10/01/2011

Resposta do IGESPAR ao nosso protesto

Enviado aqui, em 30 de Dezembro de 2010:


Exmos. Senhores,


Em resposta ao V. correio electrónico de 30 de Dezembro, respeitante à não inclusão de quatro imóveis no Despacho n.º 19338/2010, informamos que todos os procedimentos de classificação dos imóveis referidos foram encerrados, pelos directores do IPPAR ou do IGESPAR, I.P., sob propostas da Direcção Regional de Lisboa ou da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, pelo que não caducaram agora nem poderiam estar incluídos no referido despacho de prorrogação.

Esta informação consta da página electrónica do Instituto, sendo que:

- o Cinema Odéon, cujo despacho de revogação data de 30-10-2009, está incluído no conjunto da Zona da Avenida da Liberdade, em vias de classificação;

- o Palacete Loures, onde está sediado o Grémio Literário, cujo despacho de encerramento data de 1-06-2006, está incluído no conjunto da Lisboa Pombalina, em vias de classificação;

- o Salão Nobre da Escola de Música do Conservatório Nacional, cujo despacho de encerramento data de 23-07-2005, está incluído no Conjunto do Bairro Alto, classificado como Conjunto de Interesse Público;

- os três prédios de rendimento, sitos na Avenida Duque de Loulé, 86-96, têm despacho de encerramento datado de 29-10-2010, não estando abrangidos por qualquer servidão do património cultural.


Com os melhores cumprimentos,

Cíntia Pereira de Sousa
Assessora da Direcção
IGESPAR, I.P.


...

Agradecendo a resposta do IGESPAR, continuo, e falo por mim, a achar que persisitir-se no argumento da "hierarquia" de classificações é um erro, e que à custa disso já se tem perdido inúmeros edifícios de inegável valor para a cidade, por estarem apenas em "zonas" classificadas (ver Bairro Alto e Baixa) ou em vias de classificação (veja o caso da Avenida da Liberdade, Arco do Cego, etc.)...

Sobre os imóveis de Sottomayor, na Avenida Duque de Loulé, seria então uma razão mais do que suficiente para classificar a Duque de Loulé e zona envolvente como Imóvel de Interesse Público, dada a autêntica "reserva do Séc.XIX-XX" que aquela zona ainda tem, apesar de todos os atentados que por lá se passaram e passam. Se é que ainda temos património dos finais de XIX, princípios do XX, a zona da Duque de Loulé é a maior concentração de prédios dessa época dignos de nota, e como tal consolidada.

Se essa "reserva" desaparecer, dadas as expectativas mais que pessimistas, restarão apenas exemplares a espaços, o que é uma pena, numa cidade já de si tão pobre nesse tipo de arquitectura.

1 comentário:

Anónimo disse...

Atençã, Cidadania, ao que vem aí para o edifício e zona do do Conservatório, por parte da cml. Olhos e ouvidos bem abertos, atenção que casa onde não há pão... "é fartar vilanagem!"
Paulo Ferrero e restante cidadania, lisboetas: de atalaia!