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02/12/2020

Esta cidade não é para velhos

Passeios na Rua de S. João da Mata (Freguesia da Estrela)

Como morador em Lisboa verifico que muitas das obras de renovação em prédios antigos nos bairros típicos, não têm tido em conta os arranjos exteriores, nomeadamente os passeios, elementos fundamentais para quem aí vive, na sua grande maioria gente idosa, com dificuldades de locomoção.

As imagens aqui reproduzidas referem-se a dois pédios em frente um do outro na Rua de São João da Mata, recentemente reconstruídos, e cujos passeios foram de tal forma remodelados que se tornaram intransponíveis para pessoas idosas.

A Câmara Municipal de Lisboa, para além de fiscalizar as obras licenciadas, deveria também verifiar os arranjos exteriores, tendo em atenção os passeios, colocando corrimões que permitam aligeirar o penoso e perigoso que é para as pessoas de idade vencer os obstáculos que têm pela frente.


João Pinto Soares

11/11/2016

Esplanada à maneira, plano para rir:


Olha que lindinho, na Rua Martens Ferrão, esplanada certamente legal, crivada pelo plano de acessibilidade pedonal e com wi-fi tb :-)

27/10/2016

Descobertas arqueológicas IMPORTANTES nas obras do funicular da Graça e do elevador da Sé - Pedido de esclarecimentos à CML


Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado


C.C. PCML, DGPC, AML e media

Tivemos conhecimento que foram efectuadas descobertas arqueológicas recentemente bastante importantes, pela equipa da ERA-Arqueologia, Lda., nas obras em execução para a construção do funicular na encosta do Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen (Igreja da Graça) e do elevador defronte à Sé de Lisboa, ambas inseridas no Plano de Acessibilidade Suave e Assistida à Colina do Castelo, o que, dada a importância da descoberta na Graça, terá levado já à emissão de parecer negativo pelos técnicos, para a prossecução da obra na encosta da Graça.

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre quais as intenções da Câmara Municipal de Lisboa relativamente àquelas obras em curso, dada a importância das descobertas arqueológicas recentes.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Jorge Santos Silva, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Maria Amador, Maria de Morais, Gonçalo Cornélio da Silva, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, António Araújo, Fátima Castanheira, Filipe Lopes e Miguel Jorge


Lisboa, 14 de Outubro de 2016

...

Resposta do Sr. Vereador Manuel Salgado, a 24 de Out.:

...

Resposta da DGPC:

«Exmos Srs.

Relativamente às questões levantadas vimos informar o seguinte:

«No decurso do normal procedimento de licenciamento junto da tutela do património cultural dos projetos inseridos no Plano de Acessibilidade Suave e Assistida à Colina do Castelo, promovidos pela Câmara Municipal de Lisboa, foram estabelecidas por esta Direção-Geral as correspondentes condicionantes arqueológicas.

No desenvolvimento das intervenções arqueológicas levadas a cabo no âmbito dos referidos projetos foram identificados vestígios patrimoniais cuja presença já era previsível, de acordo com a bibliografia especializada.

Assim, no âmbito das ações quotidianas de acompanhamento e fiscalização das intervenções arqueológicas, levada a cabo pela DGPC, nos trabalhos de diagnóstico relacionados com o projeto do funicular destinado a ligar a Mouraria (Rua dos Lagares) à Graça (Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen - Igreja da Graça), tomámos conhecimento da identificação do troço da Muralha Fernandina, ao qual está adoçado um expressivo alambor, cuja existência é inédita na cidade de Lisboa.

Perante a realidade identificada, acrescendo o facto de se tratar de um vestígio pertencente a um imóvel classificado como Monumento Nacional, encontra-se esta Direção-Geral a articular com a Câmara Municipal de Lisboa a salvaguarda do património arqueológico em presença face à acessibilidade projetada.

No que concerne aos trabalhos de diagnóstico em curso na Rua das Cruzes da Sé, igualmente enquadrados no âmbito de um projeto inserido no referido plano de acessibilidades, estão a ser identificados realidades arqueológicas relacionadas com a diacronia de ocupação da cidade antiga, em concreto, e nesta fase inicial da intervenção, os vestígios da necrópole da Sé patriarcal.»

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Correia Martins

Assessoria Imprensa
Direção-Geral do Património Cultural / DGPC»

27/09/2016

Descobertas arqueológicas IMPORTANTES nas obras do funicular da Graça e do elevador da Sé - Pedido de esclarecimentos à CML


Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado


C.C. PCML, DGPC, AML e media

Tivemos conhecimento que foram efectuadas descobertas arqueológicas recentemente bastante importantes, pela equipa da ERA-Arqueologia, Lda., nas obras em execução para a construção do funicular na encosta do Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen (Igreja da Graça) e do elevador defronte à Sé de Lisboa, ambas inseridas no Plano de Acessibilidade Suave e Assistida à Colina do Castelo, o que, dada a importância da descoberta na Graça, terá levado já à emissão de parecer negativo pelos técnicos, para a prossecução da obra na encosta da Graça.

