No relatório de 2008 da Carris lê-se que a velocidade média dos transportes da Carris nos últimos cinco anos oscilou entre os 14,30 e os 14,54km/h. Uma velocidade ridícula. Alerta ainda que que este valor é especialmente alto dada o grande número de carreiras nocturnas, onde a velocidade é muito maior.
E porquê? Porque de noite não há trânsito causado por quem anda de carro. Não faz sentido exigir um bom serviço de autocarros antes de introduzir restrições aos automóveis, porque são os próprios automóveis que causam o mau serviço.Duplicar a velocidade média significaria duplicar a frequência dos autocarros e diminuir para metade os tempos de viagens e de espera, bem como acabar com autocarros cheios.
Um exercício muito interessante a fazer é apanhar a mesma carreira durante a madrugada e durante a hora de ponta. Muitas carreiras da madrugada estão tão cheias como as outras (logo o mesmo número de passageiros a demorar nas paragens), mas não há trânsito de madrugada. A diferença na qualidade de serviço é alucinante.
45 comentários:
Comparar a madrugada com a hora de ponta não passa pela cabeça de ninguém no seu juízo perfeito.
Fechem-se quase todos os estabelecimentos durante o dia e o serviço da Carris melhorará exponencialmente...
eu faço medias superiores a isso de bicicleta.
E eu tenho um galo do caraças. As carreiras de autocarros que me servem pura e simplesmente não circulam de madrugada.
Nem muito mais cedo do que isso.
Já é preciso azar!
Bom Post!
Sem haver restrições ao tráfego automóvel SÉRIAS, não haverá alterações significativas no funcionamento dos autocarros. E antes dos grandes defensores dos carros virem aqui dizer que "eu até andava, mas no meu caso, por acaso, não dá" ou dizerem mal do serviço dos autocarros, há que dizer que a CARRIS fez melhorias extraordinárias no seu serviço, quer através de autocarros modernos, silenciosos, confortáveis (com ar condicionado, que ao contrário do carro individual, se justifica em equipamentos colectivos), tendo ainda actualmente uma equipa de motoristas educados e que conduzem com grande profissionalismo. Haverá excepções ao que digo, mas em regra há que reconhecer que houve grandes progressos. Façamos nós a nossa parte e reduzamos o tráfego automóvel. E um dia destes até o sindicato dos trabalhadores da CARRIS há-de vir defender restrições de tráfego para melhorar a saúde da empresa e consequentemente dos seus trabalhadores.
De madrugada é uma óptima altura mas é para se andar de bicicleta.
Já no mês de Agosto, apesar de grande parte do pessoal ter ido de férias, andar de autocarro pode não render nada. O tempo de espera aumenta substancialmente devido à diminuição do nº de autocarros a circular. É só ver os placards da Carris e constatar que para o próximo faltam não raro 20 min, 25 min.
Alucinados também andam alguns dos utentes do serviço nightbus da Carris...
Há umas semanas estive uma semana sem carro, pelo que, além de não ter podido fazer muitas das minhas "voltas", tive de andar de autocarro.
O trajecto de minha casa para o meu emprego, que de carro demora entre 10 e 20 minutos, consoante o trânsito e os sinais vermelhos, passou a levar no mínimo 50 minutos...
E o autocarro, na maior parte do seu percurso não apanha trânsito, por circular em faixas BUS.
O problema? Simples: tinha que fazer um transbordo...
Se eu já desconfiava, fiquei com a certeza: os transportes públicos dentro da cidade são feitos para quem não mora dentro da cidade...
"Há umas semanas estive uma semana sem carro, pelo que, além de não ter podido fazer muitas das minhas "voltas""
Ó Nuno Silva explique lá que voltas é que não consegiu fazer - eu não me sento num automóvel há dois meses esta quinta feira e não deixei de fazer nada...
Dou-lhe um exemplo, o dia de hoje - sai de ste rios, fui a uma piscina em Benfica de manhã. Daí saí e fui almoçar à baixa, de onde arranquei para o Jardim Botânico Tropical de Belém. Daí saí e subi ao parque dos Moinhos de Santana no alto do Restelo ao Out-Jazz.
