04/04/2007

O que diz Egipto: Autarca quer continuar na Junta dos Olivais

In Público (4/4/2007)
Ana Henriques

«Obrigado a demitir-se de dirigente da concelhia de Lisboa do PS por ter aceite o cargo de administrador da EPUL, Rosa do Egipto diz ter pedido um parecer à CCRLVT sobre se pode ou não continuar à frente da Junta de Freguesia dos Olivais, como deseja. E frisa que não há estabilidade nos cargos de nomeação: quem os ocupa pode ser demitido a qualquer momento. O autarca socialista que aceitou, juntamente com um especialista em transportes, um lugar na administração da EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa esteve ontem debaixo de fogo por parte de todos os partidos da oposição camarária, PS incluído. O dirigente do PS de Lisboa e vereador Dias Baptista disse mesmo que, ao aceitar gerir a EPUL, o autarca socialista Rosa do Egipto, que é presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, "optou pela estabilidade profissional". "Está no seu legítimo direito. Mas evidentemente que não é uma situação de que estivéssemos à espera, nem que desejássemos", acrescenta Dias Baptista, negando acordo nesta matéria entre o PS e os sociais-democratas que governam a CML, e que convidaram Rosa do Egipto. O novo administrador da EPUL nega também qualquer acordo partidário. Só que mesmo dentro do PS há quem não acredite. Os vereadores Gaioso Ribeiro e Isabel Seabra, que pertencem a uma facção socialista minoritária, rejeitaram ontem "a negociação de lugares públicos com o executivo PSD, perpetuando a prática de partidarização da gestão das empresas e dos cargos municipais". Para estes e outros autarcas da oposição, a nomeação de Rosa do Egipto e de Gama Prazeres padece de ilegalidades, quer porque não se baseiam em critérios transparentes de recrutamento, no que diz respeito à sua qualificação e experiência, quer porque não foram submetidos aos votos. (...)»

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