29/03/2009

O CIDADÃO PRINCIPAL? Rua do Mirante

O "passeio" na Rua do Mirante, 28 e 30, totalmente ocupado com estacionamento. Este local do arruamento é muito perigoso para os peões por se tratar de uma curva com pouca visibilidade. Como está quase sempre ocupado com carros, os peões são forçados a circular nas faixas de rodagem. Em dias de Feira da Ladra, altura de grande circulação de peões, o risco de atropelamento é particularmente elevado. Já foi solicitado à CML o estudo para a colocação de pilaretes pois já todos percebemos que se formos esperar pelo civismo dos automobilistas... acabaremos por morrer atropelados.

29 comentários:

Rafael Santos disse...

No caso de se optar pelos pilaretes, nesta curva, terão de ser colocados mais para dentro que o habitual ou então optar pleos blocos de cimento rasteiros, dado que por vezes cruzam-se autocarros nessa curva. A carreira 12 serve essa rua e quando se cruzam, a frente tem de ocupar a zona do passeio para passarem os dois...

Mas seria sempre melhor que ter esses carros...

Filipe Melo Sousa disse...

Onde é que o imuminado autor recomenda o morador a estacionar quando chega a casa e não tem onde meter o carro? No bolso? No jardim? No meio da estrada?

Aguardo ideias luminosas

Filipa Lex disse...

Filipe,
O problema é que a maioria dos autores recomenda que se ande a pé ou de bicicleta, o carro não constitui uma recomendação para estes senhores, mas antes uma forma de atentado a quem acredita que as pernas são o meio de locomoção por excelência. Para grande parte destes autores, as pessoas que se movem de carro, quase que não são pessoas. São uma espécie de bicho diletante com laivos de humanidade e um tronco de preguiça...

Anónimo disse...

esses carros talvez nem serão de residentes. e se forem? porque razão têm mais direito ao passeio do que os outros residentes (a maioria) que não têm carro? e por não terem lugar para estacionar à porta de casa têm automaticamente direito a fazer isto aos outros concidadãos? incrível ao ponto que isto chegou! incrível que se defenda o que está na imagem!

Filipe Melo Sousa disse...

Portanto o que defende é que as pessoas percam o emprego e a possibilidade de levar os filhos à escola? Diga lá o que propõe.

Filipa Lex disse...

Ninguém defende que se estacione em cima do passeio. Defende-se sim, a capacidade de abordar as questões de forma cabal,atendendo a todas as variáveis em causa. É inteligente não ceder ao impulso de identificar de imediato o culpado, deixando de lado as questões que interessa responder: - Porque é que existe um carro estacionado em cima do passeio? ao invés de - Quem é o atrasado mental que estacionou em cima do passeio?

Anónimo disse...

propõem-se civismo. nada mais do que isso. e estacionamento pago há sempre. talvez não seja à frente da porta mas será sempre nas proximidades.

JT disse...

Caro Filipe
Proponho que ponha os seus filhos na escola do bairro e se esta não tem condições exija-as! Esse é um direito para a sua família! Exija também passeios livres e passadeiras vigiadas, para os seus filhos chegarem à escola sem qual problema!
Para o carro que, na minha opinião justifica-se para muitas situações, proponho que alugue um lugar de garagem, e se não existe um no seu bairro, exija-o na junta de freguesia, na câmara onde tenha que ser mas faça-o!
Proponho que experimente a ir de transportes públicos para o trabalho e se estes não funcionam, exija outros! Esse um direito seu! Se é contra os transportes públicos por principio, quer os seus filhos na melhor escola privada, não prescinde do seu carro, então proponho que se mude para um bairro moderno com lugares previstos para estacionar. Esse é um direito seu! Mas deixe o passeio livre para os meus filhos irem à escola em segurança! Essa é a sua obrigação..

Filipe Melo Sousa disse...

exigir? tente então enviar algumas cartas e mantenha-me a par das respostas que vai tendo. sempre dá para rir um pouco. claro que quem vai rir não é você, mas os funcionários da câmara que vão receber as suas cartas.

acorde homem, você vive no mundo real

JT disse...

Subscrevo:
"acorde homem, você vive no mundo real"

Tárique disse...

No mundo real 30% dos lisboetas tem automóvel. E os outros que se fodam ...