Por fim já às 19H30 saí e fui jantar ao Bairro Alto, de onde voltei agora para Sete Rios.
Desloquei-me apenas com as minhas pernas e a ajuda preciosa de um par de rodas a pedal....
Compras também faço, idas a lojas também e a bancos e outro tipo de serviços, no fim de semana passado fui para fora conjugando o combóio com a bicla no inter-cidades, tive no estrangeiro onde também andei de bicla e combóio, e quando estou sem vontade de pedalar ando de metro e a pé simplesmemte.
Deixei de fazer de facto as seguintes voltas: idas à oficina, idas a portagens, permanências em filas de trânsito, idas a inspecções automóveis, idas a stands de carros aturar conversas de vendedor....
Como vê faz-se tudo em Lisboa sem preciar de carro para nada, só se precisa de saúde física e principalmente mental...
Não gosta do autocarro, vá de metro, a pé, de bicla, de combóio, ou conjugue tudo como eu mas evite o transporte menos eficiente em termos energéticos e de ocupação de espaço de todos - o carro.
O principal culpado pela degradação da qualidade de vida urbana e o principal culpado de muitas das situações que são aqui denunciadas.
Este "post" sobre transporte público/privado e o seguinte, sobre rua motorizada/rua pedonal, são perfeitamente iguais ; é como olhar para a floresta e só ver a árvore !
Em ambos reina o caos : num diz-se que só haverá transporte público quando se reprimir o privado ; no outro, diz-se que esta repressão é má para o comércio...
E os bloguistas,inadvertidamente "agridem-se" ; de facto,diz o ditado "numa casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". É que acontece .
A "falta de pão" ,aqui, é a falta de um PLANO !
Não há um PLANO para Lisboa (nem para a sua periferia) nem para as ruas (de peão ou não),nem para o estacionamento,nem para os transportes...nem nada !
Vão-se fazendo "coisas" ao sabor dos autarcas e das eleições.
Tenho-o dito aqui,de vários modos,mas não encontro eco...
(O anterior dizia ao ante-anterior: "se não gosta do autocarro vá..."etc)
Já ontem ádórêi este post.
Se eu fôr à praia em Janeiro, em vez de me meter lá na confusão de Agosto, também tenho espaço à larga, aquilo é tudo meu.
"Se eu fôr à praia em Janeiro, em vez de me meter lá na confusão de Agosto, também tenho espaço à larga, aquilo é tudo meu."
Em relação a esse fetiche do Português pela praia também tenho uma boa experiência.
Já não vou a uma praia de areia desde início de Julho, e não estou minimamente triste com isso. Vantagens, descobri em alguns fins de semana belíssimas praias fluviais com meia dúzia de pessoas (e acessíveis de combóio e bicla), com belíssimos hoteis perto a preço de saldo. Descobri alguns belos jardins de Lisboa para onde vou ler e ouvir concertos gratuitos, belos Museus gratuitos e com programação interessante e excelentes esplanadas, também frequentados por um número de pessoas não muito elevado. Também irei a praias de areia, pois vou fazer um fim de semana prolongado no Algarve no próximo fim de semana, mas após esses 3 dias só devo voltar a uma praia no fim de Setembro.
Cada vez que se sai de casa ao fim de semana ou nas férias só pensar em fazer uma coisa - ir para a praia, não me parece muito enriquecedor, variado nem mesmo saudável....
Isso ligado à carrite aguda leva a que as nossas praias no Verão pareçam um hipermercado em promoções, com a desvantagem do estacionamento ser completamente caótico e muitas vezes lesivo para a natureza...
Se ir para filas de trânsito, demorar uma hora ou mais em cada trajecto para a praia, chatearem-se uns com os outros para disputar parcos lugares de estacionamento à beira da praia, e ficar um dia inteiro a assar a 30 ou 40 graus, debaixo de raios ultra-violetas que são uma lotaria com o prémio cancro de pele, ainda por cima num areal repleto de pessoas em que se esticarmos o braço tiramos uma cerveja do camping-gaz do vizinho, é qualidade de vida, então fico muito bem como estou obrigado...