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre quais as intenções da Câmara Municipal de Lisboa relativamente àquelas obras em curso, dada a importância das descobertas arqueológicas recentes.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Jorge Santos Silva, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Maria Amador, Maria de Morais, Gonçalo Cornélio da Silva, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, António Araújo, Fátima Castanheira, Filipe Lopes e Miguel Jorge


Lisboa, 14 de Outubro de 2016

...

Resposta do Sr. Vereador Manuel Salgado, a 24 de Out.:

...

Resposta da DGPC:

«Exmos Srs.

Relativamente às questões levantadas vimos informar o seguinte:

«No decurso do normal procedimento de licenciamento junto da tutela do património cultural dos projetos inseridos no Plano de Acessibilidade Suave e Assistida à Colina do Castelo, promovidos pela Câmara Municipal de Lisboa, foram estabelecidas por esta Direção-Geral as correspondentes condicionantes arqueológicas.

No desenvolvimento das intervenções arqueológicas levadas a cabo no âmbito dos referidos projetos foram identificados vestígios patrimoniais cuja presença já era previsível, de acordo com a bibliografia especializada.

Assim, no âmbito das ações quotidianas de acompanhamento e fiscalização das intervenções arqueológicas, levada a cabo pela DGPC, nos trabalhos de diagnóstico relacionados com o projeto do funicular destinado a ligar a Mouraria (Rua dos Lagares) à Graça (Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen - Igreja da Graça), tomámos conhecimento da identificação do troço da Muralha Fernandina, ao qual está adoçado um expressivo alambor, cuja existência é inédita na cidade de Lisboa.

Perante a realidade identificada, acrescendo o facto de se tratar de um vestígio pertencente a um imóvel classificado como Monumento Nacional, encontra-se esta Direção-Geral a articular com a Câmara Municipal de Lisboa a salvaguarda do património arqueológico em presença face à acessibilidade projetada.

No que concerne aos trabalhos de diagnóstico em curso na Rua das Cruzes da Sé, igualmente enquadrados no âmbito de um projeto inserido no referido plano de acessibilidades, estão a ser identificados realidades arqueológicas relacionadas com a diacronia de ocupação da cidade antiga, em concreto, e nesta fase inicial da intervenção, os vestígios da necrópole da Sé patriarcal.»

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Correia Martins

Assessoria Imprensa
Direção-Geral do Património Cultural / DGPC»

15/09/2016

E lá vai furando até à Sé...


Não bastava ao elevador que vai ligar as traseiras do Campo das Cebolas à Sé NÃO ser preciso (o percurso faz-se perfeitamente bem a pé) e a caixa de elevador à superfície violar claramente a ZEP de um MN chamado Sé de Lisboa, para agora ainda serem abatidas 1-2 das árvores que lá estão?! Mas que é isto?


Fotos: Inês Beleza Barreiros

23/04/2016

Que porcaria é esta? Andam a estragar Lisboa, é?


(foto: do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, da CML - da intervenção a decorrer na Rua Alexandre Herculano)

...

Intervenção desastrosa, oportunidade perdida de se alargarem os passeios e encurtarem os ângulos de curva, sim, mas mantendo a calçada numa rua, aliás, onde a calçada nem sequer estava mal. Isto tudo é porque no cruzamento com a Rua Castilho funciona a própria secção da CML responsável por isto? - que mais não é do que isso, uma secção, que anda a impor passeios a quem os não quer, ou dizem que isto foi votado nas eleições?

26/01/2015

De funicular ou de escadas rolantes, chegar ao Castelo vai ser mais fácil


In Público (24.12.2015)
Por Inês Boaventura


«A Câmara de Lisboa quer avançar com a criação de três novos percursos pedonais.

Com um funicular, umas escadas rolantes e um elevador, a Câmara de Lisboa quer oferecer melhores acessibilidades a quem reside na Colina do Castelo, mas também facilitar a vida aos turistas que procuram chegar àquele que é um dos monumentos mais visitados do país. Os estudos para a instalação destes meios mecânicos estão concluídos e o vereador do Urbanismo acredita que as obras poderão arrancar entre o fim deste ano e o início do próximo.

Em causa está a criação de três “percursos pedonais assistidos”, todos eles “com recurso à instalação de meios mecânicos de mobilidade suave assistida”. Na proposta que vai ser discutida na reunião camarária da próxima semana explica-se que estas propostas integram o Plano de Acessibilidade Suave e Assistida à Colina do Castelo, desenvolvido em 2009, e visam “atenuar as barreiras impostas pela topografia do terreno e pelas características do tecido urbano desta área histórica”.

Em declarações ao PÚBLICO, o vereador do Urbanismo manifestou a expectativa de que pelo menos duas destas obras possam ter início ainda este ano, arrancando uma terceira no início de 2016. De acordo com Manuel Salgado, cada uma destas empreitadas deverá levar qualquer coisa como “um ano, um ano e pouco” a estar concluída, estando previsto que a sua gestão seja depois assumida pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa.

