In Público (28/12/2007)
Ana Henriques
«Inciativa inspirada em cidades europeias para revitalizar bairros
A Câmara de Lisboa está a negociar a instalação do Museu do Design e da Moda na Baixa, depois de ter desistido de colocar a colecção que comprou a Francisco Capelo em Santa Catarina, no Palácio Verride.
Anunciada para o final do ano que vem, a abertura do museu - cujo espólio é composto por cerca de mil objectos de mobiliário e utilitários de design e ainda por 1200 peças de alta-costura que percorreram os momentos artísticos mais marcantes do século passado - não deverá, no entanto, ocorrer antes de 2009.
O PÚBLICO tentou, sem sucesso, confirmar a localização exacta do equipamento cultural, que poderá ser a antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, um quarteirão devoluto da Rua Augusta desenhado pelo arquitecto Cristino da Silva defronte da Caixa Geral de Depósitos.
Entretanto, a vereadora Helena Roseta, do movimento Cidadãos por Lisboa, vai apresentar à câmara uma proposta no sentido de a colecção de Francisco Capelo ser instalada no Pavilhão de Portugal, actualmente fechado ao público. Dadas as grandes dimensões do edifício, a ex-bastonária dos arquitectos propõe ainda que a área sobrante do imóvel seja transformada num "espaço cultural dedicado ao urbanismo e à arquitectura, com mostras permanentes e debates sistemáticos sobre os projectos urbanos e arquitectónicos e possibilidades de divulgação e participação pública nos mesmos".
Para a autarca, o Pavilhão de Portugal "reúne condições excepcionais para ser uma "montra" de urbanismo, arquitectura e design, que pode congregar à sua volta um conjunto de agentes públicos e privados interessados em projectar uma imagem inovadora de Portugal e de Lisboa". E diz que já conversou com Siza Vieira, que achou "conveniente" a instalação de uma colecção de arte contemporânea no pavilhão da sua autoria.
A vereadora Helena Roseta garante ser possível desenvolver formas de gestão do espaço que não representem uma sobrecarga financeira inicial excessiva para a Câmara de Lisboa, "através de parcerias publico-privadas ou publico-públicas, de natureza fundacional", como acontece, por exemplo, no Pavilhão Mies Vem der Rohe em Barcelona. (...)»
E porque não no Palácio da Rosa? Ou no Atheneu Comercial de Lisboa?
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