06/09/2011

Atribuição do Distico da EMEL

Chegado por e-mail:


«Boa tarde:

Gostava de partilhar com vocês a minha história caricata da atribuição de distico de residente da EMEL, no bairro de Campo de Ourique.

Sou natural da cidade do Porto, estando a morar em Campo de Ourique desde 2009. Nesse mesmo ano, fui alertado pela EMEL que deveria dirigir-me à Junta de Freguesia da minha residencia (Freguesia do Santo Condestável), de modo a obter o distico de residente para ser colocado na viatura, caso desejasse obter o mesmo.
Na altura pediram-me uma série de documentos, entre eles e para comprovar a morada da minha residencia, apresentei a cópia do contrato de arrendamento e uma cópia da factura da agua, do mês em que me dirigi à Junta de Freguesia.
Foi-me enviado o distico de residente para casa, após comprovarem que toda a documentação apresentada, estava de acordo com o solicitado, incluindo o comprovativo de morada, na Rua Azedo Gneco.

Passado praticamente 1 ano (2010) recebi um e-mail e uma carta da EMEL a questionar-me se tinha interesse em renovar o distico, ao qual respondi afirmativamente, tendo-me sido enviado uma referencia multibanco para proceder ao pagamento do mesmo. Efectuei o pagamento no imediato e novamente, foi-me enviado o distico para mais 12 meses.

Já este ano (2011), voltaram-me a enviar o mesmo e-mail com uma carta, a questionar-me se tinha interesse em renovar novamente o mesmo distico. Desta vez, acabei por não dar resposta, porque como troquei de viatura, teria de ter um distico novo associado à mesma, deixando o distico da viatura anterior de ter efeito, a partir do momento em que adquirisse a nova.
O mes passado, dirigi-me ao balcão da EMEL no Campo Grande, com toda a documentação exactamente igual à de 2009 (desta vez com os documentos do novo carro) e para que mais uma vez não houvessem duvidas que continuo a residir na Rua Azedo Gneco, além da cópia do contrato, levei o recibo da ultima renda paga, que me foi remetida pelo meu senhorio (em vez da cópia da factura da agua), o que comprova que não deixei de habitar no local anteriormente referido.
Para surpresa minha, os documentos apresentados que comprovam a minha residencia, já não servem para a atrubuição do novo distico, associado à nova viatura. Segundo me foi transmitido, a legislação foi alterada, obrigado a EMEL a que os residentes nas zonas em que se atribuem disticos, tenham de ter um dos documentos de identificação associados à morada de residencia. Ou seja, o meu cartão do cidadão e a carta de condução, terão de estar com a morada de Lisboa, quando actualmente ainda tem a minha morada do Porto.
Em resumo, se mantivesse a anterior viatura, teria a renovação do distico sem problemas de maior, bastando para tal ter dado resposta ao e-mail que me foi enviado e ter procedido ao pagamento de 12 euros, continuando e bem a EMEL a pressupor que eu mantinha a mesma morada. Para a nova viatura, já não me atribuem o distico porque as "regras do jogo" foram alteradas, fazendo eu prova na mesma, que continuo a residir na morada em questão.
Esta maneira de actuar perante os residentes, na obrigatoriedade de terem os documentos identificativos associados à morada de uma residencia (temporária) em Lisboa, quando são oriundos de outra cidade e não sabem quando podem voltar para a mesma, não faz sentido nenhum.
Dou um outro exemplo, de uma pessoa que venha trabalhar temporariamente para Lisboa durante um ano, segundo a EMEL, essa pessoa terá de ter custos duas vezes com a mudança do cartao do cidadao e da carta de condução para a residencia em Lisboa, de modo a poder obter o distico de residente, enquanto permanece nesta cidade e no dia em que regressar à cidade de origem, terá de efectuar nova mudança na documentação. Quando pela simples amostragem do contrato de arrendamente e consequentes recibos, comprova facilmente que é morador numa casa arrendada em Lisboa, não necessitando de ter a documentação pessoal associada à mesma.
Isto não é o tão badalado simplex, isto é dificultar a vida às pessoas e não querer atribuir um distico de residente para uma viatura quando solicitado, mediante as provas de residencia apresentadas.

