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Ao observar o Aqueduto das Águas Livres, concretamente a Arcaria do Vale de Alcântara, volto a sentir com imensidão a cidade solta nos cabelos.
Com 941 metros de comprimento e 65 metros de altura, os 35 arcos constituídos por 14 ogivais e 21 de volta perfeita são um marco importante da história de Lisboa. Ao contemplar este monumento, do magnânimo reinado de D. João V estendo um sorriso, e desta vez mais iluminado.
Depois de dois anos sem luz, por degradação do anterior dispendioso sistema de iluminação, a magnífica obra de engenharia hidráulica volta a envolver-se com a magia nocturna da capital. Com comparticipação da EPAL, entidade que gere o Aqueduto, a Divisão de Iluminação Pública da CML remodelou os projectores no passado 8 de Novembro, colocados hoje no cimo dos seus pilares. Com a projecção equacionada em linhas de luz, de cima para baixo, os detalhes arquitectónicos estão agora mais realçados. Com uma nova concepção, mais eficiente e económica, o sistema baseia-se em lâmpadas de baixo consumo e de grande durabilidade, poupando muita energia, com uma redução de custos na ordem dos 90%.
Com probabilidade de algum príncipe desta cidade me imaginar de braço dado ao Velho do Restelo, imagem que reconheço sempre com um orgulho justo, não fosse esta coluna também sobre bom senso, hoje a nota é radiosamente positiva.
É que mesmo tropeçando na passividade de não querer ter mais e melhor, estamos sempre a tempo de alcançar a excelência, e numa outra mensagem, amar o património à noite vale sempre a pena, só é preciso que a luz não seja pequena.
coluna de opinião publicada a 19 de Novembro no jornal Meia Hora.
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