“Procurámos soluções que tivessem um menor impacto e se adaptassem a cada uma das situações. Em vez de fazermos grandes estruturas que teriam grande visibilidade, optámos por pequenas intervenções, quase cirúrgicas”, explica o arquitecto.

O primeiro dos percursos cujo estudo a maioria pretende agora aprovar visa ligar o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andersen (miradouro da Graça) à “Alta Mouraria”, através de um funicular. Locais que, constata-se em documentação de suporte à proposta, “apesar da sua proximidade geográfica permanecem separados por inúmeros obstáculos (...), que constituem factores dissuasores da circulação pedonal e do seu pleno usufruto”.

[...] Manuel Salgado não tem dúvidas da importância destes investimentos, como forma de “garantir melhores acessibilidades aos residentes na colina do Castelo e permitir que facilmente cheguem aos transportes públicos, que estão lá em baixo”, contribuindo assim para que tenham “melhor qualidade de vida”. Também os visitantes, diz, serão beneficiados, na medida em que os novos meios mecânicos irão “facilitar” o acesso ao Castelo de São Jorge e “reduzir a necessidade de os autocarros de turistas chegarem lá acima”.»

...

Tudo Ok. Receio com o funicular para o miradouro da Graça... o que fica à vista?

23/03/2014

Reporte de avaria de rampa elétrica de viatura afeta ao serviço regular da Carris


Chegado por e-mail:

«1. À CARRIS:
Apresento a minha 17.ª reclamação deste ano (ver pdf anexo), relativa à avaria da rampa elétrica de acesso para cadeiras de rodas da viatura 1776, afeta à carreira 794 – “Terreiro do Paço – Gare do Oriente”, facto ocorrido cerca das 20h50 de hoje, dia 21, na paragem situada no Campo das Cebolas/Rua dos Arameiros. Como habitualmente, era por demais evidente, no funcionamento deficiente da rampa elétrica, a falta de manutenção da mesma, pelo que não encaixou, não me permitindo entrar no interior.


2. À CML E À CARRIS:

Para cúmulo do sucedido, hoje foi um dia de pluviosidade intensa. Não havendo qualquer abrigo para os passageiros das carreiras 711 e 794 no Campo das Cebolas / Rua dos Arameiros, apesar das minhas insistências.
Assim, nem a CML solicita à concessionária de colocação de abrigos que seja colocado um naquele local, nem a Carris altera a localização daquela paragem terminal para outro local onde já haja abrigos instalados.
Entretanto, dezenas de Munícipes por dia, dezenas de Clientes da CARRIS por dia terão de aguardar o transporte público nas condições atmosféricas que lhes estiverem reservadas, sem qualquer forma de proteção.
Enquanto o novo interface daquela zona não se tornar uma realidade, hão de passar mais um (?), dois (?), cinco (?) períodos invernosos, durante os quais - volto a frisar – Munícipes de Lisboa e Clientes da CARRIS, em número certamente não despiciendo, terão de aguardar o seu transporte público, sujeitos às condições atmosféricas mais ou menos adversas. Entrementes, as duas instituições permanecerão, certamente, convictas do mais excelente e inegualável serviço público prestado.

Boa noite e obrigado!


Cumprimentos,
João Miguel Simões»

15/03/2014

À espera da calçada portuguesa


In Público Online (11.3.2014)
Por Diogo Santos Cordeiro

«A calçada é perigosa? Perigoso e assustador é a fraca autonomia que a autarquia demonstra nas suas políticas. Ou sinceramente utilizando-a apenas para o que lhe convém

Pensei, sinceramente, ser o momento da política autárquica. Havia esperança na autarquia. Queria eu, claro. A autarquia aproveita-se da situação actual para concretizar políticas à sua própria conveniência. Está na hora de os portugueses acordarem e defenderem a modéstia. Exigir mais dos nossos presidentes de câmara, presidentes de junta. São eles que conseguem actuar rapidamente e fazer sentir os resultados na sua política semanas depois.

A política legislativa é assustadoramente tardia e irreversivelmente demorada. Os seus efeitos, às vezes, só os sentimos décadas depois. A autonomia da autarquia é menosprezada. E a culpa também é nossa. Que a desprezamos. Que nem sequer exercemos o nosso direito, o direito de elegermos quem achamos representar melhor o cargo de presidente no nosso concelho. Uma pena.

"AML aprova retirada da calçada portuguesa até 2017". Entre os anos de 1950 a 1960, a Câmara Municipal de Lisboa convidava artistas plásticos como Abel Manta, Clara Smith e Maria Keil para desenharem motivos para a nossa calçada. É arte!

A força e a sua arte é tão enraizada que os os trabalhadores especializados na colocação deste tipo de pavimento são denominados mestres calceteiros. Os mestres calceteiros têm uma técnica, uma arte. Tanto que em 1986 foi criada uma escola para calceteiros.

