22/04/2008

Praça de Goa, Restelo

Ora aqui está um exemplo em que a recuperação foi de facto uma recuperação e não uma remodelação.


Nas fotografias está o jardim da Praça de Goa recentemente intervencionado pela autarquia. Neste espaço, que estava há tempo demais num estado vergonhoso e ao abandono, foi instalada rega automática, recuperado o pavimento e os rebordos dos canteiros e reposto o coberto vegetal. Pena é que não se tenha aproveitado para plantar novas arvores que possam substituir as existentes quando estas atingirem o final do seu ciclo de vida e que todo o jardim tenha sido revestido a relva, não deixando espaço para um único canteiro com flores (as únicas plantações são os arbustos da primeira fotografia).


Fonte: Arquivo municipal

Apesar de estar bastante menos elaborado do que estava nesta fotografia de 1960, a sua estrutura manteve-se inalterada e a população ganhou um espaço muito agradável para passar os seus momentos de lazer.

3 comentários:

Anónimo disse...

e era assim que deveria ser sempre.É para isso que os elegemos e que lhes pagamos.

Arq. Luís Marques da silva disse...

Face ao exposto Dr. Sá Fernandes, só tenho que lhe dar os parabéns pela obra em causa; reconhecer o mérito, quando o há, é uma virtude de que não prescindo.
Já agora, gostaria de ver uma recuperação nos mesmos moldes no jardim Cesário Verde, esperando que ali não se intervenha numa óptica de "modernismo parolo".

Anónimo disse...

Do mal o menos, mas não me parece que a relva resolva as coisas e que de repente haja um ataque de relvite, uma câmara com ecologia minimalista que revolva a cidade inteira.
A relva já é feia e melancólica nos estádios, único espaço verde que os portugueses consentem frequentar sentados no sofá a ver um jogo. E custa um dinheirão manter no nosso clima.

Os canteiros de flores no estado actual de barbárie serviriam de cinzeiros.Além de em breve serem todas arrancadas por cães ou pelos seus secretários de trela.

A relva fica bem em boliqueime, ao lado da piscina, mas se calhar em Lisboa-a-fossa não era preciso ser tão neo algarvio.

Lopo K.