01/04/2008

Miradouro de Santa Luzia - Lisboa, 28 de Março de 2008


Será que é preciso abrir concurso público para se reparar isto? Percebo que só com uma ida atenta às feiras de antiques e velharias de Lisboa e arredores é que se encontraria os azulejos roubados. Os partidos, coitados, só com muita sorte serão restaurados (se é que esse tipo de restauro é feito nos espaços públicos). Mas é possível fazer réplicas. Concurso público?

Foto: AAS

8 comentários:

Anónimo disse...

É preciso é ter calma. Ouvi claramente "ouvisto" o dr. Costa prometer claramente prometido que ia acabar com o aspecto claramente desleixado de Lisboa. Amanhã ou depois já lá devem estar azulejos novos. Eu acredito!

Tiago R. disse...

Eu já não sei se acredito assim tanto.. Ainda se estivéssemos mais perto das eleições...

Em todo o caso, estes azulejos não tem grande valor histórico ou mesmo estético.

No projecto que foi apresentado às juntas de freguesia locais no tempo do Carmona e que o Sá Fernandes anunciou que ía retomar eles seriam pura e simplesmente substituídos e todo o miradouro reformulado.
Aliás o espírito do projecto era o de rasgar as vistas do miradouro, removendo os obstáculos, com materiais discretos, mobiliário urbano minimalista, alargamento da zona de esplanada e (felizmente!) removendo as fontezinhas e os arbustinhos pirosos do estado novo.

E até foi aprovado pela Assembleia de Freguesia de São Miguel.

Anónimo disse...

Ó Tiago R., então V. acreditou que eu acredito?

Filipe Melo Sousa disse...

Não é falta de vontade. É falta de dinheiro. Mas se o autor quiser contribuir...

É que lamentar não resolve nada.

Anónimo disse...

Este tipo de obras avulsas, outrora garantidas pelos funcionários públicos operários (que eram o grosso da função pública) só podem ser feitas, agora, depois de concurso público a empresas privadas porque se tratou de aniquilar toda a função pública, despedir pessoal e fechar contratações. Acabaram os cantoneiros, os calceteiros, os jardineiros, etc. Cada cantoneiro tinha como "seu" um cantão de estrada que orgulhosamente zelava para ser o mais belo e seguro. O mesmo sucedia com os jardineiros que estavam adstritos a cada jardim, rivalizando saudavelmente com os outros. E por aí fora, em tantas nobilíssimas profissoes que se escorraçaram da administraçao publica, a bem do défice e dos boys drs.
O que é verdade é que agora quando precisam de uma reparaçao têm de recorrer a uma empresa privada, que custa muito mais caro ao erário publico do que os dispensados funcionarios, e que sobrevive à conta de trabalhadores migrantes e precários, sem qualquer brio nem competencia profissional. Viva o Portugal do livre-mercado e do empreendedorismo! À conta do contribuinte, como sempre, pois claro.
E é esta a razao porque todos os espaços públicos de Lisboa e Portugal se encontram num estado de desprezo que até envergonharia o velho botas, se regressasse.

Tiago R. disse...

O anónimo da 1.47 tem toda a razão!

Anónimo disse...

Também acho que o anterior tem razão,só esqueceu que os "boys" estão lá para garantir que as obras vão a "concurso" mas dentro do partido...Razão pela qual a CML está falida!
Mas parabéns pelo seu comentário,continue!
Saudações

3-4-08 Lobo Villa

JTDias disse...

Tiago R., mas então, azulejos que estão lá há décadas (e não poucas) têm pouco valor histórico? Talvez não sejam do tempo de D. Afonso Henriques, mas não exageremos... E remover as fontes e arbustos, que sempre caracterizaram o miradouro? Já agora, remova-se todos os azulejos de Lisboa e calçada portuguesa e substituimos por betão... Porque não retirar o busto de Júlio de Castilho e substitui-lo por uma peça do género da "obra" fálica de João Cutileiro que se encontra no alto do Marquês???? Vivi até aos 31 anos no bairro do Castelo, saí de lá, há 7 anos, e sempre tive uma ligação fortissimo com toda a zona e envolvente do bairro do Castelo, e nunca ouvi tanto disparate pegado...
Cumps