Não entendo o gosto português para desprezar o que é nosso, tão nosso. Unicamente nosso. Portugal ajoelha-se ao estrangeiro. Ó "Lisboa não sejas francesa!" já dizia a rainha do fado.

É bom internacionalizarmos-nos. É bom, mas nunca perdendo a nossa raiz, a nossa cultura. Podíamos ser tudo, mas só seremos especiais, sendo quem somos, orgulhando-nos de nós. Havemos sempre de ser uma fotocópia rasca de alguma cidade europeia se as continuarmos a imitar. Eu também gostava de cozinhar como a minha avó. Ela já me deu a receita, os ingredientes, mas a mão dela será sempre a mão dela. Nós não somos franceses ou ingleses, nós somos portugueses e Lisboa é nossa, inteiramente portuguesa.

Enfim, sou totalmente contra a retirada da calçada. A calçada portuguesa é uma marca lisboeta. Nacional e admiravelmente histórica. A calçada é brutalmente fotografada, admirada e invejada. É uma das atracções turísticas em Lisboa e os turistas perdem horas a olhar para ela. Já experenciei isso. Eu próprio já perdi tempo a olhar para ela. Muito tempo. Ela não diz nada, mas fala connosco. É portuguesa, e basta. Desde do projectista, ao desenhista e ao mestre calceteiro, todos merecem um bem-haja. Todos!

A calçada é perigosa? Perigoso e assustador é a fraca autonomia que a autarquia demonstra nas suas políticas. Ou sinceramente utilizando-a apenas para o que lhe convém. A calçada não é perigosa. Se a mulher portuguesa não pode andar de saltos altos na capital, passeie-se de ténis. Troque, se quiser, à porta do escritório, no local da entrevista de emprego, do bar, da discoteca. Vamos sujeitar a nossa arte, um dos símbolos nacionais aos caprichos momentâneos?

A política autárquica é uma desilusão, ficou aquém das minhas expectativas. Um presidente da câmara pode, certamente, lutar por si, pela sua cidade, pelo seu município. Tem poder suficiente. Uma política autárquica é sinónimo de desenvolvimento e de progresso.

Se os portugueses pusessem os olhos nisto, talvez as coisas pudessem mudar um bocadinho. Se nós nos preocupássemos mais com a nossa rua, com a nossa freguesia, talvez pudéssemos actuar mais rápido, eficazmente.

Vou esperar sentado. Vou morrer à espera com o rabo quadrado.»

08/03/2014

Câmara de Lisboa justifica remoção de calçada por causa do “tsunami demográfico que aí vem”


In Público Online (8.3.2014)
Por Alexandra Guerreiro

«Um dos arquitectos da CML explicou a estratégia prevista durante um debate sobre "O fado da calçada portuguesa".

Pedro Homem de Gouveia, coordenador do Plano de Acessibilidade Pedonal da Câmara de Lisboa (CML), afirmou que “a cidade não está preparada para o tsunami demográfico que está a acontecer” – o envelhecimento da população. O arquitecto da CML garantiu na quinta-feira na conferência "O fado da calçada portuguesa" que não se acabará com o histórico chão. Porém, os pró-calçada não ficaram convencidos.

O debate promovido pelo CDS-PP começou com Pedro Homem Gouveia a explicar o Plano de Acessibilidade previsto para os próximos quatro anos. “O Plano é uma estratégia”, sublinha o coordenador. Uma estratégia que partiu do princípio de que Lisboa não parece uma capital europeia. “Estacionamentos selvagens”, passeios desmontados, ruas apertadas sem espaços para os peões. “Uma cidade para quem?” Por isso, diz, pretendem requalificá-la para os idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Concluíram que a calçada portuguesa provoca quedas, uma manutenção cara à câmara e um trabalho que deveria ser feito por profissionais especializados que não existem. “Temos quatro calceteiros totalmente qualificados no país”, adianta Pedro Homem Gouveia. Este arquitecto da CML propõe “combater a calçada sem qualidade” e a começar a implementar um pavimento acessível. E garante: “Não vamos terminar com a calçada, nem arrancá-la”.

Contrapondo-o, Luís Marques da Silva, membro do Fórum Cidadania Lisboa (FCL), disse que “aos bocadinhos ou de uma só vez, vão acabar com a calçada”. O membro do FCL contou que já teve acidentes em pisos que não eram de pequenas pedras de calcário. Luís Marques da Silva argumenta que o problema não é a calçada, mas sim a falta de manutenção e fiscalização. “Não existe uma entidade competente que responsabilize quem não faz o seu trabalho como deveria fazer. A calçada está mal colocada e por isso gera tantos problemas.”

Por seu lado, Carina Brandão, membro da Lisboa (In)Acessível, explica que andar sob este pavimento não é igual a outro qualquer. Para os cidadãos com mobilidade reduzida, existe um grande desconforto em cima da calçada. A oradora explicou que “as pedras mesmo quando estão bem colocadas dificultam a circulação”. E sugere: “Se não acreditam, podemos organizar uma gincana de cadeira-de-rodas e no final digam-me se a vossa opinião se mantem”. ...»

