15/07/2008

Fabulosos coches....

...num fabuloso edifício.
Mas atenção....pois se estes interiores voltarem às suas antigas funções, pode tudo terminar em desastre !

"A possibilidade de devolver ao Picadeiro Real - onde desde 1905 funciona o Museu dos Coches - as suas antigas funções já recebeu pareceres negativos. Em 1996, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) considerou que voltar a realizar espetáculos equestres regulares no salão nobre do edifício "não é compatível" com a preservação do mesmo. Ontem, o Bloco de Esquerda pediu explicações urgentes ao ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro.Há muitos anos que se fala da possibilidade do Picadeiro - construído entre 1787 e 1816 - voltar a receber espetáculos. Em 2006, a intenção voltou a ser anunciada pelo Governo que fez saber que iria devolver àquele local "a sua função original, para receber exibições da Escola Portuguesa de Arte Equestre", enquanto o novo Museu dos Coches seria instalado num edifício novo. Ontem, o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, garantiu que nada está decidido, que tudo está a ser estudado. "O edifício que alberga os coches vai ter um destino em função do que for determinado. Há um outro espaço, que é o Quartel do Conde de Lippe, que tem um picadeiro e que podia ser utilizado para esse fim", admitiu.O relatório provisório do LNEC, de 1996, feito a pedido do Instituto Português de Museus, refere que, dadas as características do edifício, deixar que o seu salão passe a ser palco regular de espetáculos com cavalos com "bastantes pessoas" a assistir terá uma consequência: "a existência de variações mais ou menos bruscas das condições ambientais", nomeadamente ao nível da temperatura, humidade relativa e luminosidade, as quais "têm, necessariamente, repercussões no comportamento dos elementos de construção, nomeadamente nos de madeira e nos de estuque de gesso".Um outro parecer, feito na mesma altura, da restauradora Anna Maria Marcone, do Instituto Centrale per il Restauro, do Ministério da Cultura italiano, concluiu que "parece incompatível com uma boa conservação" das pinturas sobre tela do salão "o reestabelecimento do picadeiro".O deputado do BE José Soeiro apresentou na Assembleia da República um pedido de explicação urgente ao ministro: "Por que razão esses relatórios nunca foram tornados públicos? O Governo pretende, mesmo assim, insistir na construção do Picadeiro no Salão do Museu dos Coches? O Governo considera que a preservação do edifício e da sua ornamentação deve ser sacrificada em nome de eventuais interesses económicos e turísticos?"Ontem, Pinto Ribeiro disse que não conhecia ainda as perguntas do BE. Mas garantiu que todos os estudos serão considerados na hora de tomar uma decisão final. "
(foto e texto roubados no Carmo e Trindade)

10 comentários:

Anónimo disse...

O Picadeiro Real,em funções desde o séc. XVIII,de repente,deixou de ter condições "ambientais" para continuar a... sê-lo!
E agora vem o LNEC,o BE (e todo o bicho-careta) dizer que o Picadeiro do séc XVIII é "incompatível" c/ a continuação do mesmo Picadeiro, no séc.XXI... E que o melhor será instalá-lo no quartel do Conde de Lippe.
E o ministro da cultura,escusa-se,dizendo que"está a estudar o assunto",pior,que "assunto está a ser estudado...",talvez por aquela senhora do MC italiano.
Além do ridículo da situação,ficamos em quê?
O Picadeiro do séc. XVIII afinal,será o quê? ...
Chama-se outra vez o LNEC, ou o BE ou o PCP...ou talvez a MFL ?


15-7-08 Lobo Villa

Anónimo disse...

Pois é isso mesmo. Todas aquelas riquíssimas decorações, são inapropriadas num ambiente húmido
(já o eram no tempo da sua execução). Os nossos antepassados tinham geralmente bons conhecimentos sobre os materiais de construção usados. No que toca à parte climática e, as suas consequentes implicações nos diferentes materiais, pouco ou nada sabiam. À que relembrar também que, a acumulação de tempo/danos, vai com o tempo enfraquecendo os diferentes materiais aplicados e, desde a sua última utilização como picadeiro, já lá vão 100 anos.

JA

Arq. Luís Marques da silva disse...

É claro que sim Julio; os materiais vão perdendo resistência com o tempo, tornando-se mais frágeis e mais sujeitos ás condições ambientais adversas.
É, no minimo ignorância, pretender-se colocar de novo o picadeiro no local.
Aliás, penso que este assunto, não passa de um "fait-divers" com o objectivo de desviar a atenção de polémicas ácerca do museu novo.
Mas, é só uma opinião claro.

Anónimo disse...

