01/06/2016

Património Nacional e de Interesse Público - Apelo ao PR para o tomar como causa Nacional


Excelentíssimo Senhor
Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa


Senhor Presidente da República Portuguesa

Excelência


Vimos pelo presente apelar ao Senhor Presidente da República para que tome como sua e causa maior a defesa e a promoção do Património de Portugal, designadamente dos Monumentos Nacionais e de Interesse Público que necessitam de recuperação urgente, uns, de serem promovidos internacionalmente, outros, de serem usufruídos convenientemente, todos.

Esses Monumentos, que estimamos sejam cerca de 400, estão de norte a sul do país, vão do litoral ao interior e da arquitectura civil à militar, passando pela religiosa e pela industrial, cobrindo épocas tão diversas como o período romano, o barroco ou o modernismo.

Todos eles são Património que uma vez recuperado, divulgado e utilizado de forma capaz, será, estamos certos, uma mais-valia cultural, social e económica para o país, assim sejam criadas, implementadas e exploradas as respectivas rotas, algumas já existentes mas incipientes, a maior parte inexistente.

Estimamos que neste universo haja um conjunto de 30 edifícios em claro subaproveitamento, mau estado de conservação ou mesmo em estado de abandono e pré-ruína, em relação aos quais Vossa Excelência, Senhor Presidente, pode protagonizar a mudança, fazendo deles uma causa Nacional.

Em Lisboa e nas suas redondezas, área geográfica objecto de atenção especial deste Fórum, citaremos a título de exemplo o Palácio Pombal (Rua do Século), o Aqueduto e os Chafarizes das Águas Livres, a Estação Fluvial Sul-Sueste (Terreiro do Paço), o Jardim Botânico da UL, o Jardim Tropical de Belém, o Farol do Bugio, o Paço Real de Caxias, a Casa da Pesca da Quinta do Marquês (Oeiras), o Palácio dos Duques de Aveiro (Azeitão) ou o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel.

Mais sugerimos a Vossa Excelência, que se recupere uma ideia do antigo Secretário de Estado da Cultura, que em princípios de 2012 pensou a figura de “patrono do património”, através da qual dezenas de individualidades dos mais variados sectores da sociedade (da Música ao Desporto, das Artes às Letras, do mundo empresarial ao jornalismo) ficariam encarregues de exercerem, pro bono, as funções de “agente facilitador” em prol do respectivo monumento, desenvolvendo as acções adequadas ao seu resgate e promoção, envolvendo a comunidade, criando grupos de missão, angariando mecenas, etc. Essa iniciativa contaria com parcerias estratégicas com a comunicação social.

Agradecendo a atenção, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Cristiana Rodrigues, Alexandra de Carvalho Antunes, Júlio Amorim, Maria de Morais, Fernando Jorge, Pedro Henrique Aparício, João Mineiro, Nuno Franco Caiado, Ana Alves de Sousa, Jorge Pinto, Irene Santos, Jorge Santos Silva, Nuno Vasco Franco, Miguel Velloso

1 comentário:

Alvaro Pereira disse...

E há um monumento nacional que nunca foi acabado: o Palácio da Ajuda!