07/05/2007

Porto de Lisboa pequeno para navios de cruzeiro

In Diário de Notícias (6/5/2007)
ISALTINA PADRÃO
TIAGO MELO (imagem)

«"O porto de Lisboa está a ficar congestionado para receber navios de cruzeiro em de determinados dias do ano. Até já estamos a recusar alguns." A denúncia foi feita ontem ao DN pela directora de cruzeiros da Administração do Porto de Lisboa (APL), Manuela Patrício, no momento em que o navio AIDAdiva atracava no cais da Rocha do Conde de Óbidos, uma das escalas da viagem inaugural deste paquete alemão com 252 metros.

"Os navios têm dimensões cada vez maiores. E isto coloca-nos alguns constrangimentos, já que temos apenas três terminais antiquados [Alcântara, Rocha do Conde de Óbidos e Santa Apolónia] construídos nos anos 40", explica Manuela Patrício, criticando as infindáveis obras de ampliação do cais de Santa Apolónia.
...)»

Pois, pois J.Pimenta, mas isso não justifica a enormidade que a APL pretende fazer, a todo o custo, com o novo terminal de cruzeiros. Isso, NÃO!

3 comentários:

Anónimo disse...

Precisamente por terem dimensões cada vez maiores, não se justifica que se façam em pleno centro histórico da cidade.

Também por existirem cada vez mais carros, não têm de se fazer estradas cada vez maiores para o centro, ocupando os lugares de peões.

E por existirem aviões maiores e em cada vez maior número, não se vão fazer aeroportos no centro da cidade.

A tendência é para construir centros de operações de actividades pesadas (aeroportos, portos, centros abastecedores, industriais, logísiticos etc) fora dos centros das cidades ou em locais com capacidade de apoio e crescimento.

Fazer o terminal em santa apolónia é programar para dentro de poucos anos a construção de outros, dado que aquele perderá a capacidade de crescimento, será pequeno, e aniquilará alfama.

Anónimo disse...

É bem verdade, sobretudo porque:
1 - Preparam-se para quebrar a ligação natural de Alfama com o rio Tejo com um edifício grande junto ao rio;
2 - Não está garantida a ligação pedonal da zona ribeirinha entre a Expo e Algés;
3 - Não está garantido o acesso dos moradores à zona ribeirinha porque está previsto cortar a Avenida e construir uma ponte (semelhante às de Alcântara terra que são a vergonha que todos conhecemos).

A CML não é dona da parte mais nobre de Lisboa e é a Administração do Porto de Lisboa que é responsável pela zona ribeirinha e gere as concessões do ponto de vista dos transportes e do movimento de mercadorias, sem pensar nos interesses dos Lisboetas. No entanto, na prática actualmente a APL não gere nada directamente e concessionou a exploração a diversas empresas por isso é flagrante que a existência da APL não faz qualquer sentido.

Por isso o crescimento da construção junto ao rio não é obra do acaso, Actualmente um dos maiores grupos da construção civil - Mota-Engil - já controla directa e indirectamente através de empresas participadas cerca de 70% do negócio das concessões portuárias, após uma bem sucedida política de aquisições da Multiterminal, Sotagues, Liscont, Tertir, Ternor, etc.

Anónimo disse...

Chamo a atenção para esta situação.



Fiz um Blog



http://otejochora.blogspot.com/



O acesso dos Lisboetas ao Tejo está vedado pelo caminho-de-ferro. O único troço livre de tal obstáculo é a faixa entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia.

Veja, o projecto da APL para este local!

O acesso ao Rio vedado, um muro de 2 andares , um centro comercial e um condomínio fechado.

A APL é uma entidade soberana e absoluta, mas o acesso ao Tejo é de todos. Temos que dizer não a este projecto, que nos é apresentado como facto consumado e que a ir avante vai comprometer o mais nobre acesso de Lisboa ao Rio e o único sem a barreira do caminho de ferro.


O Tejo é para os Lisboetas, não é para as imobiliárias, hotéis e terminais.......

Acresce que há, quer a norte de Santa Apolónia, quer a Sul outras alternativas.


Urge parar a obra e discutir este assunto em sede própria.

Deixar a obra avançar é comprometer o futuro.


Este Blog destina-se a alertar o cidadão para esta situação e a dar o seu a seu dono:

O Tejo é dos Lisboetas.
O acesso ao Tejo deve ser livre.
Lisboa não pode virar as costas ao Tejo.