03/09/2010

Novo mapa das freguesias de Lisboa deve estar em discussão pública a partir de Outubro

In Público (3/9/2010)
Por Victor Ferreira

«António Costa já tem em mãos um estudo coordenado por Augusto Mateus e que terá "duas ou três propostas" de reorganização administrativa da capital

A reorganização administrativa da cidade de Lisboa deve entrar em discussão pública até Outubro, afirmou anteontem o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.

O autarca do PS está nesta altura a apresentar aos partidos um estudo que havia sido encomendado a um consórcio composto pelos Instituto de Ciências Sociais e Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). As recomendações desse estudo continuam, para já, em segredo, mas, ao que o PÚBLICO apurou, o documento prevê "duas ou três propostas" para uma nova arrumação das freguesias de Lisboa, que são 53 actualmente. Caso o autarca socialista consiga negociar uma solução com os outros partidos, este mapa será alterado através da fusão de algumas delas.

António Costa afirmou anteontem que pretende "um consenso municipal o mais alargado possível", e levantou a ponta do véu dizendo que um dos objectivos deste processo é "poder ter juntas com maior dimensão e massa crítica". Questionado ontem sobre o estudo que recebeu no fim de Julho, o gabinete de António Costa informou que o documento só será divulgado no final do mês, estando a ser apresentado aos partidos. O novo mapa será a questão mais sensível e que desperta mais interesse, mas o PÚBLICO sabe que esse estudo, coordenado por Augusto Mateus, antigo ministro do Governo de Guterres e docente ligado ao ISEG, não se limita a propor mapas alternativos. Faz também um diagnóstico à capital, tentando responder à pergunta como está Lisboa ao nível dos transportes, do urbanismo, da economia, do emprego. Fonte ligada ao processo referiu que o estudo inclui os resultados de três inquéritos distintos, levados a cabo junto de 1500 lisboetas, 1800 pessoas que vivem noutros concelhos mas entram na cidade todos os dias e a autarcas das freguesias (no anterior mandato).

Outro caminho seguido pela equipa coordenada por Augusto Mateus foi uma comparação de Lisboa com outras cidades "similares do ponto de vista cultural", como Barcelona, Madrid, Paris, Lyon, Marselha, Roma e Rio de Janeiro.

A reorganização da cidade foi um dos temas que Costa colocou no seu último programa eleitoral, como instrumento para alterar as "deficientes" condições da organização municipal de Lisboa, conforme reiterou na última quarta-feira, por ocasião de uma reunião de câmara descentralizada na Ameixoeira. com José António Cerejo e Lusa»

6 comentários:

Anónimo disse...

Lisboa é parecidíssima com Paris.

Cheira a Chanel por todo o lado, há centenas de bateaux-mouches e a o elevador de Santa Justa é um gémeo da Torre Eiffel.

O metro também é tal e qual.

E o Sena é tão, tão parecido com o Tejo que só um expert os distingue.


E Barcelona, Barcelona, então é umc cópia a papel químico.

A marina, as ramblas, as colinas, o castelo, a obra de Gaudi, não conheço nada mais parecido.

Anónimo disse...

POPULAÇÃO
=========

Madrid - 3.137 milhões

Roma - 2.474 milhões

Paris - 2.188 milhões

Barcelona - 1.653 milhões

Rio de Janeiro - 6.187 milhões


(Lisboa não figura na lista das 44 europeias mais populosas).

Anónimo disse...

POPULAÇÃO
=========

Madrid - 3.137 milhões

Roma - 2.474 milhões

Paris - 2.188 milhões

Barcelona - 1.653 milhões

Rio de Janeiro - 6.187 milhões


(Lisboa não figura na lista das 44 europeias mais populosas).

Anónimo disse...

Rio de Janeiro é na Europa?!!!!

Anónimo disse...

O Mateus deve achar que é. Na lista acima está em último lugar e fora da ordem decrescente exactamente por não o ser.

Luís Alexandre disse...

Mais um estudo, mais uns milhares de euros e mais do mesmo.
O que Lisboa não precisa é de 53 freguesias, mas as freguesias foram legitimamente criadas por diploma legal e os seus autarcas são eleitos pelo voto popular.
O que as cidades precisam é de uma definição clara do papel das CM's e das JF's e que estas últimas tenham meios financeiros próprios para não dependerem tanto das Câmaras
Não é com um estudo do AM que se vai reorganizar a coisa.