Ir à praia sim, mas não fazer disso uma espécie de obrigação nacional, o mesmo em relação ao automóvel.
Diversificar as actividades nos períodos de lazer e os meios de transporte adoptados não é perder qualidade de vida - é ganhar em várias vertentes.
Boa ideia.
Vamos todos viver e trabalhar para mem martins. O problema dos transportes em Lisboa fica finalmente resolvido.
Ou então nem vamos trabalhar. Ou vamos trabalhar de madrugada...
Eu quero dar as minhas voltas. Quero, pronto! E eu acho que realmente os transportes públicos não funcionam, por isso deviamos andar todos de carro. Votarei em quem propuser fazer avenidas largas e túneis. Quero 4 faixas no mínimo na Rua do Ouro (suprimindo os passeios), poder voltar a estacionar na Praça do Comércio e voltar a abrir ao tráfego a Rua Augusta, bem como poder estacionar gratuitamente em Campo de Ourique a qualquer hora e em qualquer lugar. Com o dinheiro que se poupava na CARRIS, quero um túnel directamente de minha casa, passando por baixo do Saldanha e ligando directamente ao túnel do Marquês. E tudo asfaltado lisinho, lisinho. Pode ser?
Eu praticamento já só ando de transportes em lisboa, para o trabalho, ou vou e venho de autocarro/pé, demoro 25/30, vou jantar ao bairro/alfama e venho de metro, só quando me desloco para a fnac do colombo é que vou de carro mas só se for à noite ou ao fim de semana, tira a paciência a qq um andar de transporte ao fim de semana, esperas que chegam a 30minutos.
Sr. Nuno Santos Silva,
Aproveite esses 50 minutos para ler, falar ao telemóvel, ou resolver outros assuntos. Também pode simplesmente usá-los para reflectir.
No carro, a reflexão limita-se a procurar o espaço onde nos enfiar-mos e passar a fila, ou evitar colisões com outros carros. Não aproveita esse tempo para mais nada!
Eu não lhe quero obrigar a mudar o estilo de vida, mas o ponto do Nuno, que o carro individual é o meio de transporte menos eficiente para a cidade, continua válido!
Miguel
Ah, mas o Nuno é um atleta! Subir a Av. da Ilha da Madeira a pedal não é para todos...
Deixemo-nos de lérias, eu também gosto de pedalar na cidade e também sinto gozo em passar pelos engarrafamentos nas era só o que faltava se tivesse que subir a pedal a Av. da Ilha da Madeira todos os dias de manhã para ir trabalhar.
As alternativas não são entre o carro e a bicicleta: são entre o transporte público ou o transporte público + peão/bicicleta. Andar de carro não deve ser criminalizado (todos nós precisamos de o usar de vez em quando) mas não deve ser incentivado. Deve ser usado como excepção. Como cada pessoa, individualmente, pensa que "é só o meu carro, não faz mal" ou "no meu caso tenho mesmo que andar de carro" só há uma hipótese: restringir o uso do carro, retirando faixas de rodagem em detrimento de mais faixas BUS, mais espaço pedonal e mais espaço ciclável. Quem quiser andar de carro, porque quer, porque precisa, faz favor, há AQUELE espaço e não o espaço TODO.
É esse o dilema com que nos confrontamos: temos um sistema de ordenamento de trânsito que premeia atitudes egoístas como a do Nuno Santos Silva que utiliza o transporte individual e penaliza quem utiliza o transporte público. Assim, mais pessoas têm incentivo a comportarem-se de forma egoísta como o Nuno Santos Silva e o irmão e penalizarem ainda mais quem utiliza os transportes públicos com o trânsito causado.
Um sistema que premeia quem só olha para o seu umbigo prejudicando os outros (como é o caso do Nuno Santos Silva) é um sistema que faz a cidade tender para o caos urbanístico e de mobilidade.
Claro que a responsabilizar não são só os responsáveis políticos que premeiam os egoístas. São também os próprios egoístas.
