10/05/2012

Quiosques de João Soares revivem



Foi há 14 anos, em 1998, que João Soares decidiu instalar 44 quiosques na então reabilitada praça do Martim Moniz, que assim ficou em grande parte ocupada pelas chamadas "gaiolas". O projecto pretendia trazer para o largo comerciantes de antiguidades e alfarrabistas, mas a ideia, que custou ao município mais de 650 mil euros (cada peça ficou em 15.000 euros), revelou-se um fracasso. Meia dúzia de anos depois, os poucos quiosques que continuavam abertos centravam-se no negócio dos telemóveis e o espaço tinha-se transformado num local muito pouco recomendável. Cerca de trinta foram entregues a igrejas, associações e particulares, havendo até um que serve de escritório a um agente imobiliário na Amadora. A actual intervenção na praça está integrada no Plano de Acção da Mouraria e resulta de um protocolo celebrado em Outubro entre a câmara e a EPUL, que lançou o concurso para a concessão da exploração dos quiosques e para a organização do mercado de fim-de-semana. O protocolo de Outubro, assinado por José Sá Fernandes e pelo presidente da EPUL, nunca foi divulgado pela Câmara nem pela EPUL. O PÚBLICO pediu-o na sexta-feira a Sá Fernandes e à empresa, solicitando igualmente o ponto da situação sobre a remodelação da praça, mas não obteve qualquer respodta até às 17h17 de ontem. Nessa altura Sá Fernandes remeteu por email uma cópia do protocolo à redacção do PÚBLICO, quando esta página estava a ser fechada, e, meia hora depois, a EPUL distribuiu a todos os órgão de comunicação um comunicado com as informações pedidas pelo PÚBLICO na sexta-feira. J.A.C.

1 comentário:

Anónimo disse...

Exactamente pelos motivos aqui expostos, comentei no post anterior que há muito passei a evitar de todo o MM.