In Público (27/1/2011)
Por Cláudia Sobral
«Depois de anunciada a derradeira festa do Cabaret Maxime, que até deu origem a uma petição para tentar travar o fim do "Moulin Rouge de Lisboa", a empresa Joing, responsável pela exploração do espaço, sustenta, numa nota de enviada ao PÚBLICO, que o facto de a actual gerência se afastar do Maxime não significa que o cabaret vá encerrar.
"Eles [a actual gerência] não são o Maxime" e o cabaré "é uma coisa muito mais ampla do que eles", lê-se na nota.
"O Maxime é um espaço emblemático da cidade de Lisboa, pelo que a Joing vai fazer todos os esforços para o reabrir no mais curto espaço de tempo possível", declara. "Houve Maxime antes deles, haverá Maxime depois deles", considera a Joing, aludindo à gerência do espaço que, até aqui, estava a cargo da produtora de Manuel João Vieira. Na mesma nota de esclarecimento, a Joing garante também que "os actuais gerentes partiram para a decisão de encerramento porque têm muitos milhares de euros de mensalidades em dívida" para com a Joing, com a qual têm um contrato de locação de estabelecimento (cessão de exploração), estando em curso um processo judicial entre a gerência e a Joing para resolver estes problemas. "Eles preferem sair pelo próprio pé a serem empurrados", alega a Joing.
Os responsáveis pela exploração do Maxime insistem porém na explicação avançada quando anunciaram o encerramento. "Também consideramos que nos devem tanto ou mais do que eles dizem que nós lhes devemos. Nós fechámos porque não há condições para trabalhar: os prazos para renovação do alvará foram largamente ultrapassados pela Joing", explicou Bo Backstrom. "Se continuarmos abertos, a Câmara de Lisboa terá de encerrar compulsivamente. E nós queremos evitar isso porque achamos que não é digno", acrescenta.
A Joing diz que o problema das obras é entre a empresa, o Grupo Bernardino Ribeiro, proprietário do edifício, e a câmara: "O explorador não tem nada a ver com as obras da casa."»
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