05/09/2013

Câmara instala quiosque no meio de uma rua lateral à Praça do Município


In Público (5.9.2013)
Por José António Cerejo

«Quiosque impede agora o acesso de carros à Rua do Arsenal. Câmara não diz se consultou os serviços de tráfego sobre o corte da rua

O vereador José Sá Fernandes afirmou em Julho, em declarações à agência Lusa, que a sua ideia "é que não haja um sítio aonde vamos [em Lisboa] em que não haja um quiosque..." A imagem usada pelo responsável pelo espaço público da cidade parece estar em vias de concretização. Nos últimos dias, apareceu um quiosque verde, de grandes dimensões, mesmo em frente aos Paços do Concelho. Não num canto qualquer, mas no leito de um arruamento de cubos de granito, que ladeia a praça e que constitui o prolongamento natural da Rua do Comércio.[...] O quiosque que se encontra em fase final de montagem foi colocado logo a seguir ao acesso ao parque de estacionamento, no meio do empedrado, com uma base em betão e com ligações subterrâneas às infra-estruturas de serviço, nomeadamente de água e electricidade. Caso seja decidido, por uma qualquer razão, repor a circulação automóvel no local, será necessário deitar abaixo toda esta estrutura. A utilização da rua em situações de emergência fica igualmente impedida.

De acordo com o assessor de imprensa do vereador José Sá Fernandes, o novo equipamento vai dispor de uma esplanada com mesas e cadeiras, como muitos outros que têm vindo a ser instalados na cidade, e destina-se à venda de comidas e bebidas. A sua exploração será efectuada por uma empresa que ganhou o concurso lançado pela câmara para o efeito "há quatro ou cinco meses." Segundo a mesma fonte, o objectivo da autarquia consiste em "dinamizar a praça" e "atrair gente", uma vez que actualmente não existe ali nenhum estabelecimento do género.

O PÚBLICO quis saber se a Direcção Municipal de Mobilidade e Transportes foi solicitada a pronunciar-se sobre a localização daquele equipamento, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta do gabinete do vereador. Outras fontes camarárias garantem porém, sem se quererem identificar, que não foi pedido nenhum parecer àqueles serviços. A instalação do quiosque estava ontem à tarde a ser comentada no local por alguns transeuntes, que falavam da decisão como uma "loucura" [...]»

...

Agora até a Praça do Município tem quiosques, LOL . Ai que imensa palhaçada!

14 comentários:

Anónimo disse...

Eu acho uma ideia excelente. É das poucas praças da cidade que se pode considerar monumental, e não deve permanecer vazia e esquecida. O quiosque atrairá gente que a poderá admirar e desfrutar de um dos mais belos espaços públicos da cidade.

J A disse...

O quiosque aqui está só a mais.....

Anónimo disse...

Rídiculo. Nem em caso de emergência se pode passar ali. A CML está nas mãos de um bando de garotos.

E depois é ver o que os quiosques agora vendem: tabaco, bugigangas de fraquíssima qualidade, óculos escuros, adereços de clubes de futebol...

Anónimo disse...

queixam.se de tudo, as vezes nao há paciencia.


esta praça era inutil, vazia. finalmente vai ter um motivo de atração para ser usada pelas pessoas.

o local onde meteram nao podia ser melhor, justamente por estar ao canto nao tira a monumentalidade da praça... e aquela estrada nao é usada, sendo que até está bloqueada com vasos de flores, portanto ate deviam ficar contentes, já que com o quiosque sabemos que continuaremos a ter a praça sem carros como deve ser.

anonimo, quiosques a vender bugigangas?
nao deve viver na mesma cidade que eu.

Anónimo disse...

O anónimo das 11:45 não conhece os quiosques das praças e jardins do centro histórico de Lisboa. Eles apenas vendem refrescos e lanches.
E concordo com o anónimo das 12:08; o local para o quiosque é mesmo o mais adequado.

Anónimo disse...

Este quiosque vai dar muito jeito quando o nosso Glorioso for campeão. Irá proporcionar uma excelente vista periférica.

Pedro M. Fonseca disse...

Anónimo das 12:08, não é uma questão de queixar de tudo, mas de criticar com legitimidade.

