos de João Soares e Pedro Santana Lopes».
Espero que a autarquia tenha capacidade negocial e que aconteçam duas coisas em simultâneo: por um lado, que os impactos negativos das duas torres possam ser negociados e minimizados; e, por outro, que a indemnização requerida em tribunal seja objecto de acordo entre a autarquia e a empresa e que não venha a ser paga nunca.
Diz a imprensa de forma insistente que a Sonae tem em tribunal contra a CML, a aguardar sentença, um processo em que pede uma indemnização de 71 milhões de euros.
Está em causa a construção de duas torres de escritórios: uma já iniciada e outra a iniciar brevemente. Tudo ali na zona do Colombo. Coisa autorizada por Abecasis e que Sampaio travou em 93. Portanto, uma complicação que vem já de tempos imemoriais. Na altura, a empresa achou que «a conjuntura não era favorável», como disse ao ‘CM’ fonte da Sonae. Alguns anos depois, Santana Lopes cancelou a autorização. Desde então, tem sido uma sucessão de processos em tribunal. O último dos quais, já no tempo de Carmona Rodrigues, obrigou a CML a voltar a autorizar a construção das duas torres.
Esta foi uma guerra de Santana Lopes, segundo disse à época, baseado em parecer jurídico.
As torres em causa serão, ao que parece, uns grandes mamarrachos. Só que uma questão jurídica pode ser ganha mesmo tendo como leit-motiv um erro anterior.
Paulo Quaresma, presidente da junta de freguesia de Carnide, disse à jornalista do ‘JN’ Ana Fonseca que «o projecto tem sido bastante contestado pelo Junta de Carnide. Segundo o presidente daquele órgão autárquico, Paulo Quaresma, a construção das torres "levanta questões de segurança, de estacionamento e de preservação do espaço público" numa zona já "bastante congestionada"».
Sobre esta matéria, aconselho a consulta ao Cidadania LX neste post de Setembro do ano passado e também já em Fevereiro deste ano – e, claro, no JN de então, aqui, onde se esclarece, designadamente que « a construção das duas torres de escritórios fazia parte do projecto inicial do Colombo, quando Krus Abecasis ocupava a presidência da Câmara, mas acabou então por ser dada prioridade ao centro comercial. O projecto viria depois a ser travado por Jorge Sampaio, quando assumiu a presidência da autarquia. Foi sujeito a uma revisão em 1993, sofrendo novas vicissitudes durante os mandatos de João Soares e Pedro Santana Lopes».
Espero que a autarquia tenha capacidade negocial e que aconteçam duas coisas em simultâneo: por um lado, que os impactos negativos das duas torres possam ser negociados e minimizados; e, por outro, que a indemnização requerida em tribunal seja objecto de acordo entre a autarquia e a empresa e que não venha a ser paga nunca.
6 comentários:
Bem....desde a década de 60 que a pobre Benfica só leva com mamarrachos avulsos. Uma das zonas da cidade onde o bom urbanismo brilha com uma ausência quase total...
JA
Talvez este caso da indemnização faça perceber à CML que as respostas, quer o sim quer o não, têm que ser dadas num prazo aceitável.
Para bem de todos.
É altamente discutível se as torres fazem sentido, ali, etc... Mas a Sonae tem razão.
a CM, não pode é andar a engonhar e tentar empatar projectosdurante anos e anos, o mais provávelé ter de pagar uma bela indeminização...
Sol na eira e chuva no nabal.
É a ditadura do capital!
A Sonae faz o que quer neste país, "eu tenho o telemóvel do sr. Primeiro Ministro se fosse preciso ligo..." sic, na SIC.
Como dão empreo a muita gente, ou aprovas ou vão 300 prá rua!
Á aí tomates ou não? Fácil boicote às compras em tudo o que é Sonae.
À ou Há?
Cuidado com a língua!!!
Ai, ai, ai.
que projecto horrível! o capitalismo no seu pior!
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