06/03/2009

«Faremos tudo para que esta obra não prejudique a vossa vida quotidiana»

Pela boca morre o peixe. Durante os vários anos em que o Convento dos Inglesinhos esteve a sofrer (nunca esta palavra foi tão adequada!) obras de transformação em condomínio fechado, a Rua Nova do Loureiro serviu de via principal de acesso aos veículos pesados da obra. Para acalmar os ânimos dos moradores a CML instalou esta sinalização vertical espetada no passeio como já é da praxe. Agora que a obra terminou, e os primeiros alienados começam a fechar-se na sua prisão, perguntamos: até quando terá o cidadão comum de aturar esta placa obsoleta, de duas patas no passeio, prometendo não prejudicar as nossas «vidas quotidianas»? É óbvio que a CML não está a cumprir a promessa que mandou publicitar. Aguardamos resposta da Junta de Freguesia de Santa Catarina ao nosso pedido de retirada deste painel que, para além de ser um obstáculo na via pública, está também a contribuir para mais poluição visual do espaço público no Barro Alto.

15 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

alienados na prisão? uma maneira um pouco grotesca e muito mal educada para o autor deste post se referir aos moradores de Lisboa

Anónimo disse...

Acho que é uma bela expressão, que reflecte o tipo de sociedade que estamos a fazer, compreende-se que o Filipe não se importe.

Filipe Melo Sousa disse...

É uma bela expressão, reveladora da forma como se tem aqui em conta as pessoas que não pensam e que não agem do mesmo modo que os autores "iluminados" deste blog.

Marta disse...

Permita-me discordar de si Filipe Melo de Sousa, mas de facto os condomínios fechados são para alienados. São ghettos dentro da cidade. Enfim poderia dizer mais umas coisinhas sobre estes belos "condomínios" e sobre este dos inglesinhos em particular. Porque este projecto é muito medíocre, é que não só é mau por ser um condomínio, como é péssima obra arquitectónica. Acho que há gente que gosta de ser enganada, e paga para isso. O que é ainda mais imbecil. Mas cada um com a sua "estranha forma de vida"(Amália Rodrigues).

Marta Sousa Freitas

Filipe Melo Sousa disse...

Não percebo qual a necessidade de alguém se referir em termos depreciativos a pessoas que apenas considera que fizeram um mau negócio.

Deve ser por motivos que "poderia dizer".

Marta disse...

O problema é o engano em que caem as pessoas que julgam que para se proteger não lhes basta a casa, arquitectura. Precisam de um conjunto de parafernália electrónica de controle, orwelliano, para que assim se sintam menos sós com os seus medos, mas também estranhamente mais isolados dos outros. Se reparar todos os fenómenos que têm ganho grande terreno na contemporaneidade, pós-moderna, reflecte de facto esta paranóia de "sermos globais" mas em "firewall", protegidos do outro. Desconhecido e por isso a temer e a não confiar. Pois é natural, é quase coisa dos nossos primórdios antepassados. Nunca perdemos isso. Somos correctamente civilizados e adaptados, desde que tenhamos todos os objectos que nos acrescentam e "nos tornam aqui", adaptados ao mundo.
É natural veja-se o "2001 odisseia no espaço" de Stanley Kubrick. A coisa funciona em torno de uma realidade estranha, que nos faz temer o que desconhecemos, não o que não existe. Fatalmente a alegoria é a de que a coisa que nos serve de "braço" e "olho" controlador passa a escravizar-nos. Já não vivemos independentes do telemóvel, do despertador, do carro, da electricidade, da água canalizada, da televisão, dos jornais, dos PCs. São obviamente hoje dados adquiridos e quem nasce nunca saberá o que será viver sem eles.
Mas quereremos também tornar-nos dependentes de bolhas fisicamente no território mas "fora" deste? Que conceito temos nós de cidade? O que queremos ter à volta destes condomínios? Desconfiança, ostracismo, raiva, inveja, falta de diálogo? Aumentar as correntes de assaltos fora da "bolha" ? Fazer morrer tudo o que está à volta da "bolha", gerando cidade fantasma à volta da bolha?
E não sei se conhece o edifício original? Mas quando se faz uma reabilitação, é preciso fazê-la depois de muito estudar a "coisa" preexistente. Não fazêmo-la levianamente como muita arquitectura é hoje feita. Mas o mal não está na reabilitação está na falta de seriedade de alguns arquitectos. Não! É verdade, não vale tudo para pagar contas!

Filipe Melo Sousa disse...

Ok, definitivamente intolerância reaccionária dos velhos do restelo.

Marta disse...

Pois, continuem assim "progressistas imobiliários" que quando não houver "pedaço de terra para escaranfuchar" pode ser que deixem a poeira assentar. Ou quiçá continua o sentimento de "bicho carpinteiro" e construam à imagem dos "Jetsons" condomínios nos céus ou à imagem da "pequena sereia" ou da "Atlântida perdida" se construam condomínios submergidos na água.
Não percebo, a destruição deveria ser maior. A bomba relógio ainda não foi activada? Ou ainda estamos na fase piloto?

Marta Sousa Freitas

Marta disse...

escarafunchar. corrijo

Anónimo disse...

um conselho marta: não responda, que ele vem cá por outros motivos...

Anónimo disse...

Não caia na armadilha porque esse pequenino mimalho nunca mais se cala.

Anónimo disse...

Estive recentemenete com um conceituado astrologo. Ele afirma que a era egoista em que vivemos tem que ver com os astros e que isso vai começar a mudar dentro de 16 anos. Foi uma convesa mais longa que isto e interessante, mesmo que um bocado "fora" para esta discussão.
Até as artes reflectem esse "eu, eu,eu", assim como os condominios fechados.

Filipe Melo Sousa disse...

Aqui temos argumentos de alto valor científico.

Anónimo disse...

escarafunchar. é isso mesmo que o petiz quer fazer consigo. não dar trela a psicóticos.

Anónimo disse...

a Junta de Freguesia nao e' a entidade a quem se deve pedir mas sim a CML. a JF nao tem meios para fazer nada e serve apenas como interlocutor entre os fregueses e a CML. por isso, e para nao se perder tempo, deve-se pedir sempre `a CML.