Isto vê-se também no estacionamento selvagem (em cima do passeio em particular).
As alternativas não são entre o carro e a bicicleta: são entre o transporte público ou o transporte público + peão/bicicleta.
A coisa mais acertada já dita até agora. Se os carro-tontos conseguissem meter isto na cabeça deixavam de lutar contra bonecos de palha.
E se Lisboa fechasse de dia e abrisse de madrugada? Ficava o problema resolvido.
DAM disse...
As alternativas não são entre o carro e a bicicleta: são entre o transporte público ou o transporte público + peão/bicicleta.
Concerteza já reparou que isto é impossivel. Num transporte publico de dia está proibido de entrar com uma bicicleta. Na maior parte das vezes nem espaço tinha.
Quando eu rebentei um pneu de bicicleta, que remedio tive eu em andar 7 ou 8kms a pé com a bicicleta à mão.
Bicicletas nos transportes publicos é só aos Fins de Semana e em poucas carreiras de autocarros e no metro desde que não haja mais de duas por veiculo ou carruagem no caso do metro. Esse transporte de bicicletas nos transportes publicos ainda é uma visão da bicicleta como brinquedo para andar no jardim, e não como meio de transporte concorrente aos automoveis ou transportes publicos.
No site da Carris tem as carreiras de autocarro que aceitam bicicletas ao fim de semana. São poucas.
Caro xico205, agora apesar de ainda serem quase nenhumas já aceitam todos dias. Mas tem razão o transporte de bicicletas nos tp's de Lisboa é um problema que tem de ser resolvido rapidamente, a carris devia passar a transportar bicicletas na maioria das carreiras e o metro devia ter em todas as composições carruagens em que fossem permitidas bicicletas
Xico205 e outros...
Há uma solução para os problemas que referem que não passa por levar a bicicleta dentro de transportes públicos.
Chamam-se 'bicicletas de uso partilhado' e que se podem levantar e deixar em diversos pontos espalhados pela cidade. (Existem imensos exemplos pela europa - Barcelona, Lyon, Paris, Londres... entre outros)
Neste caso, e havendo uma rede suficientemente abrangente resolve-se o dilema do 'onde deixar a bicleta' ou como levá-la para casa...
Enquanto isso não existe utilizo bastante o metro aos fins de semana e após as 20.00 todos os dias...
Vale a pena ir a Lausanne (Suiça) e vêr como uma cidade declivosa (diria mais: a pique) tem uma utilização razoável da bicicleta (7% usam-na diariamente). E aqui não se discutem declives, porque mesmo os ciclistas sabem que os há e ninguém tenta sequer subir avenidas (em Lisboa quem estiver mais habituado consegue subir uma Av. Liberdade ou Almirante Reis. Em Lausanne falamos de "Ruas do Alecrim ou Calçadas da Ajuda). A bicicleta funciona em complemento do sistema de transportes públicos - ou fica à porta do transporte público ou entra no transporte público. Os ciclistas usam a bicicleta no plano ou a descer. É na Suiça, algures no 3º mundo. Há outro País assim, chama-se Noruega.
O pior é que em Lausanne os autocarros também não podem andar porque as ruas estão cheias de ciclistas. Também só de madrugada é que podem acelerar à vontade.
:-P
A mim quer-me parecer que as temperaturas e intensidade do vento de Lisboa não é comparável ao de Lausanne, mas se calhar não.
João Oliveira Leonardo disse...
Caro xico205, agora apesar de ainda serem quase nenhumas já aceitam todos dias. Mas tem razão o transporte de bicicletas nos tp's de Lisboa é um problema que tem de ser resolvido rapidamente, a carris devia passar a transportar bicicletas na maioria das carreiras e o metro devia ter em todas as composições carruagens em que fossem permitidas bicicletas
4:56 PM
Devia receber uns comentários amigos por parte dos outros passageiros! Já não chega os autocarros quase não chegarem para todos os passageiros e ainda tinham que levar bicicletas!
O mais giro era esvaziar o autocarro quase todo para sair com a bicicleta!
Opá, comecem a apresentar ideias com pés e cabeça, que possam ser postas em pratica!
