Numa altura em que os eléctricos antigos regressam à Baixa do Porto, 30 anos depois de a terem abandonado, vale a pena analisar a capital e os seus eléctricos.
O sistema é composto por 6 carreiras de eléctrico, das quais uma está suspensa há 13 anos (E24 - Amoreiras/Carmo) e outra funciona em pleno limbo e até esteve recentemente suspensa (e desconheço se já funciona, E18 - Cemitério da Ajuda/Rua da Alfandega).
Exceptuando a E15, que funciona - mal, como se sabe... - maioritáriamente com eléctricos "novos", todas funcionam com eléctricos tradicionais.
A rede encontra-se mergulhada num marasmo total, o ultimo grande investimento foi há mais de 10 anos quando se adquiriram 10 veículos articulados - para a então "nova rede" - e se remodelaram 45 veículos tradicionais para as restantes carreiras. Desde então nada mais se fez, inclusivé foi encerrada a carreira E17 (Martim Moniz/Alto de S.João), desactivou-se a Estação do Arco do Cego e destrui-se/vendeu-se metade da frota.
A "nova rede", que na altura tinha como pontos fortes as linhas da marginal (Oriente/Belem e St.Apolonia/Algés) foi sendo adiada, os novos veículos ficaram-se apenas pelos 10 iniciais, novos projectos foram aparecendo e desaparecendo...e em 2007 nada de novo.
O eléctrico "tradicional", alheio a isto tudo e tão admirado pelos turistas, foi sendo arredado dos seus palcos, substituido pelos novos veiculos, destruidos inclusivé com retroescavadoras - ...sim, é veridico, Lisboa já assistiu a isto... - até ao ponto em que estamos hoje, em que parece ser pura e simplesmente ignorado.
Exemplos como o do Porto fazem-nos ver o quanto precisa Lisboa de evoluir.
Qual o futuro do eléctrico?
Seria possivel, em Lisboa, um projecto semelhante ao do Porto? Serviços prestados por novos eléctricos, adequados aos dias de hoje, e veículos tradicionais?
E se fosse em Lisboa?
4 comentários:
Este forum tem inúmeros posts a este respeito. este devia ser um cavalo de batalha!
também concordo! é preciso começar a pensar numa campanha para trazer de volta - como prometido - a cariera 24, a ligar o Cais do sodré às Amoreiras.
Em 1995/96 a desculpa da "suspensão" devia-se à construção do parque de estacionamento subterraneo em Campolide, em 1997 o Metro no Rato, em 2000 uma obra perto do Largo do Carmo...
Por sorte a estrutura tem-se mantido inalterada, durante os anos decorreram varias obras de benificiação, limpeza dos carris, substituição de alguns troços...
Em 2007 a questão já é mais "falta de veículos disponiveis", o que é simplesmente ridiculo tendo em conta que em tempos os vendiam porque - pelos vistos - os tinham "a mais"!
Tem de se começar a "bater o pé", ou então nunca mais...
Soube ontem que uma das propostas da campanha eleitoral do actual presidente António Costa é precisamente o trazer de volta a carreira 24.
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