In Público (23/9/2010)
Por Inês Boaventura
«A Câmara de Lisboa quer alargar à Margem Sul o sistema park&ride, que por enquanto integra dez parques, com mais de cinco mil lugares
São pelo menos dez os parques de estacionamento de Lisboa em que será possível deixar o carro e seguir viagem nos autocarros da Carris ou no metropolitano utilizando um só bilhete. O preço da utilização do sistema park&ride, que deve entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2011, ainda não está definido, mas o vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa garante que será "suficientemente atractivo".
O protocolo com o objectivo de pôr em prática esta modalidade que integra estacionamento e utilização de transportes públicos foi assinado ontem, no último dia da Semana Europeia da Mobilidade. No documento está estipulado que o sistema vigorará durante um período experimental de seis meses, ficando a cargo da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa a avaliação do seu funcionamento.
Até ao início de 2011, será ainda necessário definir o preço dos títulos, que poderão ser adquiridos para meio-dia, um dia ou um mês. "Temos de encontrar um bom doseamento", salientou o vereador da Mobilidade, Nunes da Silva, adiantando que quem optar por este sistema beneficiará de uma tarifa "mais barata do que se utilizar separadamente as duas componentes do sistema".
Por enquanto, este projecto envolve, além da Carris e do Metropolitano de Lisboa, sete parques de estacionamento da EMEL e três da Empark (Colégio Militar, Sete Rios, Álvaro Pais, Biblioteca Nacional, Universidade, Campo Grande, Areeiro, Estação do Oriente, Docas e Alvalade XXI), com um total de 5058 lugares. Mas o vereador Fernando Nunes da Silva sublinha que o protocolo "não está fechado", decorrendo negociações para integrar os parques junto às estações fluviais da Transtejo/Soflusa e os parques do Estádio da Luz e do Centro Comercial Colombo.
Por seu lado, o vereador José Sá Fernandes fez um ponto de situação do projecto Lisboa Ciclável, no qual revelou que Lisboa tem neste momento 35,6 quilómetros de percursos para bicicletas, embora nenhum deles esteja "completo". Isto, explicou o autarca, porque há ainda que concluir lancis, colocar sinalização, ligar troços e construir pontes ciclopedonais nalguns sítios. "Mas já percebemos a rede e conseguimos andar", frisou.
"O ano de 2011 vai ser vital para isto", afirmou o vereador, lembrando que nessa altura estará já operacional o sistema de bicicletas de uso partilhado, que o Arco do Cego e o Bairro de São Miguel serão Zonas 30 (limite de velocidade) e haverá mais quilómetros de ciclovias. O autarca quer também construir balneários para os funcionários da autarquia da Praça do Município e do Campo Grande poderem tomar banho depois de andar de bicicleta, e "convencer os grandes empregadores da cidade" a fazerem o mesmo. No site Lisboa Ciclável (http://lisboaciclavel.cm-lisboa.pt), os munícipes têm desde ontem a possibilidade de ver num mapa onde se localizam as vias para bicicletas, onde é possível estacioná-las e que transportes públicos existem nas imediações.»
1 comentário:
A Camara de Lisboa quer estender os parques à Margem Sul para que as pessoas venham de metro!!! e na Carris.
Em que sitio da Margem Sul o metro de Lisboa opera que eu até conheço bem a margem sul e não estou a ver?!!
Na Carris tambem é muito util já que as apenas duas carreiras da Carris que vão à Margem Sul ficam-se pelo Centro Sul.
Mas não alargam a campanha à TST que até vai passar a ter carreiras da Charneca para o M. Pombal e do Fogueteiro para o Marquês, e às Fertagus, Transtejo e Soflusa!!! A Câmara de Lisboa sempre a marcar pontos... e depois não percebem porquê que as pessoas continuam a vir de carro!!!
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