Vão para a rua, e vejam a realidade que vos rodeia.
"A mim quer-me parecer que as temperaturas e intensidade do vento de Lisboa não é comparável ao de Lausanne, mas se calhar não."
Se calhar a inteligência civismo e cidadania dos Suíços é que são incomparáveis com as de alguns portugueses carro-obcessivos e sado-carro-masoquistas....
A Carris não tem estrutura, quer de dia quer de noite. Percursos enormes que aumentam o tempo de viagem, falta de espaço e escacês de carreiras.
Demorei 50 minutos a fazer o percurso Alameda-Oriente no 208 (Porque o Metro fechou 20 minutos antes do que devia para os senhores condutores e tudo o resto sairem à hora em que devia estar a fechar). Não havia trânsito porque era de noite e foram poucas as paragens. Um percurso que, de metro de faz em 15 minutos e de carro suponho que bem menos.
Carris? Não obrigado.
A essa hora devias estar atrasado para muita coisa...
Para os passageiros que há de madrugada secalhar justificava-se mais!!!!!
Escacês? Eu conheço é o whisky escocês.
Pois claro, os habitantes de Lisboa, com crianças, que não vão para umas belas praias fluviais ali à Cruz Quebrada ou no Trancão e teimam em ir para a Caparica ou a Linha de Cascais são mesmo tapadinhos de todo.
Ádórêi.
"Pois claro, os habitantes de Lisboa, com crianças, que não vão para umas belas praias fluviais ali à Cruz Quebrada ou no Trancão e teimam em ir para a Caparica ou a Linha de Cascais são mesmo tapadinhos de todo."
Caso preencham o tempo todo disponível nos dias livres do Verão a fazer isso, passando horas no trãnsito nos seus popozitos são no mínimo pouco inteligentes.
Muito cultos também não serão até porque o que vejo na praia é pessoal a jogar à bola ou a ler sobre bola e revistas cor de rosa.
É a sociedade do lazer, individualismo e entretenimento inconsequente.
Que se f+++ se está a acabar o petróleo, se o crescimento constante a que estavamos habituados irá se manter, se é comportável para o país ter movimentos em massa pendulares em automóveis particulares nos dias de trabalho e lazer quando temos uma dependência energética e deficit comercial e da pbalança de pagamentos constante.
Eu quero é ir para a praia xonar de papo para o ar, e quero chegar lá de carro!!! Ponte grátis, auto-estrada grátis, e ainda bem que emito CO2 para podermos ter 40º o ano inteiro!!! Viva o verão permanente - para combustível usamos a energia dos incêndios florestais!!!
Se não houver inverno gastamos menos em aquecimento e para não se ligar o ar condicionado institui-se o trabalho na praia.
Mais uns 5º de temperatura média e o oceano começa a aquecer também o que é uma maravilha para os putos mergulharem (tão sempre a se queixar da água fria...). Já sei deixo o carro ligado o dia inteiro pata emitir mais CO2 - se começarem a subir muito os combustíveis fazemos aí umas greves e tal...
14.54km/h? Deve ser a mais alta das cidades da Europa. Paris, por exemplo, tem 12km/h em corredor BUS fora deles são 9km/h.
De vários estudos em cidades europeias, planas, a velocidade média de uma bicicleta chega a ser superior à velocidade comercial média do metropolitano.
caro anónimo das 9:13, você leu o post?
a velocidade está altamente inflacionada pelas carreiras nocturnas.
o número que me lembro de ver (infelizmente não vem no relatório) era de 10km/h descontando a madrugada
Ádórêi.
Os habitantes de Lisboa, sobretudo os que têm filhos crianças, que estão de férias nesta altura e não noutra, que têm as escolas fechadas, que não podem viajar de avião para outros continentes nem ir para as (perigosas) praias fluviais longe de onde moram, dizem assim aos filhos: "Agora fica tudo em casa, porque a gente só pode ir para a Caparica/Carcavelos e fazer isso é estúpido! Tudo lá para dentro e não quero ouvir nem um pio!"