No mundo real é perigoso ir para a escola a pé porque há carros em cima do passeio , é chato ir para o trabalho de autocarro porque os automóveis entopem o transito.

no mundo real 30% da população lisboeta anda a lixar os outros 70%.

Mas não há de ser por muito mais tempo.

Pobre do carro que vir a tapar o meu direito de andar a pé no passeio!

Melo Sousa, você não é liberal? Então e a responsabilidade individual? Neste assunto, parece um choramingas de esquerda a desculpar os prevaricadores com "a falta de condições" e a pedir acção por parte do Estado. Aposto que também chamará o Estado se um dia encontrar o seu carro com os pneus retalhados...

Anónimo disse...

Mafarrico e Tárique,
Apoio a 100%.

Filipe/a,
Seguindo a vossa maneira de pensar, vou começar a colocar o meu lixo na sala da estar em casa dos meus vizinhos, porque o caixote do lixo fica mais longe e não gosto de andar a pé.

Se o incomodo ou prejudico a sua saúde, o problema é dele.

Se ele não gostar de ter o lixo no meio da sua sala, ele que me indique a solução para o meu problema.

Se ele me disser que a solução possa passar por eu fazer menos lixo, ou levantar o cu da cama mais cedo para ter tempo para o ir depositar no caixote, finjo que não oiço e continuo na mesma lenga-lenga.

Filipe Melo Sousa disse...

Se chamar a praça lá em baixo de sala dos seus vizinhos, coloco lá o lixo sim. Deve achar que eu sou daqueles tótós que separam o lixo todo para a camara facturar a sua venda, e que ando vários km até ao contentor.

Já pago impostos a mais pela porcaria de "serviço" de "recolha" que a camara me presta.

Anónimo disse...

Caro Filipe,

como gostaria que vivesse na maioria das cidades da Europa? uns bons anos e vinha de lá mais direito que um varapau! então não separa o lixo porque paga impostos. Não tem realmente vergonha do que diz aqui e em todos os outros posts? Porque não nos dá a sua morada - o que não é pedir muito já que em posts passados insistiu que alguém lhe dissesse quanto paga de renda - para todos lhe pormos o carro na sua entrada, no seu passeio, no seu jardim ou inclusivamente lixo à sua porta? por favor dê-nos esse prazer?!

Filipe Melo Sousa disse...

Caro amigo, já vivi justamente noutras cidades europeias ;) e garanto-lhe que todas as moradas onde vivi não houve uma única borla ou ocupação abusiva da casa dos outros, como no exemplo que referiu

Anónimo disse...

E havia a maioria das coisas que defende, isto é, estacionamento no passeio, excesso de carros a circular, não separação do lixo para reciclagem? Gostaria que me dissesse que cidades foram essas!
Sugeri a sua morada para que todos pudessemos fazermos-lhe aquilo que advoga ou é só para os outros que vivem em Lisboa e vêem os passeios cheios de carros e completamente escavacados?

Filipe Melo Sousa disse...

eu nem defendo nada de especial. sou tolerante a vários tipos de sociedade. apenas acho que quem paga um serviço público deve ver o retorno dos seus impostos.

Portugal é o pior dos dois mundos: pagar muito e não receber nada em troca. A não ser que se faça parte de uma equipa privilegiada. Porque afinal o bolo das regalias tem de ir para algum lado. Há quem beneficie com o actual sistema. O seu discurso estranhamente (ou não) defende este status quo.

rui disse...

Esta é uma das situações mais irritantes com que uma pessoa se pode deparar numa cidade e em Lisboa isto é muito frequente.
Dá vontade de andar com um taco de basebol na mochila.
Utilizo carro, tenho imensos problemas com o estacionamento no meu bairro, estou farto de ser rebocado, mas a justificação do filipe sobre "as pessoas que podem perder os empregos" ou "não podem levar os filhos à escola" é completamente fora do baralho. Como é que um sujeito que pára o carro em cima do passeio encara um cego ou uma pessoa de idade ou um inválido ou uma mulher (certamente a mulher de outro qualquer) que traz os filhos (os de outro certamente) pela mão ou num carrinho? (isto para não falar do gajo normal adulto que tem pernas para andar mas que não é suposto andar pela rua).
O Filipe que experimente fazer o contrário. Quando não puder andar pelo passeio ande a pé (ou pare) nas faixas de rodagem e vai ver o resultado.
Francamente, tenho zero pachorra para o extremismo mórbido dos cidadãos auto-mobilizados e outras coisas do género, mas arranjar argumentos piedosos para defender o estacionamento de carros em cima dos passeios ocupando-os totalmente como os da foto é um bocado demais. O Filipe que experimente subir a rua das Amoreiras à hora de maior afluência do Ginásio Clube para ver se os imbecis que ocupam totalmente os passeios são Pais a "levar os filhos para a escola" ou pessoal " que precisa do carro para o emprego".

