In Público (17/12/2010)
«A construção da urbanização dos Jardins Braço de Prata, em Lisboa, arrancou ontem, 12 anos depois de o projecto ter sido apresentado. A obra constitui o retomar do processo de regeneração urbana iniciado com a Expo-98, sustentou o presidente da câmara, António Costa (PS).
A urbanização representa um investimento privado de 220 milhões de euros, vai ocupar nove hectares (nove campos de futebol), nos terrenos da antiga fábrica de material de guerra. O complexo vai incluir 499 fogos e mais de 4000 lugares de estacionamento, equipamentos comerciais e espaços verdes.
No lançamento da primeira pedra, o autarca António Costa assegurou que se retoma assim "o processo de regeneração urbana" que "vai prosseguir o seu caminho até ao centro da cidade". Em declarações à Lusa, Costa considerou que, durante os 12 anos em que a obra não avançou, "houve uma ruína, quando se podia ter vida". "Custou caríssimo à cidade, também do ponto de vista económico. Doze anos de paralisação custa muito dinheiro e não é possível que uma cidade tenha estes momentos de paralisação", defendeu o autarca.
Além desta urbanização, está em fase de aprovação na Assembleia Municipal de Lisboa o Plano de Pormenor da Matinha e o Loteamento da Tabaqueira, o que vai permitir a requalificação daquela zona e "12 hectares de parques, desde a construção até ao rio". "Agora temos o muro que vedava todo este espaço da cidade e tínhamos aqui a fábrica de material militar, quatro faixas de rodagem na Via de Cintura do Porto de Lisboa", frisou o líder do executivo municipal. No futuro, a cidade vai ter "12 hectares que podem ser aproveitados pelos lisboetas", avançou António Costa.
O projecto Jardins Braço de Prata prevê o desvio do trânsito na Praça 25 de Abril, impedindo a circulação automóvel na Via de Cintura do Porto de Lisboa nos 500 metros em frente à urbanização, referiu hoje o arquitecto responsável, Renzo Piano. "É toda esta intervenção que reforça a sustentabilidade da cidade", sublinhou António Costa. "Esta obra é muito importante, porque se insere num conjunto de intervenções por toda a frente ribeirinha. São estes 19 quilómetros que têm uma riqueza única no panorama internacional."»
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2 comentários:
Há 12 anos o panorama era outro e havia dinheiro a rodos para investir no imobiliário.
Não era de ter dimensionado o projecto à realidade actual (dinheiro escasso e muito caro) ou continua-se alegremente a lavar dinheiro sujo em construções de luxo com residentes fantasmas????
Quem lava dinheiro sujo em apartamentos de luxo sempre podia arrendá-los a preços de amigo. Sempre recebia algum dinheiro lavado e servia para as despesas de condominio e taxas municipais.
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