Cumprimentos,

Bernardo Cabral Meneses»

...

Nem mais!

20 comentários:

César disse...

Por causa desse método anterior (comprovativo de morada, etc) é que as escolas públicas estão a ser invadidas por alunos que nada têm a ver com a freguesia/concelho, só porque querem os filhos a estudar ali, deixando de fora miúdos que moram em frente à escola e que, por vezes com 11 anos, têm que se deslocar km's para ir para outra escola.
O tuga é "chico-esperto" e por causa disso as leis e burocracias têm que ser mais complexas para salvaguardar os direitos.

Não digo que seja o caso deste testemunho, mas imaginem que alguém que trabalha ali aluga um vão de escadas só para ter o distico durante 3 anos. Compensa, claro!

Anda meio mundo a enganar meio mundo....

Anónimo disse...

Esta gente é ridícula! Antes de se porem com alterações estúpidas, verifiquem se as coisas realmente funcionam!

Anónimo disse...

A um conhecido meu aconteceu uma coisa ainda mais caricata... Quando foi tentar renovar o dístico, no ano de 2008, acho eu, disseram-lhe que teria de apresentar o dístico antigo. Visto isto, retirou o dístico antigo da viatura e voltou à EMEL. Quando voltou junto do carro, tinha uma multa pois tinha sido multado por não ter dístico e não ter pago o estacionamento... :-S

Anónimo disse...

Nada de mais, é o Simplex a funcionar...

Filipe Melo Sousa disse...

as coisas com que eles perdem tempo. se despedissem a EMEL em bloco e pusessem essa gente a trabalhar em algo que produz valor isso sim aumentaria o nível de vida do país

a EMEL não produz nada. so tira dinheiro de um lado para o outro, com enormes perdas e gerando desperdícios aberrantes, para prejuízo de todos

Anónimo disse...

Típico caso do chico-esperto a fazer algo errado e a achar que tem toda a razão e que os "outros" é que são maus ou incompetentes.


O ponto-chave do caso todo pode pura e simplesmente reduzir-se a isto:
- O Sr. habita em Campo de Ourique há pelo menos 2 anos (sendo que planeia ficar pelo menos um 3º) e CONSCIENTEMENTE ainda não alterou (nem planeia alterar) a morada oficial para relatar adequadamente a sua situação.


O resto são consequências legais desta situação (que ocorre por culpa do próprio e de mais ninguém). Consequências essas que são mais do que justificáveis. Não me admiraria nada que muita gente se aproveitasse indevidamente do sistema anteriormente em vigor. Acho muito natural que para controlar isto se recorra à morada oficial no cartão de cidadão.

Anónimo disse...

não é preciso mudar o cartão de cidadão quando se muda a morada... na verdade a morada está registada no chip do cartão. apenas é preciso ir a uma conservatória para fazer a actualização da morada.

Marco disse...

A EMEL é um dos maiores problemas da cidade de Lisboa...

Xico205 disse...

o meu comentário não está cá por quê?!!!

Xico205 disse...

Xico205 disse...
o meu comentário não está cá por quê?!!!

6:44 PM

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Era o mais util para o dono do problema o resolver.

Xico205 disse...

Pois é isso. O cidadania LX não está numa de ajudar o autor do problema a resolver a situação maneira que o comentário é censurado. O propósito do blog é apenas maldizer, não cabe lugar aqui a arranjar soluções.

Pedro Barata disse...

Esta situação é absolutamente inacreditável e não tem qualificação. A EMEL continua a executar o seu plano de dificultar cada vez mais o estacionamento a residentes, de forma a deixar mais lugares disponíveis para aqueles que têm que pagar parquímetro. Isto é vergonhoso e tem que ser denunciado!

