18/05/2012

EDP vai propor traçados alternativos para a linha de muito alta tensão no Douro



A EDP vai propor traçados alternativos para a linha de muito alta tensão entre a Barragem de Foz Tua e Armamar, um processo que vai obrigar a uma nova Avaliação de Impacte Ambiental, disse à Agência Lusa fonte da empresa.
A EDP tinha até hoje para apresentar alegações finais no âmbito da emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) da linha de muito alta tensão que iria atravessar o Alto Douro Vinhateiro (ADV), Património Mundial da UNESCO desde 2001.
A proposta de DIA apresentada pelo Ministério do Ambiente, e a que a Agência Lusa teve acesso, apontava para o chumbo da linha de transporte de energia, a construir no âmbito da Barragem de Foz Tua.
Fonte da EDP disse hoje que a empresa «vai propor traçados alternativos que acomodem as preocupações manifestadas». Em consequência, vai obrigar a nova Avaliação de Impacte Ambiental, processo durante o qual vai decorrer um Estudo de Impacto Ambiental e a uma nova consulta pública do processo.
O projecto da EDP, cuja fase de consulta pública terminou a 31 de Janeiro, previa que as linhas de transporte de electricidade a implantar fossem suportadas em postes (torres) de 44 metros e 64 metros de altura, atravessando vários quilómetros do ADV.
Os cabos de transporte de electricidade passariam pelos concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães, na margem direita do rio Douro, e de São João da Pesqueira, Tabuaço e Armamar, na margem esquerda.
A proposta de DIA referia que a nível do património cultural a presença da linha produzirá, sobretudo na fase de exploração, um «impacto directo, negativo, de magnitude elevada, muito significativo e não minimizável» no ADV.
O documento apontava ainda a inexistência de outras opções de corredores alternativos para a linha de muito alta tensão, o que limitou a análise de impactes e não permitiu uma apreciação comparativa com outros corredores.
Este projecto obteve um parecer negativo vinculativo por parte da Direcção Regional da Cultura do Norte.
A directora regional, Paula Silva, já tinha proposto soluções alternativas que poderão passar pela «utilização de uma linha já existente», ou seja, que indicam que o transporte de electricidade seja feito através de uma linha já instalada. Uma alternativa é «contornar a zona classificada», desviando a linha para norte.
Lusa/SOL

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