02/04/2008

Documentário Metro Quadrado



No próximo domingo, dia 6 de Abril às 13.30h, vai ser emitido no CANAL 2 a repetição do documentário Metro Quadrado, sobre os espaços verdes na cidade de Lisboa, com especial relevância para a questão das hortas urbanas. Também será abordada a proposta para a salvaguarda da Encosta da Penha de França, já anteriormente discutida aqui no Forum.

Lisboa é hoje uma cidade cosmopolita, Europeia. São cada vez menos os espaços onde terra e homem respiram. Porém, se olharmos com atenção ainda encontramos autênticos espaços agrícolas no meio de tanto e tão confuso urbanismo. Falamos de pequenas hortas que, coladas umas às outras, formam (ainda) grandes espaços cultivados de couves, cebolas, abóboras, tomates, árvores de fruto, batatas e tudo o que era tradição cultivar-se na tradicional paisagem rural portuguesa.O documentário parte à descoberta destes espaços agrícolas espalhados um pouco por toda a cidade de Lisboa e descobre homens e mulheres que, apesar de terem chegado há mais de 30 anos à capital, se recusam a perder as suas origens campestres. Encontramos “agricultores” urbanos que continuam a ter um horário e um calendário típicos do mundo rural: estão a trabalhar na terra logo ao nascer do sol, descansam nas horas de maior calor e voltam a ocupar-se das suas hortas quando a tarde começa a cair.Por que cultivam eles? Por necessidade? Para colmatar um rendimento que é sempre muito curto? Para matar saudades da terra que deixaram na província há muitos e muitos anos? Que futuro terão estes espaços agrícolas numa cidade cada vez mais em construção? Falámos com os “trabalhadores agrícolas”, arquitectos que pensam a cidade em busca de várias respostas para uma mesma pergunta: que futuro para estas hortas livres e “selvagens” numa cidade onde o preço do metro quadrado não pára de subir.


Autoria: Rui Veiga, Produção: D&D e Realização: Rui Veiga


Nuno Almeida

23 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Hortas? Mas estamos a falar da cidade ou do campo? Ou da lisboa miserável e provinciana dos anos 50? Como é possível que se defenda esse estilo de vida?

Anónimo disse...

Fiquei também chocado quando li a palavra "horta".

Lisboa trata-se de um espaço urbano que se caracteriza precisamente pela não existência de actividade agrícola. Portanto, as tais "hortinhas" não deveriam fazer parte da sua paisagem nem constituir qualquer importância para a cidade.

Vasco Trappola

Anónimo disse...

Caros Filipe e VAsco

Se já estiverem recuperados do choque, gostaria que disessem se conhecem esta zona de que fala o post?

Já agora, se falarem com mais pessoas para além do meio habitual, chegariam à conclusão que tais "hortinhas" fazem parte do universo de muita gente. Aliás basta ver junto às principais estradas junto a LX essa realidade (que aliás até já foi tratada em reportagens na TV). Curiosamente ontem, na conversa com um taxista amigo, ele próprio referiu que tinha o desejo de ter uma "hortazita", desejo que ia concretizar em breve com a aquisição de uma casa com quintal.

Já agora, já repararam que há muitos logradouros/quintais que têm esse uso.

Podemos sempre argumentar que como não usam ...não serve, mas esse argumento é o mesmo que dizer que (dado que a maioria dos portugueses não anda de avião) que não deve haver aeroportos

João Silva Marques

Anónimo disse...

correcção; "Podemos sempre argumentar que como VOCÊS não usam ...não serve"

Filipe Melo Sousa disse...

Pois, um taxista. Assim careca, com bigode, barriga, e a mulher dele também.

Lisboa deprimente

Anónimo disse...

Caro Filipe,

Tem piada...apresentei argumentos que atestam a pertinência do tema, e vem você com advinhações e juízos de valor sobre os taxistas e suas mulheres...isso parece freudiano, mas nada argumentativo (talvez fosse o objectivo)

Como nada respondeu sobre os temas que falei. presumo que nada tenha apontar, o que atesta a pertinência do post.

Já agora, os taxistas, os bigodes, as barrigas, etc são parte da realidade do país e da cidade, não vejo o deprimente a não ser que pense em qualquer iniciativa inspirado no regime do Tio Adolfo, ou dos filmes da Leni Riefenstahl.

Deprimente é a merda de cão e de outros, prédios a cair, corrupção, droga e insegurança, poluição

Filipe Melo Sousa disse...

deprimente mesmo. ainda mais que note-se, o que se defende aqui é que se subsidie a lisboa deprimente com o meu dinheiro

Anónimo disse...

sim este filipinho é um grande admirador do tio adolfo, puto de 30 anos que pensa que a vida não lhe vai trazer surpresas, uma barriga, um cancro, um prédio que lhe caia na cabeça, um hospital que lhe vai fechar as portas na tromba. continua com a tua arrogância que nem sabes o que te espera. há um dia de contas para todos e o teu vai ser muito chato puto de merda.

