24/07/2014

Câmara de Lisboa quer instalar um funicular na Mouraria e escadas rolantes no Martim Moniz


Câmara não dá prazos, mas diz que haverá novos acessos ao castelo DAVID CLIFFORD/ARQUIVO


In Público (23.7.2014)
Por INÊS BOAVENTURA

«O vereador Manuel Salgado fez um balanço do trabalho feito na área da reabilitação e elencou prioridades para os próximos anos.

A Câmara de Lisboa investiu 130 milhões de euros na área da reabilitação urbana nos últimos cinco anos, período durante o qual mais de 95% das obras por si licenciadas visaram a requalificação de património já existente. Os números foram divulgados pelo vereador Manuel Salgado, que anunciou que o município quer instalar umas escadas rolantes para ligar o Martim Moniz ao Castelo, um funicular entre a Mouraria e a Graça e elevadores entre o Campo das Cebolas e a Sé.

Na reunião camarária desta quarta-feira, o autarca fez, respondendo a uma solicitação dos vereadores do PCP, uma apresentação sobre o trabalho que o município vem desenvolvendo em matéria de reabilitação. Manuel Salgado, que entregou aos vereadores um documento de 80 páginas sobre o assunto que pode ser consultado na página da câmara na Internet, aproveitou também para elencar alguns dos projectos que se propõe concretizar nos próximos anos.

Segundo se diz nesse documento, nos últimos cinco anos foi feito um investimento de 730 milhões de euros na reabilitação da cidade: 130 milhões pela autarquia, através de verbas do Programa de Investimentos Prioritários em Acções de Reabilitação Urbana, do Quadro de Referência Estratégico Nacional e das contrapartidas do Casino de Lisboa, e 600 milhões por privados. Estes números ficam muito aquém dos oito mil milhões de euros que a câmara referiu anteriormente ser o valor necessário para intervir em todos os prédios de Lisboa que carecem de obras.

Entre as áreas em que houve uma aposta mais forte, Manuel Salgado apontou os bairros históricos, como Alfama, Mouraria e Madragoa, a zona norte da cidade e a zona ribeirinha. Mas também a Baixa Pombalina onde, resume, foi feito um investimento de 126 milhões de euros entre 2008 e 2013.

O vereador do Urbanismo explicitou que neste momento há “24 edifícios inteiros” em obras na Baixa, dos quais sete se destinam a alojamentos turísticos, o que representa uma área de intervenção de 33 mil metros quadrados. Além disso, disse, há 16 processos aprovados, 14 deferidos à espera do pagamento das licenças e 17 em apreciação.[...]

Quanto ao futuro, Manuel Salgado sublinhou que “aumentar a rede de percursos pedonais assistidos” é uma das prioridades da autarquia. Nesse sentido, referiu, vão ser instaladas umas escadas rolantes entre o Martim Moniz e o Castelo (nas Escadinhas da Senhora da Saúde), um funicular entre a “Alta Mouraria” (onde será criado um parque de estacionamento) e a Graça e “elevadores” entre o Campo das Cebolas e a Sé.

O autarca não adiantou prazos para a concretização dessas obras, mas informou que os projectos de execução estão já a ser desenvolvidos. A este respeito, Manuel Salgado avançou ainda que o elevador já existente na Rua dos Fanqueiros está a ter cerca de 60 mil utilizadores por mês, o que considera ser “um número muito relevante”.

Também como projectos a desenvolver num futuro próximo, o vereador do Urbanismo elencou a “atenção aos territórios prioritários”, a intervenção “no eixo histórico Avenida Fontes Pereira de Melo/Avenida da República/Campo Grande” e o “aumento da rede de pistas cicláveis”.

Nesta reunião camarária, tanto Carlos Moura, do PCP, como António Prôa, do PSD, questionaram o executivo sobre a falta de manutenção dos espaços verdes do Parque das Nações, incluindo o Parque Tejo. Na ausência do vereador José Sá Fernandes, que tem a seu cargo essa área, a resposta veio do vereador Duarte Cordeiro, que se limitou a informar que “desde segunda-feira” já há uma empresa no terreno a assegurar a manutenção dos espaços verdes e do mobiliário urbano.[...]»

8 comentários:

Anónimo disse...

Escadas Rolantes no Martim Moniz? O que falta mais para tornar Lisboa num parque de diversões?! Só ideias absurdas.

Filipe Melo Sousa disse...

E depois queixem-se que não há dinheiro para recolher o lixo lol

Anónimo disse...

Escadas rolantes nas Escadinhas da Senhora da Saúde!

Funicular entre a “Alta Mouraria” e a Graça!

Parque de estacionamento na "Alta Mouraria"!

“elevadores” entre o Campo das Cebolas e a Sé."!

Mas está tudo doido? Ninguém põe travões a este homem?

Marco R. disse...

Numa altura em que os habitantes de Barcelona criam movimentos para combater o turismo massificado que está a causar graves estragos na sua cidade (ainda há 2 ou 3 semanas vinha um artigo sobre isto no Público), por cá continua a achar-se que transformar Lisboa num parque temático é que é boa ideia.

Daqui a uns anos estarão a lamentar a morte da galinha dos ovos de ouro...

Anónimo disse...

M A C A C A D A !

Anónimo disse...

Lol justamente em Barcelona há escadas rolantes para chegar ao Parc Guell, e dão muito jeito. E além disso essa cidade tem capacidade para se sustentar em termos de população, em lisboa temos cada vez menos gente e a que fica é pobre. Não comparem.

Anónimo disse...

Estes tipos são loucos. Deviam ser imediatamente internados! Não há dinheiro para arranjar passeios, ruas, espaços verdes, para a limpeza urbana, etc. ... mas há dinheiro para loucuras despesistas completamente disparatadas! Prendam estes sacanas!!

Anónimo disse...

tem piada usarem espanha com exemplo, ja que espanha e um bom exemplo onde muitas cidades tem elevadores e escadas rolantes........

San Sebastian tem mais de 10 elevadores/escadas rolantes espalhados pela cidade, Santander e Vitoria tem tapetes rolantes por todo o lado no meio das ruas, Barcelona tem escadas, Pamplona tem funicular e ate Toledo tem Escadas Rolantes para subir 'a parte historica.

nao vejo com elevadores semelhantes aos que foram feitos na baixa podem ser maus, apenas podem trazer benificios se quisermos mais moradores na zona