07/03/2014

Portal "Na minha rua" - Problemas sem resolução - Acessos para Cidadãos com Mobilidade Reduzida


Chegado por e-mail:

«Exmos. Senhores,


É com profunda tristeza e total descrença nos poderes públicos, incluindo os locais, que constato que dois pedidos meus colocados no portal da CML “Na minha rua”, com soluções económicas perfeitamente adaptáveis e adequadas, são considerados encerrados e que uma insistência minha é igualmente encerrada… pelo simples facto de se tratar de uma insistência.

Numa altura em que a CML pretende adotar uma política de maior proximidade em relação ao Munícipe, através do portal “Na Minha Rua”, do Orçamento Participativo e outras tantas iniciativas que certamente desconhecerei e… na prática os pedidos caem todos no âmbito de intervenção de um departamento camarário, sem que ao Munícipe seja dada qualquer outra satisfação senão a redonda justificação de que a questão “será resolvida no âmbito de um projeto/empreitada planeado para o local mencionado” ou que foi “devidamente encaminhada”.

Os pedidos por mim apresentados no portal “Na minha rua” relacionam-se com a inexistência de acessos nos passeios da cidade de Lisboa para cadeiras de rodas, de que sou assaz vítima, na qualidade de “pessoa de mobilidade reduzida”. Existindo diversíssimos casos em que sou prejudicado na minha mobilidade pela ausência de intervenção a esse nível, limitei-me, no entanto, à apresentação de dois pedidos de construção de um pequeno bloco de cimento ou qualquer outra solução provisória que me permita subir e descer para/de passeios demasiado altos, nos seguintes locais:

1. No Campo das Cebolas, perto do meu local de emprego (ocorrência com o número OCO-104846-2013), em que o passeio identificado no pedido é cortado, sem qualquer rebaixamento, por uma porta – sem qualquer uso – do Ministério das Finanças, o que me obriga a deslocar na via pública, por entre veículos da CARRIS que por ali circulam, tendo de me sujeitar a desviar-me das imensas poças que ali se criam em dias de pluviosidade; e

2. Na Rua de Xabregas / esquina com a Travessa da Manutenção, no local de residência (ocorrência com o número OCO-102535-2013), uma vez que o passeio de acesso a uma pequena galeria comercial me é totalmente vedado pelo facto de todo o passeio circundante daquela zona não ter qualquer rebaixamento.

O sentimento de total impotência perante a ausência de qualquer resposta, sobretudo quando está simplesmente em causa o pedido de instalação de um pequeno bloco de cimento ou outra qualquer solução que, provisoria ou definitivamente, me permita o acesso em condições minimamente aceitáveis àqueles locais, leva-me a equacionar colocar as situações descritas no blogue “Cidadania Lisboa”, através do qual consegui, em novembro de 2009, resolver uma situação confrangedora que me forçava a circular em contramão na Avenida Infante D. Henrique para aceder à paragem de que disponho para me deslocar ao meu local de trabalho:

http://cidadanialx.blogspot.pt/2009/11/chegado-por-e-mail.html#links

Pedi já a pessoas minhas amigas que filmassem o circuito que tenho de percorrer no local acima identificado, por forma a mostrar quão inexplicável é o facto de não se despender uma negligenciável quantia para permitir que um Munícipe não seja forçado a deslocar-se em plena via pública, tendo de estar com redobrada atenção ao trânsito da zona e chegando, no Inverno, a ter de evitar poças de água lamacenta.

Aos Senhores Vereadores Fernando Nunes da Silva e Helena Roseta – com os quais contactei em 2009 pelos motivos acima descritos – dou conhecimento desta situação na ânsia de que, enquanto Membros do Executivo, tornem os departamentos camarários da Edilidade efetivamente mais vocacionados para dar resposta aos Munícipes e a encontrar soluções económicas, sejam elas temporárias ou definitivas, que melhorem a vida daqueles em prol de quem exercem o Vosso Mandato.

Ao Instituto Nacional de Reabilitação, entidade à qual devo a demonstração de interesse e tomada de diligências em outros problemas de acessibilidades por mim apresentados, para tomar conhecimento de mais estas situações desta natureza com que as pessoas com mobilidade reduzida se deparam e possa exercer o seu poder de influência institucional junto das entidades às quais cabe, em primeira linha, resolver problemas básicos de mobilidade e integração social.

Obrigado.

Com os melhores cumprimentos,


João Miguel Simões»

05/03/2014


O nosso obrigado ao CDS pelo convite e, claro, ao Luís Salvador Marques da Silva por ir representar o Fórum Cidadania Lx neste debate.