Anónimo disse...

3 anos em lisboa e diz que é temporário. A EMEL faz coisas mal, mas essa não será uma.

Anónimo disse...

Há gente aqui muito curta de vistas...
Comparam com situações de escolas que nada tem a ver com o caso, ficam espantados com uma pessoa que vive numa casa arrendada há 3 anos...é realmente de quem não está por dentro da vida.Atrevo-me a pensar que nunca viveram em mais lado nenhum senão na casa dos pais.
Isto é uma descriminação cabal. Quer dizer que quem tem casa alugada não é residente??!!Já pensaram que uma pessoa pode ter comprado casa noutra ciade e por motivos relacionados com o trabalho teve de vir morar para Lisboa?Sabem o que é que isto implica?Os comentadores abastados por ventura não sabem.Esclareço que quem tem um empréstimo habitação se mudar a sua morada fiscal corre o risco de ver o spread agravado.
Por outro lado, com casa alugada é mais frequente a mudança de habitação. A pessoa tem de renovar os seus documentos sempre que muda de casa?
Não faz qualquer sentido. Só neste país!!

Ppam disse...

Boa tarde. Estou numa situação semelhante à sua e também não posso colocar a minh morada fiscal na nova habitação arrendada. Conseguiu resolver a questão de outra forma? Obrigada

Unknown disse...

Estou solidário consigo e não consigo resolver a minha situação no Bairro de Santos (Rego).
Tenho a minha residência fiscal em Santarém, porque foi aí que comprei a minha primeira, a qual tentei vender e não consegui.
Passei a trabalhar em Lisboa e comprei uma segunda habitação, da qual pago impostos.
A emel não me atribui dístico de residente porque, apesar de ter provas que tenho necessidade de trabalhar em Lisboa, só me poderia atribuir dístico se fosse um trabalho temporário, e eu já trabalho em Lisboa desde 1999!!!!
Se alguém tiver conhecimento de como posso resolver a minha situação, agradeço imenso!

Vanessa disse...

Até parece mentira.... De tão ridículo.

Vanessa disse...

Eu, se pudesse, aplaudia este comentário, pois foi dos mais realísticos, e adequados à situação de muitos portugueses. Quantos foram para o estrangeiro? Milhões. Outros, como eu e você, para não ir para o estrangeiro, mudamos de trabalho e, consequentemente, de cidade. Ficamos pendurados com o empréstimo durante bastantes anos. Também concordo com essa piada ao sr que fala de barriga cheia, que muito provavelmente morara com os papás. A emel não é o problema aqui. São os governos que ainda não aderiu ao projeto comunitário de acreditar nas pessoas. E acha-se mais esperto. O estado somos nós e o governo deveria ajudar o estado e não o contrário, impondo leis que não são para a maioria, mas só para alguns. Quanto à questão da escola e da colocação de alunos por proximidade, também não é bem assim. Eu sou professora e penso que não se deve falar sobre o que não se sabe. Nem falar, e muito menos julgar. Acho uma injustiça eu morar, de facto em Lisboa, e não poder ter dístico. Venham-me cá visitar, ficam logo a ver....

Vanessa disse...

Eu também tenho a mesma situação ingrata. Eu tento estacionar onde não há paquimetro. Agulha no palheiro... E dentro de Lisboa ando de transporte. Muito injusto!!!!

Anónimo disse...

estou há mais de um ano em lisboa e nunca consegui o dístico...ca pra mim é só para amigos do pessoal da emel e afins...é demasiada burocracia e impedimentos para conseguir o dístico.
mudar a morada fiscal nesta altura só obriga a mais despesas e nem sei se daqui a 2 anos estou em lisboa ou em Portugal...mas parece que os senhores doutores da emel não sabem o que é precariedade nem ter de ser deslocado para poder ganhar a vida...! por falar nisso, será que me aceitam para trabalhar la na emel? dava-me jeito...assim era 2 em 1. - ironia