20/10/2014

Aqueduto das Águas Livres


Gostaria de levantar um tema que me é bastante querido: o aqueduto das águas livres e a sua envolvente urbana e paisagística.

Os arcos principais do aqueduto localizam-se em Campolide, iniciando-se o processo de visita na calçada da quintinha. Campolide é um bairro tradicional da cidade de Lisboa, não tendo a envolvente hype que campo de ourique ou o príncipe real têm, o que leva a uma certa ostracização por parte das entidades que gerem e administram a nossa cidade.

Assim, refiro que:

1)      os arcos do aqueduto, localizados no bairro da calçada dos mestres, estão quase todos grafitados

2)      a envolvente urbana perto do aqueduto é caótica, com carros estacionados em cima de passeios, passadeiras, curvas, etc

3)      as indicações de acesso à entrada são escassas

sugiro que, tendo em conta a importância do monumento e a sua eventual candidatura a património da UNESCO, seja solicitado à CML a elaboração de um plano integrado de recuperação do aqueduto, da área envolvente e do desenvolvimento de soluções paisagísticas (como por exemplo percursos) que  permitam ao visitante (não confundir com turista) fruir plenamente do acto de visitar o aqueduto.

Na verdade, não é nenhuma megalomania o que referia, já que a recuperação não me parece ser muito difícil, o enquadramento poderia ser exponencialmente melhorado através de pilaretes nos passeios que evitem o estacionamento abusivo e pela criação de zonas de estacionamento pago e de circulação especial (caso do bairro da calçada dos mestres). O plano paisagístico requer mais tempo, atenção e investimento, sendo um projecto que pode envolver alterações estruturais à freguesia, pelo que poderia ser adiado para uma fase posterior.

 

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