In Público (22/9/2009)
«A Câmara de Lisboa vai candidatar parte do projecto ao QREN e pretende pagar o restante com fundos do turismo e contrapartidas de promotores imobiliários
A Câmara de Lisboa quer criar quatro percursos pedonais servidos por meios mecânicos para melhorar a acessibilidade à colina do Castelo. O projecto, orçado em 12,5 milhões de euros, inclui a criação de mais de mil lugares de estacionamento.
Daqui a quatro anos, segundo as previsões do vereador do Urbanismo e Planeamento Estratégico da autarquia, será mais fácil visitar o Castelo de São Jorge e os restantes monumentos da colina. Nessa altura, a maioria dos desníveis existentes será vencida com o recurso a elevadores e escadas rolantes (que, sempre que possível, ficarão dissimulados no interior de edifícios municipais para diminuir o seu impacte visual) e na base dos novos caminhos haverá acesso facilitado a estações do Metropolitano de Lisboa e parques de estacionamento.
Mas a criação dos quatro percursos pedonais destina-se não só aos turistas, mas também à população residente na zona que, como frisou ontem o vereador Manuel Salgado, é bastante envelhecida e tem dificuldades de locomoção. A medida pretende quebrar o isolamento dos moradores e dinamizar actividades económicas locais.
Um dos percursos partirá do Campo das Cebolas até à Sé e daí para o Castelo. Este cruzar-se-á no Chão da Feira (uma das portas do monumento) com um outro, que vai ligar Alfama às Portas do Sol.
O terceiro trajecto unirá o Castelo à Graça, unindo-se na porta do Moniz (entrada do Castelo que, segundo a Câmara de Lisboa, não é usada actualmente) com o último trajecto, que vai fazer a ligação ao Martim Moniz.
Quando forem concretizados, estes percursos pedonais vão juntar-se a um outro já conhecido, cujas obras deverão iniciar-se "nos primeiros dias de Outubro", como adiantou o vereador Manuel Salgado. Trata-se do "percurso assistido" que parte da Rua dos Fanqueiros - onde, segundo o vereador, está "em fase adiantada" a compra pela autarquia de um edifício necessário para o efeito -, sobe ao Largo do Caldas e chega ao Castelo através do Mercado do Chão do Loureiro.
As quatro ligações anunciadas articulam-se com cinco novos parques de estacionamento, com um total de 1100 lugares: Chão do Loureiro, Terminal de Cruzeiros de Alfama, Campo das Cebolas, Coleginho da Rua Costa do Castelo e Rua dos Lagares.
Segundo Manuel Salgado, o investimento será concretizado em duas fases. A primeira, de 5,5 milhões de euros e que a autarquia vai candidatar a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional, destina-se a espaço público e meios mecânicos. A segunda fase, de sete milhões de euros, inclui entre outras obras os parques de estacionamento, e o vereador explica que a intenção é que venha a ser paga com fundos do Instituto de Turismo de Portugal e com contrapartidas de algumas intervenções urbanísticas previstas para a zona.
Ontem, por ocasião da Semana Europeia da Mobilidade, a câmara anunciou a abertura do concurso público para a atribuição de 50 licenças para táxis adaptados ao transporte de pessoas com mobilidade reduzida. A ideia era que alguns dos 3550 veículos que circulam em Lisboa fossem adaptados para o efeito, mas a falta de interesse dos profissionais obrigou a optar pela atribuição de novas licenças.»
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Correcção: o elevador do Mercado do Chão do Loureiro não chega ao castelo mas à Rua Costa do Castelo, que é coisa bem diferente. Por mim, fica bem assim porque não vejo como se poderá escavar a muralha do castelo, ou a base dela, para se construir a última parte do trajecto mecânico. Convém, aliás, que as pessoas se mexam um pouco e façam exercício...
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6 comentários:
Tudo patrocinado pelo HOLMES PLACES...destribuição automática de ténis e fatos de treino na baixa...cambada de idiotas
Posso estar enganado...mas isto será daqueles projectos que iremos lamentar lá para 2019....
Estão lembrados do elevador de João Soares? Haja paciência!
O que tu queres sei eu!?
além do elevador do mercado, o que se está a falar são escadas rolantes? alguém me pode elucidar sff?
escadas rolantes pelas escadas de São Miguel ou coisa parecida? do tipo da passadeira/escada coberta, felizmente acabada, que havia em Alcântara?
Campo das Cebolas, Alfama.. para quê estes dois?
tudo isto não me soa bem..
se estes elevadores fossem para a frente(Que duvido) qual seria o aspecto?
Curiosamente e como consequência de pesquisa sobre o assunto, deparo-me com estes comentários à data de hoje, 24 de Setembro de 2013, altura em que o dito elevador já está construído. Há que ter em conta que este tipo de projectos não visam facilitar a vida aos preguiçosos, mas antes possibilitar/viabilizar a concretização do direito à mobilidade e à vivência da cidade por parte dos cidadãos com mobilidade reduzida, nomeadamente pessoas mais idosas ou pessoas com algum tipo de deficiência/limitação física. Portanto, a meu ver, são de salutar!
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