28/03/2014

Mais uma loja de bairro que fecha: Agência de Viagens TAGUS na Praça de Londres

Informamos que hoje, dia 28 de Março, encerra a agência de viagens TAGUS na Praça de Londres. Este estabelecimento fazia parte da vida do bairro há mais de meio século. Aniquilar uma loja assim é uma lamentável prova de falta de respeito por uma relação e lealdade que se construiu ao longo de muitas décadas com os clientes. Esta é claramente uma decisão tomada em "gabinetes" e por "chefias" sem conhecimento directo dos clientes. Esta direcção dada ao negócio denuncia uma perspectiva redutoramente teórica e mercantilista. Mas quando se ignoram as outras dimensões associadas a uma marca o resultado raramente é positivo. Esta loja era afinal já "histórica" porque perfeitamente integrada na vida do bairro do Areeiro. Se a mudança não é motivada por falta de clientes ou por falta de visibilidade, porque razão se encerra um estabelecimento que atende, cuida, ajuda e cria clientes há mais de meio século?

5 comentários:

Anónimo disse...

eu faço sempre as minhas reservas na internet. nunca entrei numa agência de viagens e viajo todos os anos. imagino que o autor do post, tão versado na vida online, faça o mesmo. o que deixa a pergunta... quem usa a agência de viagens?

Jorge disse...

Se era para manter a poluição visual que se vê na fotografia, ainda bem que fecha. Só por ter décadas de vida não faz dele um espaço a preservar. Um pouco de bom senso, por favor.

JJ disse...

Qual o sentido do post? Lamentar o facto de que a Tagus toma a decisão (da sua exclusiva responsabilidade) de fechar a sua agência de viagens porque, provavelmente, a mesma representará um prejuízo. Cabe então a quem mantê-la aberta? Aos cidadãos? Ao António Costa? Às petições online?

Como diz e muito bem um dos comentadores, também viajo todos os anos e nunca entrei numa agência de viagens. O negócio das agências florescia quando não havia internet. Agora serve quem está disposto a pagar um extra para que alguém faça a produção das férias por si, o que é um conceito obsoleto. Na Estefânia, ao lado do jardim Cesário Verdes também existiu uma agência de viagens durante anos e também fechou recentemente, como tantas outras que se dão ao luxo de operar na rua e não num centro comercial.

A Tagus pode estar lá há mais de meio século, mas apenas reflecte um único aspecto: a falta de procura. Tenho a certeza que lojas como a MEO da Avenida de Paris vão continuar bem abertas.

Anónimo disse...

A imagem pouco cuidada, ou melhor totalmente descuidada, ainda que possam não ser determinantes, são certamente um contributo para o seu fecho.
Infelizmente existem muitos exemplos destes, em que os proprietários dos espaços comerciais alegam em sua defesa a antiguidade e os funcionários que empregam, e descuram tudo o resto.
É sempre lamentável o fecho de um estabelecimento comercial, mas também o é todo o descuido dos seus proprietários, e esta imagem certamente não deixará saudades a quem utiliza a praça.

Filipe Melo Sousa disse...

Quando comecei a ler o post pensei que se travava de humor. Para começar quando vi a foto pensei que se tratava de mais um dos espaços contra os quais este blog ia praguejar pela falta de estética. Afinal o que o autor do post aqui preconiza é que (alguém, a câmara, os contribuintes) se mantenha o espaço aberto à força, mesmo que não tenha clientes e dê prejuízo. O autor vai buscar argumentos obscuros como "integrado na vida de bairro" e a antiguidade. Seja la o que for que isso significa. Confesso que tive que rir. Embora não haja motivo para tal, pois o fecho de uma loja pode ser um final infeliz para quem a dirige. Pode também ser uma decisão normal de um comerciante que decidiu reformar-se, sem qualquer drama. Talvez o comerciante tenha andado a pagar 10€ de renda durante 50 anos, nesse caso nada mais normal que fechar a loja, pois a mina de ouro à custa da casa dos outros acabou.