04/04/2008

Lisboa Moradores temem desabamento de prédio no Bairro da Mouraria

In Público (4/4/2008)

«Os moradores na Rua de João do Outeiro, no Bairro da Mouraria, freguesia do Socorro, estão preocupados com a segurança estrutural de um edifício, cujas obras foram embargadas pela autarquia no final de Março. O presidente da Junta de Freguesia do Socorro, Marcelino Figueiredo, revelou que a decisão da autarquia deveu-se ao facto de as obras "não respeitarem o projecto de recuperação" do edifício entregue na câmara. A junta de freguesia contactou a Unidade de Projecto da Mouraria - criada pela autarquia para a recuperação do bairro - para tentar resolver a situação, mas este serviço limitou-se a dizer ao autarca que a obra estava embargada e que o proprietário já tinha sido notificado. "O parque habitacional envelhecido é um dos principais problemas da freguesia", defendeu o presidente da junta. Na terça-feira de manhã começaram a retirar os entulhos, as madeiras e barrotes, bem como os restos dos escombros da via pública, a pedido da junta de freguesia, para dentro do prédio, disse Luísa Barata, que habita no prédio em frente à obra agora embargada. No bairro histórico do "berço do fado passam milhares de turistas", sendo uma "vergonha para a cidade o estado em que se encontra a Mouraria", explicou ainda a residente. Lusa »

9 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Sendo assim, é aconselhável que os moradores desistam da renda num sítio que os coloca em perigo, e que procurem uma habitação alternativa. Não me parece ser um problema de maior.

daniel costa-lourenço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
daniel costa-lourenço disse...

Esta situação é deveras lamentável, sobre várias pontos de vista, nomeadamente pelo facto de a Edilidade estar inoperacional e/ou sem meios ou vontade de salvar o centro histórico da cidade, que, ironicamente, é uma das maiores fontes de receitas e cartaz turístico da cidade.

Por outro lado, os proprietários, ou não têm meios para recuperar os seus imóveis ou, concientemente não querem fazer, esperando que o estado se susbtitua a eles, ou aguardando o desmoronamento (que sempre é mais fácil).

Por fim (o mais trágico), os habitantes, normalmente, idosos, sem meios, sem escolha, obrigados a viver em locais degradados e sem as mínimas condições de segurança e higiene.

Só mesmo quem não está lá é que poderá achar pitoresco....e que liquido e tão simples como uma escolha ficar ou sair.

Anónimo disse...

Caro Filipe Melo Sousa,
Não costumo ser uma pessoa de alimentar polémicas, e acredito que toda a gente tem direito à sua opinião por muito diferente (ou idiota como preferir)que seja da nossa.
No entanto, e como existem sempre excepções à regra, deixe-me que lhe diga que este seu comentário tão infeliz relativo a um problema tão grave só me leva a pensar que, definitivamente, é por causa de pessoas que pensam como o senhor que a Mouraria (e não só)se encontra no estado em que está!
Como deve imaginar, se a solução para o problema de todas aquelas pessoas que vivem em risco permanente todos os dias fosse simplesmente procurar uma casa noutro lado e mudar-se de armas e bagagens, então a Mouraria estava às moscas. Ninguém é masoquista ao ponto de querer viver num sítio a cair aos bocados!
Mas como parto do princípio que o Filipe é o tipo de pessoa que nunca teve dificuldades na vida, que vê os problemas de longe e que atira postas de pescada só porque se sente no direito de o fazer, fiquemos por aqui...
Espero sinceramente que nunca tenha de assistir à constante e aparentemente eterna degradação do sítio em que nasceu e cresceu, sem que ninguém faça nada para impedi-la. E ver um sítio que ama desaparecer.
Atentamente.

Filipe Melo Sousa disse...

Recuso qualquer responsabilidade. Nunca prejudiquei ninguém da mouraria, não sou eleito, nem devedor aos seus habitantes. Eu responsabilizo-me pelos meus actos, e não peço a ninguém que resolva os meus problemas. Nem admito o fardo dos problemas dos outros. Ninguém que paga as rendas que paga naquela zona se pode queixar. Pelo contrário, já exploraram o seu próximo o quanto baste para vir chorar.

Anónimo disse...

Caro Filipe,
Como deve ter percebido pelo meu comentário, que foi bastante claro e preciso, não o responsabilizei de maneira nenhuma pelos problemas que a Mouraria infelizmente atravessa. Porque raio é que o haveria de fazer? Limitei-me a comentar a sua tão infeliz frase.
Continuando com as infelicidades, parece-me que o exmo. senhor é pródigo em frases feitas, infelizes, estúpidas e que denotam o que é realmente. Um menino armado ao pingarelho que pensa que sabe o que é a vida e que diz baboseiras pensando que é alguém e que tem muita razão, quando na realidade (e olhe que eu costumo ser bastante diplomática) é um deficiente mental que não merece absolutamente respeito nenhum.
Em suma, é um bidé.
Passe bem.

Filipe Melo Sousa disse...

é por causa de pessoas que pensam como o senhor que a Mouraria (e não só)se encontra no estado em que está!

Devolvo a pergunta: porque raio o faz? E já agora, porque demonstra tanta amargura quando alguém não partilha dos seus valores? Eu pelo menos não tento impo-los coercivamente aos outros através de ameaças e insultos.

Anónimo disse...

Sempre que faço pesquisas na Internet sobre informações de natureza patrimonial e histórica de Lisboa, deparo com este tipo de situações. Cara Mia, só o facto de ter dado azo a que esse Filipe não-sei-das-quantas se pronunciasse foi, como diz o povo, 'pérolas a porcos'. Deixe-o viver na redoma dele e remeta-o à sua insignificância tratando-o com indiferença. Há tantos filipes por aí que mais vale ignorá-los de facto. Oxalá esta mensagem lhe chegue de alguma forma

Filipe Melo Sousa disse...

Lamento, não chegou mensagem nenhuma. Não respondeu a nenhuma questão que eu coloquei, apenas se limitou a dizer que o seu interlocutor é uma pessoa nefasta "porque sim".