In Público (16/7/2008)
«O Clube de Tiro de Monsanto acusa a Câmara de Lisboa de ter um preconceito para com a colectividade e recusar sistematicamente as soluções técnicas de minimização de impacto ambiental que tem apresentado para permanecer no parque florestal.
A última solução apresentada foi a instalação dos campos de tiro em terrenos próximos do Ministério da Justiça, a qual recebeu parecer técnico negativo da Direcção Municipal de Ambiente, revelou ontem o presidente do clube, Carlos Ferreira.
"Os serviços têm estado sempre frontalmente contra a existência do clube", afirmou Carlos Duarte Ferreira num encontro com jornalistas, sublinhando que desde 1993 que a autarquia tem "pedido estudos que são sistematicamente rejeitados".
Segundo o responsável, o parecer dos serviços que rejeita a solução apresentada pelo clube, que envolvia a mudança dos campos de tiro para terrenos próximos, propriedade do Ministério da Justiça, evitando a contiguidade com o Espaço Monsanto, defende que as instalações do clube devem "reverter para o município".
As instalações incluem um edifício, construído com verbas dos sócios do clube, sublinhou Carlos Ferreira, da autoria do arquitecto Carlos Ramos. Segundo o presidente da direcção do clube, o parecer foi-lhe entregue em mãos terça-feira, pelo presidente da Câmara, António Costa. O vereador do PSD Salter Cid, sócio do clube, presente no encontro, frisou que "a todas as soluções a câmara diz não". "Nunca vi tanta má vontade com uma infra-estrutura desportiva", sublinhando que ali se praticam três modalidades olímpicas que além de no clube de Monsanto apenas podem ser realizadas num clube do Porto.
Questionado pela Lusa, o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, recusou qualquer "má vontade" para com o clube, contrapondo que tem havido, "tolerância, abertura e boa-fé": "O clube não tem nenhuma concessão, paga renda simbólica por ocupação de espaço por mera tolerância. Não tem nenhum título para ali estar." »
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2 comentários:
O clube de tiro tem sobrevivido em Monsanto devido, sobretudo, á influencia que alguns dos seus sócios detêm sobre o poder politico que tem governado a CML. Os técnicos da CML sempre se têm manifestado, quando consultados, contra a existência daquele equipamento naquele local pois viola todas as regras do parque e de bom senso. A sua opinião nunca foi respeitada. Rui Godinho teve a 1ª grande oportunidade de acabar com aquela fonte de problemas, não teve coragem de o fazer e, com esta decisão e com a do Aquaparque manchou o seu trabalho como vereador, António Prôa percebeu que a situação como estava não podia continuar, as agressões provenientes do local eram cada vez mais frequentes e perigosas e a imensa maioria das pessoas que frequentam o parque manifestava-se cada vez mais activamente contra aquela estrutura. Em boa hora e responsavelmente não renovou o contrato deixando a decisão final para o seu sucessor. A incompatibilidade e incoerência daquela estrutura naquele local estão por demais comprovadas. As alternativas apontadas pela direcção são (sempre) desastrosas e ainda por cima violam o PDM. Será que nos tempos que correm se pensa que a opinião pública iria permitir o abate de centenas de árvores e a construção de um muro daquelas dimensões naquela área protegida a que os Lisboetas dão cada vez mais valor? Quem o pensa está muito fora da realidade. Resta agora a José Sá Fernandes ser coerente e fazer sair definitivamente o campo de tiro do Parque Florestal de Monsanto
Temos todos que concordar que o campo está num local protegido. Por todas as razões apresentadas aquelas instalações devem ser encerradas.
Mas antes de destruirem mais um bem de interesse publico, aprovar um local apropriado e contruir as necessárias instalações, com toda a segurança exigida.
Não destruam mais um bem de interesse publico e desportivo, nacional e internacional.
Quem são esses "senhores" que querem mandar neste País? votamos neles para depois destruirem o que nós queremos e eles não querem?
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