11/09/2009

Jardim de Santos - sem Marcas.

foto: Z.Q © 2009. Na fotografia, a cor rosa é das olaias em flor.



Um Jardim com árvores classificadas não pode ser marcado nem oferecido a uma marca.

O privilégio não é do Jardim de Santos estar na área do Design District mas do Design District estar na área do Jardim de Santos.

Porque razão o Jardim de Santos com o seu património vegetal e a sua história tem de ser reduzido a um símbolo de um conjunto de lojas?

E porque não o contrário? Um conjunto de lojas adoptar o Jardim como um símbolo, e conviver com ele aristocraticamente, protegendo-o sem o invadir nem "colonizar".

Se pensarmos que um Jardim Público foi oferecido a uma marca não para uma campanha sazonal mas para sempre é como se fosse transformado numa montra ao ar livre, não só de mobiliário e outras invenções materiais mas de um pensamento e de um modo de estar. E isso é muito triste, desvaloriza a cidade e não honra ninguém.

4 comentários:

Susana Neves disse...

Estive ontem no Jardim de Santos e verifiquei que os novos bancos (deixados a título de exemplo) já estavam sujos e a cortiça danificada. É lamentável, mas os portugueses dão cabo de tudo.
Diga-se que o branco do assento é bastante desapropriado a um espaço de jardim.
Havia pessoas no jardim, de várias idades, como sempre, mas o ruído da Av. 24 de Julho é insuportável.
O melhor realmente era vedar o Jardim e repensar a Av. 24 de Julho.
Numa legenda dizia-se que a estátua de Ramalho Ortigão vai ser reposicionada.

Anónimo disse...

Claro, Ramalho Ortigão não é design.

Vai ser reposicionada nos armazéns da CML, deve ser isso.

Anónimo disse...

pois. o melhor mesmo é vedar o jardim e torná-lo uma floresta virgem...

Miguel Drummond de Castro disse...

O Jardim de Santos, tal como o da Estrela devia ter uma vedação, um gradeamento, para evitar o assalto nocturno do exército dos mijionários, e da brigada de copo de plástico na mão.


Por outro lado os bancos propostos pelo designer, de betão e cortiça, além de desadequados ao ambiente, não são ergonómicos. E são baixíssimos. Porque não manter os antigos bancos que demonstraram ser favoráveis ao namoro, à contemplação, à leitura e à soneca?