21/12/2007

Moradores contra videovigilância nas ruas da Baixa Pombalina

In Diário de Notícias (21/12/2007)

«A Associação de Moradores da Baixa Pombalina (AMBP) está convencida de que o projecto de videovigilância que a Junta de Freguesia de São Nicolau quer instalar naquela zona de Lisboa será ineficaz no combate à criminalidade. "Os estudos feitos nas capitais europeias, nomeadamente em Inglaterra, demonstram que este modelo de segurança só funciona no início", defende Anabela Rocha, porta-voz da AMBP.

"O efeito dissuasor do crime acaba quando os criminosos percebem que não há mais detenções por causa das câmaras de videovigilância", esclarece a responsável. Tudo isto porque, segundo Anabela Rocha, os estudos feitos em Londres concluíram que o sistema tinha várias debilidades: "A captação de imagens para identificar os suspeitos não é clara", adverte a porta-voz da AMBP.

José Quadros, dirigente da Associação de Comerciantes da Baixa Pombalina, por seu turno, diz só ver vantagens na utilização de videovigilância para dissuadir o crime em Lisboa: "A polícia não tem meios para garantir a segurança e este sistema vai facilitar o seu trabalho não só na prevenção de assaltos como de actos vandalismo no mobiliário urbano e no património arquitectónico da cidade", remata. | - K.C. e PAULO SPRANGER-ARQUIVO DN (imagem)»

3 comentários:

Diogo Moura disse...

Não se compreende que uma Associação de Moradores seja contra esta medida.
Será que a associação conhece mesmo os moradores? Saberá ela a maior parte dos idosos que ainda habita na Baixa tranca-se em casa a partir das 17h00 e só sai ao outro dia de manhã?
Não digo que a videovigilância seja a solução, mas contribui para que haja menos tentativos de assaltos.
Se sabemos que as forças policiais são insuficientes, porque não ter uma ajuda extra?

Anónimo disse...

Não precebo. A baixa acabou de receber polícias em cima de trotinetes motorizadas com a desculpa de que assim "vêem" melhor, mas ainda não chega. Agora querem câmaras. Confesso que se viessem pôr câmaras na rua onde moro, mudava de casa. Por alma de quem é que se decide que se pode andar gravar a vida dos cidadãos num espaço público? É que um centro comercial, tem donos, e só entra quem quer, uma rua da cidade, é de todos, é via pública.

tramaram-nos? disse...

só faltava o argumento que há uns estudos que....
quais estudos? quem os fez e quem os pagou? onde estão publicados? são idóneos? que representatividade tÊm? abrangeram quantas pessoas e durante qunto tempo?

o que justifica esta fúria anti-video?
a mim parece-me um prurido ideológico, sem mais nada de sunbstancial e vivido que o fundamente.

ameaças vãs e tolas, daquelas que têm que ser ditas em nome de uma permanente critica social. se não disser mal das câmaras não durmo bem, mas poderei dormir melhor se elas lá estiverem

cresçam!

nuno caiado