(Isto a gente vir aqui para ler comentários de nefelibatas realmente não dá. Mais vale ver as moscas a voar).
"(Isto a gente vir aqui para ler comentários de nefelibatas realmente não dá. Mais vale ver as moscas a voar)."
Só as conseguirias ver a voar se conseguisses olhar para dentro do teu cérebro e dos outros carro-estúpidos...
Li o post e não concordo com ele, o problema da Carris não tem que ver com a velociadade média comercial, que não é muito baixa mesmo considerando a rede da madrugada.
Pelo que percebi do relatório o aumento pela extenção da rede da madrugada é de 0.7%.
Para quem não sabe na velocidade média comercial contam os tempos de paragem para entrada e saída de passageiros.
Por exemplo, porque não encontrei valores para o metro de Lisboa, o valor para o metro de Paris é 24,3km/h.
Caro JPinto,
os 0,7% são a variação da rede da madrugada, a alteração de 2007 para 2008. A % da rede que é rede da madrugada é muito maior.
Os 14km/h mantém-se há vários anos. Nada têm a ver uma variação de um ano para o outro.
E se não concorda com o que escrevi experimente fazer o que eu sugiro. Apanhar a mesma carreira de dia e de noite, por exemplo o 35 e o 206
Numa coisa, o Nuno Santos Silva tem alguma razão: os transportes são feitos não para quem mora em Lisboa mas sim nos arredores.
A carreira mais central de todas e que permite um eficaz rebatimento a alguns interfaces do centro e serve de ligação/complemento a outras carreiras - o 790 - tem umas frequências bastante baixas para o que seria de supor, o que aumenta os tempos de viagem nos percursos com enlaces sucessivos.
Obviamente que os tempos de percurso são menores, porque há menos transito, menos peões, menos pessoas a entrar e saír dos autocarros, etc.
Mas já reparou que a carreira 35 tem uma frequência de aproximadamente 7 autocarros por hora e a 206 só um autocarro por hora e que existem 78 carreiras durante o dia e só 14 carreiras durante a noite.
A onde quero chegar é que o contributo das carreiras da rede da madrugada não inflaciona assim tanto a média.
Filipe, e porquê que os transportes estão feitos para servir as ligações periferia-centro? Porque é nestes percursos que há maior procura dos clientes.
No dia em que a 790 juntar dezenas de pessoas nas paragens em 5 minutos a frequencia é aumentada.
Não é por acaso que ás 5 da manhã, as paragens têm dezenas de pasageiros na Damaia, Pontinha, Fetais, Prior Velho, Odivelas, Moscavide, etc. E isso não costuma acontecer nas zonas mais centrais de Lisboa. A população do centro não costuma ter horarios de trabalho que exijam madrugr, e quando têm devem-se deslocar de carro.
À uns tempos fui com o meu pai a um sabado à tarde ao Colombo. E no regresso, iamos para o metro e a linha azul estava interrompida, devido a uns miudos que foram fazer grafitis para o tunel em Alfornelos. Disse ao meu pai que a alternativa era ir a pé, pois aos dias não uteis o 64 só circula entre a Damaia de Cima e o Col. Militar-Metro. O meu pai questionou-me porquê os suburbanos terem mais direitos, ao que respondi que a Carris é alheia quanto aos passageiros que transporta, simplesmente se interessa pelas zonas onde eles existem. Se na Damaia e na Buraca há passgeiros para transportar, lá há autocarro, se os betinhos das Laranjeiras são finos de mais para andar de autocarro, não se vai pôr um autocarro a circular vazio nessa zona.
J.Pinto,
mas o meu ponto é esse mesmo. É o trânsito automóvel que impede e sempre impedirá (enquanto se mantiver a este nível) o bom funcionamento dos autocarros em Lisboa.
Passageiros: Já apanhei muitas carreiras nocturnas com mais passageiros do que a carreira de dia. A diferença de velocidade para o dia continua abismal.
Peões: experimente contabilizar o tempo perdido com peões.. é próximo de zero.
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/118751.html
Claro que a rede da madrugada é muito pouco, mas não são os tais 0,7%.
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