Filipe Melo Sousa disse...

Gosto mais quando vocês demonstram a verdadeira face.

Anónimo disse...

Filipe,

Mas qual é problema se eu tiver um terreno e usá-lo para uma horta? Porque é deprimente?
Quem falou em subsídios?

Filipe Melo Sousa disse...

O post é claro:
1) as hortas são desejáveis (vã-se la saber porquê)
2) nas condições actuais não vao sobreviver
3) tem de se fazer algo (gastar dinheiro dos outros) para que permaneçam

daniel costa-lourenço disse...

Loures
pretende integrar transformar a várzea em parque urbano da cidade feito de hortas e de acesso livre por parte das zonas urbanas da cidade de loures e de santo antónio dos cavaleiros.

É um exemplo saudável e uma forma de manutenção de espaços verdes a baixo custo e uma forma de manter espaços de produção alimentar perto dos pontos de consumo, logo, diminuindo os custos de transporte.

Os efeitos pedagógicos também não são de menosprezar.

Quem classifica isto de "campónio" só pode ser mesmo algo parecido, mas no mau sentido...

daniel costa-lourenço disse...

Já agora chamava atenção para as novas regras de conduta deste blogue.

Anónimo disse...

Sempre defendi que uma das formas de Portugal evoluir seria possibilitar às pessoas viajarem pelos restantes paises da Europa. Por exemplo uma visita a Paris seria muito elucidativa e formativa para os criticos da ideia veiculada no actual Post, mas infelizmente a maioria das pessoas não tem possibilidades materiais para o fazer, no que resulta toda esta limitação de ideias. A nível geral o resultado é sempre o mesmo, ou seja, andarmos "atrás" dos paises europeus mais evoluidos, aderindo ao que fazem somente passado alguns anos. Não tenho dúvidas que as hortas urbanas serão uma realidade dentro de poucos anos, tal como já são em Paris, Geneve ou Zurique.

Filipe Melo Sousa disse...

nunca vi tal coisa como taxistas a plantar couves em paris. e se tivesse visto, diria que era algo mau afinal que paris tinha

Anónimo disse...

"Pois, um taxista. Assim careca, com bigode, barriga, e a mulher dele também.Lisboa deprimente"
Filipe os teus comentários revelam a falta de educação que te foi dada em casa, bem como o género de pessoas com que te dás.Revelam ainda uma falta de visão e de humildade intelectual, por isso e descendo ao teu nível só te posso qualificar de uma forma - BESTA...
Espero que não geres descendência para não poluires a nossa cidade da mesma forma que poluis este blog com os teus peidos pseudo-intelectuais....Ah e já agora cita isto no teu blog sff.

Anónimo disse...

A Horta Urbana na encosta da Calçada do Monte, na Graça, no terreno onde a EPUL quer construir um Silo, já é uma realidade. E as pessoas que a dinamizam não têm nada a ver com a imagem que alguns propagam. Pelo contrário são jovens moradores da zona, formados, informados e disponíveis.

Filipe Melo Sousa disse...

Eu bem sei que o argumento da "educação" é uma desculpa para dar um rótulo a quem não concorda com uma determinada ideia, mas seja qual for o critério de "educação" do sr anonimo, a tirada que se seguiu demonstra a falta do valor que o próprio invoca.

PS - diz que há por aí uma política de etiqueta para esta caixa de comentários. Mas obviamente só é aplicada quando são ofendidos os intocáveis do costume.

Anónimo disse...

"mas seja qual for o critério de "educação" do sr anonimo, a tirada que se seguiu demonstra a falta do valor que o próprio invoca."
Caro Filipe passo a citar o meu próprio comentário "...descendo ao teu nível...".Será que és mais fino que os taxistas, carecas e barrigudos que de forma tão educada catalogaste? Tens sangue azul? Acho que a única coisa azul em ti deve ser o teu cérebro que estará concerteza congelado...

Filipe Melo Sousa disse...

com que então fazer juízos de valor estéticos é falta de "educação"

Anónimo disse...

"com que então fazer juízos de valor estéticos é falta de educação"
A forma como o juízo de valor é verbalizado é que constitui falta de educação, não o juízo de valor em si mesmo...Ao teu chefe no trabalho não me parece que o apelides de barrigudo mesmo que ele o seja e tu o penses....

Filipe Melo Sousa disse...

já dei por mim a dizer-lhe que o meu objectivo era ganhar o máximo de ordenado, despendendo o mínimo de esforço para tal

Anónimo disse...

PORRA!!! Acabem lá com isso.
Já parecem os nossos políticos desprovidos de conteúdo e que só sabem falar mal uns dos outros.
Cada um tem o seu ponto de vista e à que respeitar mesmo que não o compreendam ou aceitem.