26/02/2014

Lisboa histórica e turística resumida a 29 locais

In Dinheiro Vivo 24-2-2014
Apesar de reconhecer que a grande maioria dos defeitos e problemas que ultimamente são colocados á caçada portuguesa, são devidos a uma má colocação da calçada, à utilização de materiais de inferior qualidade e a mão de obra não especializada, ao estacionamento abusivo em cima dos passeios e até, pasme-se, à falta de fiscalização, a Câmara insiste em substituir a calçada portuguesa por outros tipos de piso, como recentemente já o fez, por exemplo na Rua da Vitória, sem que a solução encontrada seja menos perigosa para os peões e até com criticas violentas de parte de um dos vereadores municipais.

Durante a discussão do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que foi aprovado na passada semana na Assembleia Municipal, e que "prevê a substituição da calçada portuguesa, em alguns espaços da cidade, mas não revela quais são as alternativas para a substituição deste pavimento" nem identifica quais são esses locais, a Câmara sempre se defendeu, afirmando que a calçada portuguesa seria mantida nas zonas históricas e turísticas, curiosamente locais por onde a começaram a substituir por outros tipos de piso. Veja-se o caso já citado da Rua da Vitória, a Praça do Comércio ou o miradouro de Santa Catarina.

Pois bem, só agora, após a aprovação do referido Plano, é que a "Câmara Municipal de Lisboa indica os espaços onde será preservada a calçada artística. São eles:


Mas o que tem estado em cima da mesa é a calçada portuguesa como um todo e não particularmente a calçada artística, donde somos levados a concluir que a CML apenas pretende preservar alguns locais (29) onde hoje existe a calçada artística e que no resto da cidade, onde apenas existe a calçada portuguesa lisa ou branca, sejam ou não zonas históricas ou turisticas, nada irá fazer para a preservar.

Mas olhando mais atentamente para a lista dos 29 locais onde, supostamente, será preservada a calçada artística, de repente lembro-me de alguns locais onde ainda existem excelentes trabalhos de calçada artística e que não constam da lista, como a Praça do Município, Rua do Alecrim/Largo Barão de Quintela, o Largo do Carmo, o Largo e Jardim da Estrela, o Padrão dos Descobrimentos ou Praça Luis de Camões entre muitos outros. Será que à semelhança do que aconteceu na Praça do Comércio, também nestes locais a calçada artística vais ser substituída por pedra de lioz?

Na Praça do Comércio era assim. Agora só em fotografia e se não tivermos atenção, brevemente só teremos recordações do que é a magnifica calçada portuguesa, pois a intenção da CML é a de acabar com a mesma, substituindo-a por outros materiais, como a pedra de lioz ou quem sabe até se betão.

21/02/2014

Este chão tem história para contar...

No passado eram várias as vezes em que percorria a Rua da Vitória e virava à esquerda na Rua dos Douradores e, sempre me lembro de observar o conjunto de estátua em bronze, representando um dos ofícios tradicionais da nossa Lisboa - o calceteiro e o ajudante.

Bem sei que muita tinta tem corrido sobre o fim das calçadas, os buracos das mesmas e muito haveria a repetir - vou procurar propositadamente evita-lo para não vos maçar!

20 Fevereiro de 2014 , fim de tarde passei nesta zona e foi evidente o vazio da praça frente à Igreja de São Nicolau, uma visão diferente até aqui presente e, uma vez chegado a casa socorri-me da aplicação "google maps street view" a reação foi um seguro - Eu sabia!

Figs. 1 e 2 - imagens da aplicação "street view" do google maps, a 20/02/2014

De facto era costume ser furtado o martelo de bronze do calceteiro, noto que este tema foi já abordado aqui mesmo neste espaço em 2007, citando uma notícia do "Jornal de Notícias".

Mas e hoje? Será este um desaparecimento temporário ou criámos neste espaço um acesso raso e amplo, mas privilegiado aos elevadores. Terão sido desalojados precariamente o calceteiro, o ajudante e o brasão da "Mui Nobre e Sempre Leal Cidade de Lisboa"?

Fig. 3 - Vista do Largo frente à Igreja de São Nicolau, 20/02/2014

A calçada original deu lugar a novos paralelepípedos antiderrapantes e a uma faixa transversal em pedra lisa em homenagem a Bernardo Soares.

Neste momento, sem saber ao certo o que terá acontecido em concreto, socorro-me do nosso José Saramago e partilho convosco:

"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos, sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos viver". (in Cadernos de Lanzarote 1994)

11/02/2014

«Super-heróis» vs. arqui-vilões, ou seja, se o nível da argumentação for este, teme-se o pior


Esta é uma questão delicada e de grande importância para a cidade e deveria ser discutida em termos diferentes daqueles a que estamos habituados a ver em redes sociais: imediatos, inconsequentes, sem ponderação.

É certo que o Plano de Acessibilidade tem imensas virtualidades, reflexão e boas medidas mas não é o peso de 800 páginas que tornam mais pesado o argumento da substituição da calçada portuguesa.