A praça era vazia porque nada se passava lá nem continuará a passar. Não é totalmente má a colocação daquele equipamento, mas não parece ser adequado à Praça do Município. O problema está no que existe em volta desta praça: na frente da CML, do lado oposto, está uma saída do parque de estacionamento que tapa as saídas do edifício ao lado e impede que esse seja usado para disponibilizar os serviços que atrairiam pessoas para a praça. Lá por fora, no dito estrangeiro, não vejo esta brutalidade na construção de parques de estacionamento no centro da cidade, em locais emblemáticos, como se ver por cá.

Para mais, pode comparar como se faz em frente à Câmara de Paris: http://goo.gl/maps/EqdUv

Até está lá estacionamento subterrâneo, mas mal dá por ele (ladeado por grades em vez de muros). Aqui, parece que quer que se veja, pois até o enfeitam com gigantescas obras de arte de interesse duvidoso.

E repare que comparando com o nosso caso, não há qualquer pino a impedir que se subam passeios, que são de tamanho gigante. Já no nosso caso, no lado com radicalmente menos espaço e a dezenas de metros de um posto de polícia, tiveram que o limitar ainda mais com barreiras para impedir o estacionamento selvagem. Aqui: http://goo.gl/maps/rMs52

Quanto a quiosques a vender bugigangas, já disso foram aqui mesmo dadas provas, basta procurar no histórico.

Não se diz mal por dizer, antes há quem veja o bom que se podia fazer, em vez do assim-assim, com que tantos se contentam.

Pedro M. Fonseca disse...

Acrescento ainda outra imagem:

https://maps.google.pt/maps?q=cml&hl=pt-PT&ll=38.70824,-9.138788&spn=0.001756,0.002245&hq=cml&hnear=Lisboa&t=h&z=19&layer=c&cbll=38.708365,-9.138948&panoid=GIMoY4gZ0TExe8VXwCcoag&cbp=12,284.59,,0,2.48

Aqui, o acesso ao parque deixou apenas 1 metro de passeio e inutilizou a utilização do edifício que o acompanha, na parte virada para a rua. Sabia bem ter ali a tal esplanada/restaurante/loja, em frente à reabilitada igreja, não sabia? Mas agora já não dá.

Anónimo disse...

Concordo com a instalação. Criticam sempre tudo..se dão prioridade aos carros, é porque dão prioridade aos carros, se dão prioridade às pessoas, à dinamização de um espaço esquecido, etc, é porque fecharam uma rua. Ao menos sejam coerentes. A única coisa que me preocupa é o acesso em caso de emergência, quanto ao resto acho esta uma óptima ideia.

Miguel Carvalho disse...

O jornalista José António Cerejo vê um problema que não existe: o impedimento de acesso à Rua do Arsenal existia há anos. Só quem não passou nesta praça nos últimos anos é que poderia inventar esta patetice.

Mas concordo que o quiosque desvirtua a praça

Anónimo disse...

Basta haver mais umas obras na Baixa e pretender-se reabrir esse acesso (onde não vai há muito até havia paragens de autocarros, ah, pois havia, que apanhei-os lá muitas vezes junto a onde são agora os CTT) para se constatar como a CML tem visão.

Anónimo disse...

O que desvirtua a praça é o seu abandono. As praças são para o uso das pessoas, como ponto de encontro. O problema está no parque de estacionamento. A Baixa tem parques de estacionamento por todo o lado, incluindo em algumas das praças principais (Município, Restauradores, Figueira, Camões, Carmo). Todos falam na falta de estacionamento quando já há suficientes. O que querem dizer na realidade é "falta de estacionamento gratuito". Porque estacionamento há por todo o lado. Ninguém quer é pagar.

José Ramos disse...

Também não vejo problema com este quiosque. É uma praça bonita e umas cadeiras para se poder parar ali não me parece mal. Mas ainda não passei lá para ver melhor..

E o elevador do Município, sabem que existia?
Era do genero do de santa justa e levava pessoas da praça ao chiado. Grande perda para a zona.....praticamente no sítio desse novo quiosque

Anónimo disse...

Praça do Município tem de tudo,menos o presidente que está instalado no intendente! Digam lá de vossa justiça, estar no palácio da praça do município ou a pagar renda astronómica no prédio de um seu parente!!?!?