10/03/2009

Quiosque de refrescos centenário regressa ao Largo de Camões

In Público (10/3/2009)
Ana Espada

«O Largo de Camões, em Lisboa, vai ter um quiosque de refrescos semelhante a outro que ali existiu há cem anos. A estrutura, colocada ontem perto da estátua de Luís de Camões, ainda não está completamente restaurada, mas prevê-se que o estabelecimento abra ao público ainda este mês. A jornalista e empresária Catarina Portas, que ganhou a concessão do quiosque no concurso público lançado pela CML em Agosto, assim como a do Príncipe Real e a do Jardim das Flores, disse que já tinha esta ideia há algum tempo. "Para a concretizar estudei aquilo que os quiosques tinham sido e como se poderiam adaptar aos dias de hoje", disse a empresária, referindo-se ao projecto que vai redinamizar os estabelecimentos e que tem o conceito de "quiosque de refrescos". "Este é o que está mais atrasado porque foi transferido da sua localização original (Jardim das Amoreiras) e ainda falta arranjar toda a rede de abastecimentos", explicou.
João Regal, sócio de Catarina Portas neste projecto, disse que o quiosque "estava muito envelhecido", e que só a recuperação dos equipamentos rondou os 60 mil euros. "Aproveitámos elementos do original, como a cúpula, mas a base teve de ser refeita", referindo-se ao quiosque de "produtos tipicamente lisboetas", que irá estar aberto ao público entre as 7h e a 1h.»

Só espero é que não haja esplanada, porque aquela praça devia estar limpa de tudo quanto seja elemento espúrio. Desconhecia que há 100 anos estivesse ali um quiosque. Se é para vender 'regalitos', tudo OK, mas se começa a vender laranjadas e pirolitos, depressa se tranformará em local de lixo. Muita atenção!

16 comentários:

Anónimo disse...

"Só espero que não haja esplanada" ?!!

se for daquelas de cadeiras de plático tudo bem...mas se for com bom gosto...e tendo em conta quem vai explorar, não temo qyue seja esplanada de feira...

Anónimo disse...

ainda bem que investem na revitalização de elementos tipicamente lisboetas

M Isabel G disse...

Também não sabia da existência de um quiosque.
Não creio que a praça tenha dimensão para esplanada. Não tem nada que ter plásticos brancos, azuis dos gelados ou vermelhos da coca cola.
E sim, temo o pior. A praça está sempre imunda. Bem sei que a culpa não é só da CML, as pessoas são porcas e deitam imenso lixo para o chão, mas uma esplanada só iria agravar a situação.
E já afora, aproveitavam e limpavam a estátua.

Anónimo disse...

Esta parece-me ser uma boa iniciativa. A ideia é recuperar as bebidas tradicionais Lisboetas que foram esquecidas como o capilé. Segundo sei, eles investigaram as receitas a partir de livros do início do séc. XX e reproduziram-nas mas com menos açúcar, para o gosto actual. O quiosque é igual a um dos vários que existiam no início do século e, segundo percebi, não haverá esplanada.

Paulo Ferrero disse...

Se não houver esplanada e se for só pagar e levar para beber longe, tudo OK. Caso contrário é o convite ao lixo. O tuga não se sabe comportar em esplanadas. Aquele largo não é para esplanadas. He, he, o capilé. Isso enjoa à brava. Se for o Mazagran, OK, he, he. Laranjina-C, Canada Dry, Pirolito, etc., era tudo muito bonito mas sortudos os que iam ali ao lado provar Coca-Cola, he, he. Vamos ver o que dá.

Anónimo disse...

Basta passar por lá e ver que a praça comporta uma belíssimo qiosque em ferro

Anónimo disse...

Não compreendo estes argumentos! Só espero que haja uma esplanada! Para além de haver falta delas em Lisboa, seria muito mais fácil recolher os restos das bebidas. Senão toda a gente se vai sentar aos pés da estátua e pelo chão, o que me parece bem mais propício a lixeira!

Anónimo disse...

Porque razão é que se assume que as esplanadas são sítios porcos, mas mantidos e feios?!

Há muitas esplanadas em Lisboa muito bem mantidas e bonitas, sejam em restaurantes e bares, seja em quiosques.

Não há tantas como deveria haver, mas que has há, há.

Anónimo disse...

Com tantas restrições ficaria tudo na mesma pois ninguém iria investir.

Não percebo o mal de vir a existir umas esplanada, até porque elas fazem falta em Lisboa, nem sem porque se assume que uma esplanada gera lixo no chão, há várias existentes por Lisboa, até em alguns miradouros, e não vejo qualquer sujidade, ou a Brasileira mesmo ali ao lado..

Anónimo disse...

O senhor Paulo Ferrero tem sempre que mandar o bitaite à velho do Restelo. O que é que a existência duma esplanada tem a ver com o lixo na rua! Que eu saiba as esplanadas e seu espaço envolvente também são limpas pelo concessionario. E estou farto de ver lixo no chão a quilómetros da esplanada mais proxima!

Depois vem com desejos de "conta-me como foi"! Esqueça, já estamos no séc. XXI, as marcas que refere já não existem. Viver no passado é próprio dos velhos.

A Marta tem toda a razão quando diz que o lixo se ia acumular nos degraus da estátua.

M Isabel G disse...

Caro Xico 205
e nunca nos ouviu falar de "antiques" :)

Paulo Ferrero disse...

Acho mal uma esplanada no Largo Camões assim como em frente ao São Carlos e ao Dona Maria. Há sítios adequados a esplanadas e outros não. É tudo.

Lesma Morta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lesma Morta disse...

Passei ontem por lá e reparei de facto no quiosque.É na realidade belissimo este exemplar agora vindo do Jardim das Amoreira. Algo de bom finalmente e com elegancia, a contrastar com os "domingos no Terreiro do Paço" com esplanadas de plastico e rolotes de churros.

Anónimo disse...

"...e rolotes de churros."

Se ainda fosse de charros =P ,)

noteusilênciomaisazul disse...

Pois ... já eu gostaria bem de ali ver uma elegante esplanada e acho que certamente ajudaria a que não houvesse lixo por ali perto.

Em Veneza, aquela praça linda ... sem esplanadas
perderia toda a graça, toda a leveza e mistério, perderia toda aquela vida, romantismo e elegância, - seria apenas mais um sítio morto, de um passado morto, hoje apenas atropelado entre corridas, clics instantâneos cheios de sorrisos de plástico, quase sem voz humana nem melodia de espécie alguma - e não um sítio mágico que é, onde a vida parece misteriosamente eterna, onde se sentem os infinitos ritmos e andamentos de um estar, como um espectáculo em que se é por momentos espectador e já nos seguintes, actor, espelho, figurante ... reflexão, riso, exaltação e suspiro ...

Quero "estar" em Lisboa, sim senhora e pertinho de um Camões cheio de vida, com certeza!