Atenção !!
Lembrem-se que a famosa Escola Espenhola de Viena ainda se encontra no magnifico edificio concebido exclusivamente para esta função! O prestigio arquitectónico associado à nobre Arte da Alta Escola Equestre fazem deste fenómeno cultural, objecto de fama e de atracção turística!
Belém tem todas as condições institucionais para albergar
esta importante função.
O espaço exterior da própria Praça e o prestigio monumental da envolvente fazem deste local, o contexto ideal para actividades culturais de alta representatividade.
Mais uma vez não vamos estar à altura da nossa Herança Cultural e Patrimonial ?!

Anónimo disse...

Espanhola, peço desculpa ...

Arq. Luís Marques da silva disse...

Devemos portanto deduzir que o LNEC é uma entidade incompetente e que a Dra Anna Maria Marcone, do ICR do Ministério da Cultura Italiano, não sabe o que diz...ora!
São salas completamente diferentes em termos de materiais de revestimento e de decoração. O actual museu dos coches, é muitíssimo mais frágil que o edifício onde está situada a Escola Espanhola Equestre de Viena e como tal não pode ser tratado de igual forma.

Anónimo disse...

Se o próprio edifício actual do Museu Nacional dos Coches tem problemas de infiltrações, pior será com 1 "humidificador" lá dentro. Não se pode comparar o edifício da Escola Equestre de Viena, com todas as suas valências e actualizações ao longo da sua história como picadeiro, com o espaço lisboeta de forma alguma adaptado ao efeito. Onde é que, sequer, há espaço para a assistência? Eu tive lá à cerca de um mês e aquilo não passa de um varadim com um máximo de 2 metros de largo.
Além de tudo isso, ainda hoje me estiveram a contar que a Presidência da República não quer o picadeiro a funcionar ali. Além do mau cheiro também vai criar uma verdadeira incubadora de moscas... Realmente é o que faltava para tornar Belém mais agradável e típica, bem ao estilo do século XVIII.
Por outro lado também não se percebe como é que instituições como o IGESPAR.IP permitem a construção de um mamarracho (o novo museu), dentro da área de protecção de um monumento que é Património Mundial da UNESCO (Jerónimos) e de um outro que é Monumento Nacional (Palácio de Belém e Pr. Afonso de Albuquerque), que vai custar um balúrdio, estando os museus e demais património de Lisboa e do resto do país sem dinheiro para o que realmente é necessário: preservação dos bens culturais que guardam.
Isto já para não falar de toda a questão relacionada com o Arquivo do ex-Instituto Português de Arqueologia, a Biblioteca cedida pelo Instituto Arqueológico Alemão, o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e demais servidos que estão a funcionar no local do futuro museu, que tem de abandonar o local até dia 1 Setembro, mas ainda ninguém sabe para onde vão. “Há-de surgir um lugar” – diz o Sr. Ministro.
E existem muito mais questões que se poderiam levantar à volta deste imbróglio criado pelo Sr. Ministro da Economia (?)...

Yzark

Anónimo disse...

O MC é um Zé Tolinho para este Zé Povinho.
remate do sorrizinho dondoca no filnal da Entrevista da Sic Notícias foi tão revelador da sua imbecilidade como a pomposidade com que ia desfiando o rosário de palavras ocas.

Anónimo disse...

Eu não misturo assuntos:estamos a falar aqui do Actual Museu do Coches e não do futuro.
Perguntei apenas qual o seu destino ?
Ouvi sentenças várias menos uma resposta.
O LNEC não é incompetente mas só responde segundo as perguntas que lhe fazem... Será que lhe perguntaram mesmo se o Museu lá pode continuar? Ou será que lhe pediram um relatório a justificar o novo Museu?
Será isto um "fait-divers"?
Aquando da OTA perguntaram ao LNEC o quê? Já não se lembram?
O lema deste centrão é sempre o mesmo:"no gastar é que está o ganho" !.Com a deslocação do actual Museu ganham todos,o novo museu-bunker,seu arquitecto-vedeta,a Sr do MC Italiano,o LNEC(mais relatórios),o novo "objectivo" do Quartel Lippe(o que será?...)e claro centenas de patos-bravos que é o "essencial"!
A perder estamos sempre nós e o nosso património.


16-7-08 Lobo Villa

Anónimo disse...

A VERDADE É QUE O QUE NOS MOSTRAM DO FUTURO MUSEU É F E I O ! F E I O !

F E I O !
F E I O !
F E I O !
F E I O !
F E I O !
F E I O !
BOLAS, JÁ NÃO SE AGUENTA TANTA PEPINEIRA