Ex.mo Senhor Vereador Salter Cid
No seguimento de notícias vindas a público esta manhã, e estando neste momento em agenda a permanência, ou não, em Monsanto, do campo de tiro do clube ali residente, vimos dar-lhe conta de que,
- sendo nós um movimento de cidadania empenhado numa melhor qualidade de vida em Lisboa, e totalmente independente de qualquer côr partidária;
- nos importa preservar Monsanto enquanto pulmão verde de Lisboa, zona de lazer, passeio e ar puro;
- achamos ser sinónimo de atraso civilizacional manter-se em pleno Monsanto a actividade de tiro com chumbo (modalidade olímpica, é certo, popular e plena de sucessos internacionais entre nós) porque contamina os solos, porque causa poluição sonora, representa um perigo para as pessoas que por ali passam (basta recordar as dezenas de testemunhos escritos de queixosos que se nos dirigiram); ou seja, é uma actividade contra-natura naquele local.
Foi isso que comunicámos por diversas vezes ao Clube de Tiro e à Federação de Tiro.
Solicitámos ao Sr. Presidente da CML, e à restante vereação, que inicie imediatamente os procedimentos conducentes a encontrar uma solução alternativa para o campo de tiro, mantendo-se naquele local, como é óbvio, a restante actividade do clube enquanto clube de campo, quiçá, abrindo-se novos espaços desportivos, tais como tiro com arco, etc.
Tomámos mesmo a iniciativa de saber, informalmente, junto da Câmara de Cascais, se tal seria uma hipótese a considerar, não nos parecendo haver razões para uma recusa liminar por parte daquela autarquia, pelo que achamos estarem reunidas as condições para o início de negociações com vista a deslocar o campo de tiro para o concelho de Cascais.
Quanto ao treino dos pré-seleccionados para as Olímpiadas, o mesmo poderá decorrer nos campos da Serra da Carregueira no Cacém ou em Alcochete.
Subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Odete Pinto
(*) A propósito desta notícia JN
«PSD em defesa do campo de tiro
O PSD vai apresentar, na próxima reunião pública do Executivo da Câmara de Lisboa, quarta-feira, uma proposta que prevê o levantamento da proibição da prática de tiro no Clube Português de Tiro a Chumbo, em Monsanto, e recomendar a análise de toda a situação pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA) e Instituto Superior Técnico (IST), no sentido de tentar encontrar uma forma do equipamento não sair do local.
A questão do Clube de Tiro voltou ontem a ser debatida na reunião do Executivo, que decorreu à porta fechada, depois de, no início do mês, o presidente da Câmara e o vereador dos Espaços Verdes terem determinado a suspensão da actividade de tiro em Monsanto. Costa e Sá Fernandes deram um mês ao clube para apresentar um projecto que garanta a descontaminação dos solos, a ausência de ruído e a preservação da natureza, de modo a avaliarem a hipótese de lhes ser atribuída uma nova concessão.
Ontem, no início dos trabalhos, Salter Cid, vereador do PSD, contestou a decisão da Câmara de suspender a actividade do clube, lembrando que se trata do "único equipamento na região de Lisboa onde se pode praticar a modalidade de tiro". O autarca teme que este impedimento comprometa o treino dos atletas nacionais que já estão apurados para os Jogos Olímpicos de 2008. Caso não seja possível encontrar medidas de minimização, Salter Cid irá propor que a Câmara encontre um terreno alternativo para a instalação do equipamento, disse ao JN.
Na reunião de ontem, foi aprovada, com os votos contra do PCP, do PSD e do movimento "Lisboa com Carmona" - na ausência dos vereadores Fernando Negrão e Gabriela Seara - uma alteração ao regimento, proposta por Sá Fernandes, que prevê a realização de reuniões públicas descentralizadas na cidade, uma vez por mês, abertas à população. A proposta já tinha sido apresentada por Costa, mas tinha sido abandonada devido à falta de consenso. Gina Pereira»
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