20/05/2007

Tranquila com o veto do TC, a governadora foi apoiar o PS

In DN 20-07-2007

"A governadora civil de Lisboa, Maria Adelaide Rocha, afirmou estar de "consciência tranquila" com a marcação das eleições intercalares para a autarquia da capital para 15 de Julho e considerou que esta data "é um dia como outro qualquer". A responsável respondia desta forma ao apelo à sua demissão feito pelo líder da distrital de Lis boa do CDS, António Carlos Monteiro, depois de o Tribunal Constitucional ter anulado o seu despacho que marcou as mesmas eleições para 1 de Julho.

Adelaide Rocha, que assistiu ontem à apresentação da lista de candidatura de António Costa "como cidadã", desvalorizou também as críticas de outros candidatos que consideram 15 de Julho uma data propensa a maior abstenção. "As eleições são marcadas quando têm que ser marcadas."

Ontem, o cabeça de lista do PS à Câmara de Lisboa também desdramatizou o adiamento da data das eleições intercalares, mas admitiu estar preocupado com o risco do aumento da abstenção.

O candidato do PSD, Fernando Negrão, disse que a decisão do TC deve ser respeitada. "Todas as decisões que permitam reforçar a democracia participativa não terão obstáculo na minha candidatura e, independentemente da data, não descuraremos o apoio à participação num acto eleitoral."

A candidata independente Helena desvalorizou a potencial abstenção a 15 de Julho e manifestou-se convicta que os lisboetas irão votar, apesar do período de férias. Já o candidato do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, mostrou-se tão preocupado com a possível abstenção a 15 de Julho que pediu a todos os candidatos que se unam no combate a este fantasma eleitoral através de um apelo forte ao voto.

Ruben de Carvalho, o cabeça de lista da CDU à CML, além do problema da abstenção, considera que a nova data das eleições intercalares dá origem a um "longo período" em que a autarquia está em gestão corrente e com os "consequentes prejuízos" para a cidade. Idêntica posição foi expressa pelo candidato do PND, Manuel Monteiro.

O líder do CDS, Paulo Portas, responsabilizou PS e PSD de serem os responsáveis pelas eleições no meio do Verão, com "elevada abstenção".

Só Carmona Rodrigues, que repondera a desistência de uma candidatura, se escusou a comentar a data.

Com a alteração da data das eleições, o prazo para a entrega de listas de candidatos termina a 4 de Junho e as coligações podem registar-se até 28 de Maio. O período de campanha eleitoral - encurtado de 12 para oito dias por se tratarem de intercalares - é agora de 6 a 13 de Julho"

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