Gostaria de levantar um tema que me é bastante querido: o
aqueduto das águas livres e a sua envolvente urbana e paisagística.
Os arcos principais do aqueduto localizam-se em Campolide,
iniciando-se o processo de visita na calçada da quintinha. Campolide é um
bairro tradicional da cidade de Lisboa, não tendo a envolvente hype que campo
de ourique ou o príncipe real têm, o que leva a uma certa ostracização por
parte das entidades que gerem e administram a nossa cidade.
Assim, refiro que:
1) os
arcos do aqueduto, localizados no bairro da calçada dos mestres, estão quase
todos grafitados
2) a
envolvente urbana perto do aqueduto é caótica, com carros estacionados em cima
de passeios, passadeiras, curvas, etc
3) as
indicações de acesso à entrada são escassas
sugiro que, tendo em conta a importância do monumento e a sua
eventual candidatura a património da UNESCO, seja solicitado à CML a elaboração
de um plano integrado de recuperação do aqueduto, da área envolvente e do
desenvolvimento de soluções paisagísticas (como por exemplo percursos) que
permitam ao visitante (não confundir com turista) fruir plenamente do
acto de visitar o aqueduto.
Na verdade, não é nenhuma megalomania o que referia, já que a
recuperação não me parece ser muito difícil, o enquadramento poderia ser
exponencialmente melhorado através de pilaretes nos passeios que evitem o
estacionamento abusivo e pela criação de zonas de estacionamento pago e de
circulação especial (caso do bairro da calçada dos mestres). O plano
paisagístico requer mais tempo, atenção e investimento, sendo um projecto que
pode envolver alterações estruturais à freguesia, pelo que poderia ser adiado
para uma fase posterior.
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