11/05/2007

desculpem a minha ignorância

Muitos idosos em Lisboa são recolhidos todas as manhãs em suas casas e levados para centros de dia. O transporte é assegurado pelas juntas de freguesia e em alguns casos pelos serviços paroquiais.
O que eu não sabia era que este serviço mínimo era pago, pelo menos por alguns dos velhotes... à Misericórdia! Por que raio?!

5 comentários:

Anónimo disse...

O que se passa é que a Misericórdia (nalguns locais) assegura esses serviços por delegação das juntas e da CML que, não possuem qualquer equipamento e pessoal para serviço social.

E a comida, o pessoal e o transporte têm custos...

ABA disse...

claro que têm custos. Isso faz da Misericórdia prestador de serviços, segundo entendo. Não era essa a ideia que tinha; pensava que servia só para ajudar...

Paulo Ferrero disse...

A tua ignorância é também a minha, fica descansado, até porque outro dia fiquei a saber o que a Misericórdia cobra em Cascais, lamentável;-(

Anónimo disse...

Caros,

Em relação a esta questão também fiquei curioso. na Penha de França, por exemplo, sei que a acção social (centro de dia e um infantário) é assegurada (por não haver nem junta nem protocolo com a SCML) por intermédio do Centro Paroquial, que faz realmente um trabalho notável (numa zona muito, muito envelhecida)mas também se paga (um valor simbólico num caso que conheço muito bem).

Além do centro de dia existe apoio domiciliário para acamados, etc.

A tragédia (porque é disso que se trata) são os milhares de idosos que ao fim-de-semana (porque estes serviços fecham) não têm refeições, e o facto das Juntas preferirem gastar dinheiro em coisas para encher o olho, ou boletins informativos de interesse e qualidade duvidosa, não assegurando serviços de apoio social. Nesta junta, por exemplo, existe uma pessoa um dia por semana a atender, e por marcação.

O pano de fundo (parece-me) é o facto das IPSS serem, aparentemente, empresas que até podem fazer (no caso da educação e saúde) concorrência a outras empresas.

Anónimo disse...

esqueci-me de assinar - Nuno Valença