02/03/2012
Desertificação agrava o envelhecimento
A maior concentração de idosos ocorre agora em freguesias como Alvalade e São João de Brito
A percentagem de habitantes de Lisboa com mais de 65 anos tem vindo a crescer nas últimas décadas, fruto do aumento da esperança média de vida mas também da desertificação que, como salientou o presidente da Câmara de Lisboa, se fez sentir neste concelho de forma mais significativa do que em qualquer outro do interior do país. Segundo números revelados pela autarquia, o peso dos idosos na capital cresceu de 18,8% em 1991 para 23,6% em 2001 e 24,1% em 2011, valor que contrasta com a média nacional de 19,1%.
António Costa destacou que, além deste aumento percentual, Lisboa tem assistido a um outro fenómeno: a "uma mudança da geografia etária da cidade". Isto porque, explicou o autarca, antes era no chamado "casco histórico" que a população idosa tinha mais peso, mas agora é em freguesias como Alvalade e São João de Brito que essa concentração ocorre.
Já a vereadora da Habitação e Desenvolvimento Social da Câmara de Lisboa notou que essa mudança se começou a sentir na década passada. "As freguesias ribeirinhas estão a rejuvenescer", frisou Helena Roseta, lembrando que no passado "a cidade periférica era mais jovem e a central mais envelhecida". Apesar disso, acrescentou a autarca, é ainda nas freguesias mais centrais que se encontram mais pessoas a receber o complemento solidário para idosos. I.B.
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2 comentários:
não são apenas as pessoas, são também as próprias freguesias a envelhecer, sem uma política de manutanção.
Desertificação em Lisboa não se nota de certeza, quanto muito há despovoamento.
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