E é neste aspeto que quase tudo o que se tem defendido publicamente contra a calçada portuguesa cai pela base, sobretudo tendo em conta as evidências:

a) Calçada portuguesa só em zonas históricas: temos comprovado, pela realidade, que até em zonas históricas existe colocação de outros pisos;
b) Substituição por pisos que evitem quedas, sejam mais aderentes: temos comprovado, pela realidade, que substituição de calçada por mármore ou lioz foge a esse objetivo;
c) Substituição da calçada impede quedas e é mais aderente: a própria autarquia tem substituído a pedra branca por pedra basáltica rugosa em diversas ruas com inclinação, bem como tem construído pequenas escadinhas para auxiliar a subida;
d) Só zonas históricas precisam de calçada portuguesa: afirmação subjetiva e sem fundamento. O Parque das Nações, desprovido das imensas e magníficas imagens de calçada portuguesa que, aliás, são prémio Valmor (prémio da autarquia) não seria o mesmo.
e) A calçada é um piso mais caro de se manter que os restantes: ficará por provar se uma calçada sem estacionamento selvagem e com construção e manutenção adequada, fica mais cara que outro tipo de pavimento. (Há que contabilizar o custo da substituição da calçada bem como outras externalidades, como os efeitos na imagem e no turismo da cidade, bem como na qualificação do espaço público);


http://cidadanialx.blogspot.pt/2014/02/camara-define-cem-accoes-para-tornar.html

Câmara define cem acções para tornar Lisboa acessível aos que não são super-heróis

Por Inês Boaventura, Público de 11 Fev 2014

O vereador dos Direitos Sociais reconhece que o Plano de Acessibilidade Pedonal não vai produzir um milagre, mas garante que daqui a quatro anos a cidade será mais acessível.

A cidade deve estar “preparada para uma população que envelhece” e não “só para super-heróis” -JOSÉ MANUEL RIBEIRO/REUTERS

O Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que aguarda aprovação pela Assembleia Municipal, prevê a concretização, até 2017, de um total de cem acções. O vereador dos Direitos Sociais admite que essas acções “não vão transformar a cidade que se construiu ao longo de séculos” nem produzir “o milagre da transformação para a acessibilidade plena”, mas acredita que “no fim teremos todos uma cidade mais acessível”.
Na sexta-feira, o vereador apresentou o plano, que foi aprovado pela câmara em Dezembro de 2013, aos deputados da Comissão dos Direitos e Cidadania da Assembleia Municipal de Lisboa. Na sua exposição, João Afonso defendeu que “permitir que as pessoas usufruam da cidade com liberdade e segurança é o maior direito que lhes podemos dar”.
“Este não é um plano de eruditos feito à secretária”, afirmou, sublinhando que o plano em causa, que tem cinco volumes e mais de 800 páginas, tem uma grande ligação à realidade. “É uma política estratégica para a cidade”, resumiu, explicando que o documento integra “um conjunto de orientações para serem implementadas pelos serviços da câmara e que se expandem para a actuação das juntas de freguesia”.
Entre as cem acções que o município quer concretizar nos próximos quatro anos estão ferramentas de trabalho (como a elaboração de um guia de soluções para a eliminação de barreiras na via pública), investigações (como a realização de um inquérito a peões sobre a sua satisfação com a rede pedonal), projectos-piloto (como a adaptação das passagens de peões nos cruzamentos da Avenida 5 de Outubro), obras (como intervenções em passagens desniveladas), outros procedimentos (como o reforço dos meios de combate ao estacionamento ilegal) e acções de informação e sensibilização pública (como a sensibilização dos agentes turísticos para a oportunidade económica do turismo acessível).
Aquilo que está previsto é que em cada ano seja aprovado um plano de execução, envolvendo os diferentes serviços municipais, cuja concretização será depois avaliada num relatório. Ambos os documentos serão apreciados em reuniões públicas da Câmara de Lisboa, permitindo o seu escrutínio por todos.
O coordenador da equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa sublinha que as acções mencionadas “não esgotam” o que há a fazer, tendo sido escolhidas porque constituem “aquilo que se acha ao mesmo tempo viável e prioritário” num conjunto de cinco áreas operacionais: via pública, equipamentos municipais, transportes públicos, fiscalização de particulares e desafios transversais.
“É preciso um esforço coordenado e sustentado ao longo de anos”, frisou Pedro Homem de Gouveia, defendendo que aquilo que faltou até aqui não foi dinheiro. Os quatro principais problemas em matéria de acessibilidade foram, de acordo com o arquitecto, a secundarização do peão, ineficiência na gestão e fiscalização, o facto de a Câmara de Lisboa não dar o exemplo e falta de compromisso político.
Tanto o arquitecto que coordena a equipa do plano como o vereador dos Direitos Sociais sustentam que boa parte da receita para fazer de Lisboa uma cidade mais acessível assenta em não se repetir alguns dos erros do passado. “É só fazer bem, parar de escavar”, diz Pedro Homem de Gouveia, para quem a cidade deve estar “preparada para uma população que envelhece” e não "só para super-heróis”. “Podemos melhorar, rectificar, fazer bem. E acima de tudo não fazer mal, fazer sem erros”, disse também João Afonso.
O vereador dos Direitos Sociais admitiu que uma das áreas em que há rectificações a introduzir é nas ciclovias, que foram uma das grandes bandeiras do vereador José Sá Fernandes nos últimos anos. Segundo João Afonso, aquilo que se pretende é “fazer um conjunto de correcções” nos casos em que se verificou que a criação daquelas vias levou ao surgimento de “conflitos” entre os utilizadores de bicicletas e os peões. 
O autarca acrescentou que vai ser alterado “o manual de implementação das ciclovias”, tendo em conta a percepção actual de que “não é curial a sua implementação nos passeios, onde criam sérios problemas aos peões”. Como exemplo disso, João Afonso referiu a Avenida Duque d’Ávila, que “de vez em quando tem lá uma bicicleta, passou a ser uma pedovia”.
Calçada "não é um bom pavimento"
“Este não é um plano de remoção da calçada, nem um plano para alteração de pavimentos”, sublinhou o vereador dos Direitos Sociais aos deputados da Comissão dos Direitos e Cidadania da Assembleia Municipal. Ressalva feita, João Afonso reconheceu que não considera que a calçada portuguesa seja “um bom pavimento”.
“A calçada não é um bom pavimento, um pavimento que assegure as melhores condições de acessibilidade. Só é o melhor se tivermos condições para o manter e em determinados sítios”, afirmou o vereador. Aquilo que o autarca defende é que “não há uma solução universal” para a cidade, devendo ser introduzidos diferentes pavimentos consoante as características da zona em causa.
João Afonso refutou a ideia de que a Câmara de Lisboa se prepara para desenvolver uma grande acção de substituição da calçada portuguesa por outros materiais fora do centro histórico. Até porque, sublinha, essa seria uma missão impossível de concretizar com as verbas alocadas ao Plano de Acessibilidade Pedonal, que segundo está previsto deverão representar perto de 3% do orçamento anual do município. Segundo o vereador, aquilo que se pretende fazer é aproveitar obras em curso na cidade para “tentar pôr novas soluções, onde se justifique” e “dar às pessoas a possibilidade de experimentar diferentes pavimentos”.
Quanto à experiência recente da Rua da Vitória, na Baixa, em que a calçada deu lugar a pedras de lioz, João Afonso admite que não gosta do resultado, desde logo pela falta de aderência do piso quando chove e pelo seu custo. “Tempos de crise poderão evitar esse tipo de solução, espero”, disse aos deputados municipais.  
A presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, adiantou que vê com bons olhos a hipótese de “nalguns arruamentos” substituir “as pedrinhas muito simpáticas que se desfazem a toda a hora” por outros tipos de pavimento. Já o presidente da junta do Lumiar, Pedro Delgado Alves, considerou “fundamental” que haja um debate em torno desta matéria.


