29/11/2007

Cinema Quarteto poderá reabrir em Dezembro após nova vistoria da IGAC

In Público (29/11/2007)

«O cinema Quarteto, em Lisboa, deverá poder reabrir a partir de mea-
dos de Dezembro, após obras exigidas pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), disse ontem o seu responsável, Carlos Pagará.
Em declarações à Lusa, Carlos Pagará, da Associação Cine-Cultural da Amadora afirmou que as obras exigidas pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), que encerrou o Quarteto no dia 16 por falta de condições de segurança, estão "a fazer-se, mas ainda não vão estar prontas até ao fim do mês", o prazo inicialmente apontado pelos responsáveis pelo cinema.
Carlos Pagará disse que as obras, no valor de "cerca de 30 mil euros", visam "tirar os materiais de revestimento das paredes e do chão, colocar novos materiais, instalar um sistema de detecção de incêndios e completar a iluminação de emergência" e deverão estar concluídas "a meio do mês que vem".
Concluídas as obras, os responsáveis do Quarteto vão pedir "de imediato" uma nova vistoria da IGAC, esperando abrir "logo a seguir, ainda este ano". "A IGAC disse que seriam rápidos, mas não sabemos se serão ou se estão a atirar-nos areia para os olhos", afirmou Carlos Pagará.
Em declarações anteriores à Lusa quando o cinema foi encerrado, Carlos Pagará afirmou duvidar que a inspecção autorizasse a reabertura, acusando a IGAC de "má-fé" e alegando que a falta de acessos para deficientes também apontada na vistoria é comum "em muitos outros cinemas" que não são encerrados.
Entretanto, o Quarteto acumula prejuízo "diariamente" com despesas de manutenção e pessoal, afirmou. Instalado numa rua paralela à Avenida dos Estados Unidos da América, o cinema foi criado há 32 ano e explorado pela empresa Castello-Lopes até 2006.
A vistoria da Inspecção-Geral das Actividades Culturais apontou falta de condições de segurança, sobretudo de prevenção de incêndios, reposteiros de material altamente inflamável a tapar caminhos de evacuação e revestimentos de paredes e tectos em material também muito inflamável. Lusa»

Uma boa notícia, a confirmar-se. De qualquer modo, mais valia ao MC que estivesse antes atento ao continuado abuso de posição dominante que se verifica no mercado de distribuição e exibição, condicionando vergonhosamente os filmes que o público vê, com repercussões claras a nível das salas de cinema. Tema vasto, portanto.

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