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Sejam eles hispano-mouriscos, encomendas da Flandres, de repetição, de obras encomendadas na Holanda, do Ciclo dos Mestres, da Grande Produção Joanina, do Rococó do Neoclássico, das fachadas de azulejo do Século XIX, de Rafael Bordalo Pinheiro, Querubim Lapa ou Jorge Barradas, de grandes campanhas do Metropolitano de Lisboa ou de outras grandes obras públicas, o azulejo faz parte da história da nossa identidade enquanto cidade.
Na viagem persistente da procura de uma casa, com algum carisma especial tenho observado com alguma tristeza a falta de azulejos, não apenas em fachadas, mas também no interior de algumas escadarias lisboetas.
Designado por uma placa de cerâmica quadrada, com uma das faces decorada e vidrada, o azulejo, importante para a cultura portuguesa, enaltece-se na vida das nossas cidades, não apenas pela permanência do seu uso ou por proteger e decorar tantos edifícios, mas também por ser uma arte decorativa tão subjacente à sua história.
Na intenção de uma preservação urgente partilho e enalteço por estas linhas, o projecto SOS Azulejo, uma iniciativa do Museu de Polícia Judiciária do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais. Com parceria do Instituto Politécnico de Tomar, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública, a mesma serve para combater o modo crescente e preocupante pelos furtos e vandalismos na grave delapidação do património azulejar português.
Para preservação das nossas cidades, fica o alerta.
3 comentários:
O roubo de azulejos, no interioror e exterior de edificios em Lisboa já está institucionalizado.
Nem vale a pena lutar.
Se a própria CML licencia demolições de edifícios ou intervenções que permitem a destruição de zulejos do sec XVIII (Na Baixa, por exemplo) e se a polícia municipal passa na Feira da Ladra e nem pergunta aos vendedores a proveniência dos azulejos que são vendidos (como não o faz, por vezes, em antiquiários, então é impossível controlar.
isto é receptação de património!
Está tudo entregue, literalmente, ao saque.
Existe, pelo menos, uma armazém na margem sul, que tem tudo, desde varandas a azulejos de palácios a antigas casas de lisboa que vão sendo demolidas. E até aparece na televisão.
O paraíso da receptação!
Só mesmo neste país.
Daniel tem razão,mas a CML ainda faz pior.Eu vivi num prédio com azulejos do séc XVII e XVIII,com painéis no interior,e como ia para obras chamei o Gabinete de História da CML,que fotografou tudo.Mas depois das obras desapareceram muitos deles,a começar pela escada.Quem terá ficado com os azulejos?A CML,ou empreieiro?
3-5-08 Lobo Villa
Caros Senhores
Sobre o descaminho de azulejos e elementos arquitectónicos de edifícios históricos nacionais, recomenda-se a consulta ao site americano da actividade comercial do, até á pouco tempo, presidente da Associação Portuguesa de Antiquários, onde se pode observar um inacreditável catálogo de peças desses géneros, actualmente á venda nos E.U.A.
http://www.solarantiquetiles.com/
Não obstante não duvidar da licitude desta actividade, que não ponho em causa, é pertinente interrogarmo-nos sobre quantas destas exportações definitivas de património histórico-artístico com mais de cem anos, é que foram solicitadas, e autorizadas pelos serviços competentes do Ministério da Cultura ?
Antiquário que até presta serviços de consutadoria á PJ no programa "SOS Azulejo" (?).
http://mais.uol.com.br/view/7945qmbpogar/tradicionais-azulejos-de-lisboa-sao-cada-vez-mais-roubados-0402306ECC916326?types=A&
Peças que há cerca de duas décadas são sistematicamente furtadas em Portugal por catálogo e por encomenda, por elementos de uma organização criminosa internacional, constituida por bandos de gatunos operacionais, de etnia cigana, e seus associados italianos e dos Países Baixos, que os organizam e distribuiem a mercadoria ilícita pelo mercado mundial. Indivíduos sobejamente conhecidos das autoridades judiciais nacionais, e internacionais, e que estranhamente não são eficazmente combatidos. Sendo classificados de um "grupo de ladrões ainda não identificado" !
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Reportagem+Especial/2009/1/sospatrimonio.htm
Faz-se entretanto pesquisa na net, designadamente na Ebay, para alegadamente cumprir e explicar o desempenho de funções, onde se detectam azulejos a vulso, produto da pequena delinquência, e "esquece-se" o impune "comércio a grosso" das obras de arte valiosas.
http://video.msn.com/video.aspx?mkt=pt-br&vid=6f951fda-f648-4302-a426-462c531a269d
http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/roubo-de-azulejos-em-portugal-ameaca-patrimonio-historico-040262DCC16366?types=A&
Com consideração.
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