04/02/2014

É para isto que a CML quer acabar com a calçada portuguesa

"O pavimento deve ter um acabamento não polido e garantir boa aderência, mesmo na presença de humidade ou água. Alerta-se para o facto de ocorrer um polimento rápido na calçada de vidraço ou noutros pavimentos pétreos igualmente vulneráveis ao polimento."
"O revestimento deve ter ”reflectâncias correspondentes a cores nem demasiado claras nem demasiado escuras”. Os pisos muito claros refletem muita luz, e acentuam as dificuldades de peões com alguns tipos de deficiência visual ou incapacidade de adaptação a variações bruscas de intensidade luminosa, como acontece com as pessoas mais idosas."
(Plano de acessibilidade pedonal de Lisboa/Volume 2 – Via pública – Ponto 12.4.3, página 227)

Se a isto acrescentarmos que é intenção da Câmara Municipal de Lisboa "substituir paulatinamente mas em força a quase totalidade da calçada portuguesa" preservando-a apenas, nas zonas históricas e turísticas, mas que como já nos vem habituando não cumpre o que promove, o resultado é o que podemos ver na Rua da Vitória, onde o novo piso após uma chuvada mais parece um espelho, que contradiz no essencial o previsto no Plano de acessibilidade pedonal de Lisboa, recentemente apresentado pela CML e que de certeza não evitará as quedas (bem pelo contrário), que a CML e António Costa tanto criticam na calçada portuguesa.

Foto retirada do Facebook do meu amigo Vasco Morgado.

22/12/2013

O passeio medonho (e pior asfalto) da Conde de Sabugosa:


Alias, Plano de Acessibilidade para que te quero...


Fotos: Ana de Sá e Raul Carlos Monteiro Fernandes, no grupo Avenida de Roma, no Facebook

28/11/2013

E os passeios no Areeiro ERAM assim:


Pois este piso já era, já foi. Agora há uma coisa chamada Plano de Acessibilidade Pedonal (nada contra tal ideia, designação e objectivos finais) e a calçada portuguesa não faz parte dele salvo em zonas turísticas. O Areeiro tem autoria de nomes como Cristino da Silva, e deve parecer mal tratar o Areeiro com dignidade, devem pensar alguns.


Foto: Estúdio Horácio Novais (fonte: Malomil)