Filipe Melo Sousa disse...

Onde é que estaciona o carro quando vai ao GCP? Aí está uma boa questão.

Vai-me dizer: "problemas de estacionamento, Lisboa não tem nada problemas de estacionamento. o carro até nem serve para nada..."

Anónimo disse...

vocês não percebem que o filipe está de tal maneira formatado que é como um papagaio a falar, a falar, a falar sempre a mesma lenga-lenga!

Anónimo disse...

tenham santa paciência mas esta situação é indefensável! Tenham bom senso!

Anónimo disse...

Filipe à Presidência!

Sou camionista, tenho mulher e filhos para alimentar e quanto mais depressa efectuar as minhas entregas mais recebo.

Como tal, e dado que pago impostos, exijo que o Governo crie uma auto-estrada sem limite de velocidade da porta de minha casa até cada um dos meus destinos.

Como o malvado do Governo não o faz (só querem é os meus impostos), passo a circular com o meu camião nas vias públicas a 240Km/h, colocando em risco os outros (que se lixem, e já agora resolvam o meu problema).

O exemplo acima, assim como o do lixo, é uma analogia com o actualmente verificado com o estacionamento, não é para ser levado à letra.


Agora a sério,
com a defesa desse tipo de atitudes não arranjará concerteza mais apoiantes para a sua justa causa (mais estacionamento acessível). Ao invés de atentar contra os peões, seria preferível começarem a, por exemplo, deixar as viaturas literalmente no meio da estrada como forma de protesto contra a suposta falta de estacionamento.

Filipe Melo Sousa disse...

E como faria para resolver a questão do estacionamento em Lisboa? Ficavam as pessoas sem possibilidade de ir ao emprego, fazer compras e levar os filhos à escola? O carro não serve portanto para nada?

Dou um exemplo: existem em Lisboa dezenas ou centenas de reformados que ocupam casas sem pagar rendas. Pagam 2€. Punha-se toda a gente na rua por estar a ocupar um espaço indevidamente?

Que tal umas fotografias de um velhote neste blog, e depois escrito em maíusculas: "MAS QUEM É ESTE VELHO SENIEL QUE ANDA PARA AQUI A OCUPAR UM APARTAMENTO SEM PAGAR CORNO". É isso que o sr anonimo defende não é?

Anónimo disse...

Pare, pare Filipe pois que já estou a chorar baba & ranho! Que argumentos tão comoventes... Só é pena que se tenha esquecido que há muitos países onde a vida decorre na normalidade (e economias bem mais saudáveis que a nossa) sem que as pessoas deixem de ir trabalhar por não terem pópós. Mas quem tem vício dos carros está cego.

Filipe Melo Sousa disse...

interessante, qual é essa capital europeia que funciona sem carros? é que cidados onde o arrendamento funciona posso citar 24 na UE.

Anónimo disse...

«Mas quem tem vício dos carros está cego»

Anónimo disse...

Eh pá FJorge tu tiraste uma foto ao meu carro com à matricula a mostra, é por isso que um dia destes de manhã dei com os meus quatro pneus todos furados.

Filipe Melo Sousa disse...

e ainda dizem que isto é um blog de "cidadania" e civismo.

na verdade vem-se aqui apelar ao vandalismo

Anónimo disse...

tem algumas soluções interessantes relacionadas ao traffic calming na internet. talvez seja uma solução para a rua e teria de ser uma associação dos moradores com a prefeitura. implantação desses sistemas garante diminuição da velocidade dos carros na curva. seria basicamente a mudança da pavimentação do lugar forçando uma conscientização dos motoristas. a questão das entradas da casa pode ser soluciona da através da intalação no passeios de canteiros de jardineira ou de pequenos pilares delimitando espaços não estacionaveis.