21/05/2012
Segurança no Estádio Universitário de Lisboa
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«Boa noite,
Antes de mais, parabéns pela iniciativa cívica do blog cidadania Lx. Nós os lisboetas precisamos de uma voz pública, nem que seja a voz virtual deste blog.
Gostaria, também, de partilhar com o movimento cidadaniaLX e com todos os lisboetas que gostam de praticar desporto algo que aconteceu comigo nesse parque singular que é o Estádio Universitário de Lisboa (EUL).
Ontem prendi a minha bicicleta na zona de estacionamento de bicicletas, como já o fiz noutras ocasiões, em frente à entrada do Pavilhão 3 (aquele mais próximo do edifício das piscinas). Em apenas 60 minutos e após a minha actividade, constatei que me haviam furtado o espigão do selim e o selim da minha bicicleta. Ali, junto à porta do Pavilhão 3, local onde há sempre pessoas a circular, de dia, em horário de ponta, bem perto da recepção onde está um vigilante da empresa de segurança (2045) contratada pelo Estádio Universitário.
Contactado um dos directores técnicos do EUL (muito atencioso por sinal, nada de negativo tenho a apontar aos funcionários do EUL), fui lembrado que, na minha inscrição concordei tacitamente com o regulamento, o qual no artigo 36º do capítulo XIV (Disposições finais) afirma: “O EUL não se responsabiliza por danos ou prejuízos causados aos utentes por acção de terceiros”. Então pergunto: porque contratou o EUL uma empresa de segurança que – conforme fui informado- apenas faz vigilância dos edifícios localizados naqueles 40 hectares? Então, o espaço ao ar-livre do Estádio Universitário, aquele do EUL que se encontra delimitado por muros e portões, esse a empresa de segurança não assegura? Faz sentido ter uma empresa que não garante a segurança dentro de todos os espaços (trilhos, caminhos, campos de jogos, etc) que integram o EUL? Quer dizer que uma pessoa pode ir correr para o EUL e em qualquer momento, junto a um arbusto ou árvore ser assaltado ou violentado? É isto que queremos para Lisboa, um parque inseguro, apesar de dinheiros públicos (o EUL é tutelado pelo Ministério da Educação e Tecnologia) estarem a pagar a uma empresa de segurança?
Aliás, pelo que sei, recentemente já aconteceram outros dois furtos de bicicletas (inteiras), só ali naquele mesmo espaço. Quem sabe, quantos mais já ocorreram noutros locais do EUL e que ficaram sem reclamação devido ao supra-citado artigo 36º do regulamento.Por outro lado, alguém que corria disse-me que numa noite o alarme de um dos pavilhões tocou inesperadamente e que durante cerca de 15 minutos, ninguém da empresa de segurança se aproximou e verificou a ocorrência.
O que se terá passado?Parecem-me já demasiados casos de insegurança.Estamos perante um EUL que se tornou, num últimos meses, extremamente inseguro? Estamos perante uma falta de eficácia por parte da empresa de vigilância contratada?Infelizmente relatos destes retiram a confiança às pessoas e transmitem uma reputação de espaço público perigoso e inseguro, nada desejável para tão importante parque lisboeta - e reputação essa que não quero para o EUL.
Enquanto utente e munícipe de Lisboa, pensava que o Estádio Universitário de Lisboa possuía uma vigilância verdadeira e que seria perfeitamente seguro para todos aqueles que, todos os dias, desfrutam deste espaço privilegiado ao ar-livre. Mais, pensava que o EUL se responsabilizava por qualquer facto ocorrido dentro das suas instalações. Também por esse motivo, compreendia a necessidade de uma empresa de segurança. Porém, com o referido artigo do regulamento, o EUL desresponsabiliza-se. Desresponsabiliza-se a si e à empresa de segurança.
Gostaria que a empresa de segurança contratada tenha também funções de vigilância não apenas nos edifícios, mas em toda a extensão do EUL, de modo a que o EUL seja efectivamente um parque seguro onde as famílias possam ir sem qualquer risco, e que a suspeita de roubo, furto ou ataque não paire de cada vez que usufruímos dele. Talvez alterando o artigo, o EUL possa imputar responsabilidades à empresa de segurança e esta, por sua vez, desempenhar funções de maior vigilância.Quero continuar a ir ao EUL e saber que existe uma empresa de vigilância a verdadeiramente assegurar que nenhum incidente ocorre. Aqui fica a minha experiência e a expectativa que toda esta situação desagradável possa ser melhorada e o regulamento rapidamente seja corrigido.
Com os melhores cumprimentos,
Samuel Mateus»
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3 comentários:
os roubos de bicicletas acontecem (e quem anda a par sabe que nos ultimos meses tem acontecido muito por toda a cidade)
é impossivel qualquer instituicao que seja impossibilitar um roubo de um selim que se faz em 2 segundos a nao ser que queiram ter um segurança a olhar para cada parque de bicicletas 24/7.
resta nos assim prender o selim e usar cadeados de jeito.
Passo muitas vezes no complexo das piscinas e vejo la cadeados de 5 euros que se cortam em segundos.
Se nem os donos das bicicletas se preocupam em ter cadeados de jeito e em proteger a sua bicicleta, nao podem pedir que os segurancas privados façam o trabalho por voces.
Vais ali atras aos prédios brancos da Quinta dos Barros e compras o teu selim.
O estágio Universitário é um excelente espaço de lazer no Centro da Cidade.
Apesar da proibição de cães sem trela, assiste-se a prevaricadores que deixam os cães à solta dentro do relvado dedicado ao golfe.
Quando é que autuam este tipo de gente.
Eu próprio tenho um cão e que gosto de ir passear com ele até ao estádio não gostaria de amanhã ser proibida a entrada de cães devido a meia dúzia de abusadores.
Rui Pereira
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