05/04/2011

Concha de 19 milhões

A EDP vai construir um novo edifício em forma de "concha" na frente ribeirinha, no prolongamento das instalações do Museu da Electricidade.



O imóvel, um investimento de 19 milhões de euros, que será financiado através da alienação de vários prédios que a EDP tem espalhados por Lisboa, já tem todas as autorizações (da Câmara de Lisboa e do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico) e o concurso público para a sua construção deverá ser lançado ainda este ano. A arquitecta responsável pelo projecto é a inglesa Amanda Levete e, de acordo com os responsáveis da EDP, "terá um espaço livre para exposições de 1600 m2".
A Fundação EDP vai ainda remodelar o pequeno cais de embarque de Belém, de modo a criar uma ligação turística entre o Museu da Electricidade e o Terreiro do Paço.
A eléctrica espera também lançar, ainda este ano, o concurso para a sua nova sede na avenida 24 de Julho, em Lisboa. Um projecto da autoria de Manuel e Francisco Aires Mateus.
Na apresentação das contas da Fundação EDP, o presidente da eléctrica, António Mexia, anunciou que a EDP espera uma autorização do regulador para colocar na factura de electricidade um pedido de doação voluntário aos clientes de 30 a 50 cêntimos por mês para projectos de mecenato social.
in "Correio da Manhã"

Comentário mais votado a este artigo do Correio da Manhã:
"Eu li bem?! Em tempo de crise vão investir num edificio desnecessário, mostrando capacidade de sobra para projectos de mecenato social, e vêem pedir aos clientes para doarem??? Não sei o que diga!"
Antonio Vasconcelos

Mais uma para juntar à famosa "pala" que não serve para nada,e aos monstros de Cais do Sodré.

13 comentários:

Anónimo disse...

e que tal criarem empregos que produzam algo?


só idiotices deste tipo proliferam em Portugal: "de acordo com os responsáveis da EDP, "terá um espaço livre para exposições de 1600 m2"."

só se for para exporem a miséria dos pobres

Anónimo disse...

a riqueza arquitectonica que o edificio traz e positiva, mas para isso tambem era necessario que fosse util. onde esta a procura para tanto espaço de exposiçao??

Anónimo disse...

esqueceram-se foi dos carros que vão estar sempre presentes...

com a fiscalização que existe a ideia de que um dia vou lá tirar uma foto e o resultado parece-se com este (sem carros, sem grafitti) é pura utopia.

BRUXA disse...

Aqui está um bom exemplo de...............PARVOICE E DESCARAMENTO!!!

Anónimo disse...

Esta sede e outra na 24 de Julho? Mas para que precisam de 2 sedes?
Um barco a fazer ligações entre o Terreiro do Paço e Belém (ao preço que anda o gasóleo)? Não serve o eléctrico?
Pedir ao regulador para incluir uma doação voluntária? E um carimbo de BESTA na testa, ele não quer ou a entidade não dá?
Se fosse voluntária não precisava de vir descriminado na conta, se vem é porque se vai mesmo pagar, logo não é voluntário...

Invistam o dinheiro que vão gastar a fazer um edifício inútil (por muito bom que seja o projecto, não é isso que está em causa) no mecenato em vez de virem roubar outra vez os portugueses como fazem com outras taxas que vem na conta da luz.
É para isto que querem aumentar o preço da electricidade? Depois não se venham queixar que perdem clientes com a democratização do mercado eléctrico ibérico!!

Além disso EDP é empresa pública devia poupar e não gastar; se é para cortar nos gastos cortem em vez de apertarem o cinto aos portugueses...

Portugal, infelizmente, é assim...
E depois ainda querem que os portugueses acreditem neles... Cambada de encostados, palhaços e exploradores!!!!

(Percebo perfeitamente se este comentário for bloqueado ou pelo menos considerado excessivo, mas hoje estou mesmo de mau humor por causa da incompetência que lavra por este país de amadores com a mania que são muito experientes e que só eles é que tem inteligência)

Anónimo disse...

Lisboa é cada vez mais cidade de cultura. e cada vez há mais estrangeiros a viver em Lisboa por causa deste sector. Parabéns EDP, por empregares tão bem os teus fabulosos lucros, em prol da nossa cidade!

Anónimo disse...

Alguém sabe que droga andam a tomar? O Mexia deve andar a fumar do que faz rir!

Anónimo disse...

Quando esteve na banca deu-lhe jeito que lhe algumas empresas públicas em divida com esses bancos obtivessem por parte do estado um aumento das suas divida.
Se a EDP tem excedentes deveria aliviar a factura ou criar mais posto de trabalho.
Aí sim marcava a diferença.

Jose S. Clara disse...

Subscrevo todos os comentários contra e acrescento que como utente regular da ciclovia ribeirinha, dispenso obras que a mutilem (mesmo, admitamos, temporariamente).

Anónimo disse...

Só algumas correcções.
A EDP é uma empresa Privada. A maioria dos seus resultados já vêm de fora de Portugal, aliás os seus resultados até têm estado a cair em Portugal. E acima de tudo, se quisermos já podemos comprar electricidade a outros operadores.
Em relação a interveção urbana aqui discutida. Tb tenho as minhas duvidas, aquela escadaria com inclinação tao baixa deve ter problemas, tendo em conta a força da corrente.....

FJorge disse...

Mais um edificio autista para atarvancar Lisboa. Enquanto isso diversos monumentos nacionais apodrecem estando em risco crescente. Prioridades de um Portugal provinciano, balofo, eternamente pseudo-novo-riquista. Que doentia falta de sentido de prioridades para a Cultura!

G da Silva disse...

A EDP tem a maior cota de mercado em Portugal, podendo se considerado quase monopólio.
A sua riqueza e crescimento deve-se aos portugueses, e não exclusivamente à gestão, ou à sua internacionalização consequência da sua posição no mercado.
Dito isto, a EDP tem responsabilidades e deveres para com todo o país, e se tem excedentes deveria auxiliar e ajudar através da sua Fundação recuperar o nosso património uma vez que o estado se encontra numa situação complicada, ou ainda a comprar obras portuguesas em leilões aumentando o nosso património, ou evitando que saia de Portugal.
É aqui que gostaríamos de ver a EDP, é assim que se distingue um gestor da craveira de Antonio Mexia, não gastar em obras que nada servem, e que demonstram imaturidade e uma necessidade de afirmação que Portugal não necessita. Para além de ter sido apresentado num dos momentos mais graves da historia económica e social deste país.

Anónimo disse...

Se esses 10 milhões fossem canalizados para o restauro e conservação de monumentos históricos todos ganhariam, desde a EDP ao abrigo da lei do mecenato, os Lisboetas e o Portugueses.
O Arco da Rua Augusta, peça única da escultura de Lisboa está no estado em que está; a estátua equestre de D.José I, a melhor estátua equestre de Portugal e uma das melhores da Europa está como está - até faltam elementos!, o palácio da Ajuda nem se fale, com janelas partidas; o palácio de Queluz é uma vergonha nacional, etc...
Não há direito que se gaste este direito em obra tão inútil e de gosto duvidosíssimo.