Num buraco sujo e a cheirar mal, sem qualquer tipo de dignidade e debaixo das escadas da rua do Carmo, juntam-se filas de turistas para subir no elevador de Santa Justa. Depois de uma longa espera, são recebidos por um ascensorista mal-encarado e entram numa cabine apinhada de gente sem qualquer hipótese de ser apreciada. É uma subida de 30 metros feita em menos de um minuto, e quando se chega lá acima nem ao topo se pode ir, porque está sempre fechado. Resta sair e atravessar o passadiço que leva ao largo do Carmo, aproveitando por breves instantes a vista sobre a Baixa.
Tendo em conta a imagem de modernidade que a Carris tem vindo a promover, este elevador já merecia uma intervenção. Tal como está, os €2,90 pela subida são um verdadeiro roubo. Às claras. E que me envergonham quando, como lisboeta, passo por lá e vejo aquela gente à espera.
Do Blog : http://vespaaabrandar.blogspot.com/
14 comentários:
Para piorar a situação, o acesso ao passadiço e à vista sobre a Baixa é de entrada livre, quando se acede através do Largo do Carmo.
No fundo, apenas se paga a apertada viagem de elevador. O resto é de borla ;)
O pessoal da Monocle é que nunca esteve nessas condições.
Ou então até gostaram. Ele há gostos para tudo.
já tenho passado muitas vezes pela fila de turistas e fico com vontade de os informar que podem optar por ir a pé e ver a mesma vista, sem grande dificuldade, mas receio sempre ser intrometida.Já tenho sido acusada de ser como o escuteiro que atravessa a "velhinha" sem ela querer.
Não querem pagar têm bom remedio. Não andem. Queriam o elevador à borla e a Carris a arder com a conta da eletricidade, tripulantes, e manutenção do elevador!!!
Sim, está-se mesmo a ver que a Carris vai fazer obras ao elevador. Se os eletricos se degradam a olhos vistos porque a Carris cortou os acordos de manutenção com a Siemens e mandou embora bastante do pessoal de oficina... Acho que muita gente não percebeu que o tempo das vacas gordas acabou.
A ultima vez que lá andei, à um ano era uma ascensurista da carristur que era tudo menos mal encarada.
"à um ano era uma ascensurista". E hoje?
Não é uma. São varias. É um trabalho de escalamento rotativo.
Caro Xico, já varias vezes aqui o li a dizer que o tempo das vacas gordas acabou.Está muito enganado, não acabou, continua para os mesmos.Nós é que ainda vamos sofrer mais para os continuar a sustentar.E já agora este elevador tem tudo para dar lucro e para ser um local digno,beleza não lhe falta, se não dá é porque é mal gerido(pelos que nós continuamos a sustentar apenas porque pertencem a este ou aquele partido, não por serem competentes), assim como a CARRIS.Assim como Lisboa inteira que poderia ser uma das cidades mais visitadas e bonitas do mundo.Tem todas as condições para isso,não fossem as vistas curtas.
Cumprimentos
E quem lhe disse a si A. Lourenço que o elevador não dá lucro?
E como quer pôr o elevador a dar lucro se não quer cobrar tarifas?!!
Pois, há a hipotese de o encher com publicidade, tem toda a razão, como é que a Carris ainda não se lembrou disso.
Ainda bem que a Carris usa o elevador como fonte de receitas já que os autocarros e eletricos só dão prejuizo. Mal por mal sempre se alivia um pouco o prejuizo da empresa (que todos os contribuintes, inclusive os que nunca vieram a Lisboa, nunca a usaram nem sabem que ela existe, pagam).
Eu tambem sou a favor da privatização da Carris (esse cancro das contas publicas), agora tire o cavalinho da chuva se acha que com a privatização os preços vão baixar e o serviço melhorar. Olhe para o que foi a privatização da Rodoviária Nacional e compare.
O elevador devia ser um dos cartões de visita da nossa cidade, e para lhe dar dignidade não vacas gordas ou vacas magras que o justifiquem. A mim, que sou lisboeta mas que conheço outras capitais europeias e não só, envergonha-me.
Caro Xico,
não defendi nem defendo a privatização da CARRIS nem o fim das tarifas no elevador, muito menos a colocação de publicidade.Defendo a boa gestão dos bens públicos e defendo que o elevador deve ser pago,o que não se deve é roubar as pessoas com um preço exorbitante e ainda por cima tratá-las mal,à boa maneira dos chicos- espertos Portugueses...
E, tanto neste post como no seu comentario a Vespinha diz tudo, por isso por aqui me fico.
Chico,
quando é que vai aprender que se usa o verbo haver e não a contração da preposição com o artigo definido em descrição de tempo no passado?
Quando escreve: «A ultima vez que lá andei, à um ano» deveria escrever «A ultima vez que lá andei, HÁ um ano...»
Como pensa que pode vir aqui discutir as soluções para esta cidade se o seu problema mais premente é a luta contra a aliteracia? Dedique-se a isso primeiro.
mas roubo porquê?
turismo em qq cidade é caro. só cá é que os museus são baratos, tudo é supostamente livre e depois dinheiro para sustentar tudo isto. Como diz uma amiga minha, quem quer festa sua-lhe a testa, por isso as coisas têm de ter o preço que garanta a sustentabilidade.
Com o cartão 7Colinas são só 0.90€ e dá para 1 hora na rede da Carris.
Eu continuo na minha. Quem é utilizador regular tem um passe ou um cartão Viva Viagem ou Sete Colinas e paga 90 centimos. Quem é utilizador ocasional é que usa tarifas de bordo. Usa porque quer, e ninguem é obrigado a andar de elevador por isso se acham caro andem a pé.
Não concordo que haja serviços turisticos a preços sociais.
E pelos vistos há mais gente a pensar como eu.
Já não chega os preços abaixo do custo de exploração que são cobrados nos passes, pré-comprados e tarifas de bordo nos autocarros!!
Quem fôr andar de autocarro numa empresa privada paga por uma zona 2,15€ de tarifa de bordo e 1,85€ por uma viagem com um bilhete pré-comprado. E assim mesmo é que tem que ser. Se manter uma empresa de transportes sai caro os utilizadores que as paguem.
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