15/04/2011
Movimento quer uniformizar todas as esplanadas de Lisboa
Movimento quer uniformizar todas as esplanadas de Lisboa (por Ines Boaventura in Publico)
Os vereadores da oposição classificaram-nas como “excessivas”, mas o Fórum Cidadania Lisboa veio ontem saudar as normas impostas pela Câmara de Lisboa às esplanadas da Baixa, que terão de uniformizar mobiliário, o formato das ementas e toalhas, com o argumento de que assim se trava a desqualificação do espaço público.
Além do elogio, aquele movimento cívico apela à autarquia para que aplique as mesmas regras “a todas as zonas históricas da cidade” e não apenas às esplanadas da Baixa.
Em comunicado, o fórum aplaude o presidente António Costa e o vereador Sá Fernandes, que detém o pelouro do Espaço Público, “pela coragem de finalmente agir em prol da aplicação rigorosa de regulamentação sobre as esplanadas”. Mas também diz que “de pouco ou nada valerá esta nobre e bem intencionada iniciativa se a fiscalização continuar a ser insuficiente como até agora”.
O movimento quer que as mesmas normas – que incluem restrições sobre a existência de publicidade e o material dos porta guardanapos que podem ser colocados sobre as mesas – sejam alargadas “com urgência” a outras áreas, “porque toda a cidade sofre de esplanadas caóticas”. “Da Sé ao Castelo, passando por Alfama à Mouraria e a Belém”, sustenta o Fórum Cidadania Lisboa, que faz acompanhar o seu comunicado de um conjunto de fotografias nas quais se vêem cadeiras e mesas de plástico, bases de chapéus de sol, floreiras e divisórias em betão, uma ementa presa a um sinal de trânsito e anúncios afixados numa parede.
“A situação é caótica desde há muitos anos”, alega o fórum, atribuindo a situação a que se chegou à “demissão da Câmara de Lisboa enquanto zeladora da qualidade das esplanadas” e aos “maus hábitos adquiridos ao longo do tempo pelos proprietários dos cafés e restaurantes, ocupando a via pública de forma desordenada, poluindo visualmente” a cidade.
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Um exemplo : Na Rua de S. Nicolau, antes um verdadeiro "festival" de tendas de plástico, écrans plasma gritantes, "placards" multicolores, iluminação néon ... enfim "aquilo" que classifiquei como "o eixo prioritário da batata frita e da Pizza de cartolina" ... tanto a Pastelaria Pomona na esquina com a Rua da Prata, como o agradável restaurante MOMA, já acataram as regras e arrumam todas as cadeiras quando encerram.
Só a Pastelaria na esquina com a Rua Augusta, que por sinal tem esplanada tanto na Rua de S. Nicolau como na Rua Augusta, continua a ignorar deliberadamente e ostensivamente essas mesmas regras, e a deixar todas as cadeiras amontoadas na via pública ...
Além disso, agora que o Turismo se transformou na derradeira esperança de sobrevivência comercial de muitas esplanadas, é necessário lembrar que o grau de exposição ao assédio permanente por vendedores, pedintes e outros se tornou verdadeiramente insuportável ... estando alguém sentado numa esplanada na Baixa, exposto a um ritmo de dez "aproximações" por meia-hora...
Bem sei que a crise é séria ... mas a nossa imagem tem que ser estratégicamente defendida e a qualidade mínima da vivência de rua tem que ser garantida por todas as razões evidentes ...
António Sérgio Rosa de Carvalho
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7 comentários:
As constantes abordagens dos pedintes (especialmente das romenas) e os vendedores de "haxixe" são a maior praga da Baixa. Mesmo sendo dificil acabar com isso, seria bom começar a pensar em formas de o fazer. Uma delas seria uma maior presença da polícia junto destas esplanas, pois pelo menos poderia dissuadir algumas das abordagens e dar um maior sentimento de segurança a quem gasta o seu dinheiro na cidade.
Lisboa (e o país) perde muito com isto porque a imagem da cidade é afectada, e pode afastar novos visitantes pelo "word of mouth." Todos os turistas estrangeiros com quem tenho falado queixam-se destas abordagens que dão uma imagem e um sentimento de terceiro mundo abandonado e abandalhado.
Retiraram os vendedores ambulantes de junto do arco da Rua Augusta mas esqueceram-se desta praga.
Desde princípios da década de 80 que não me recordo ter caminhado na Rua Augusta sem ser abordado por vendedores de haxixe. Verdade se diga que não tenho passado lá todos os anos....mas depois de quase 30 anos isto ainda não acabou ??
Ai que bom uma cidade tão bonitiha com tudo igualzinho e com um policiazinho em cada esquina! Onde é que já ouvimos isto tenham juízo e concentrem-se naquilo que é importante para País e a cidade! Não são seguramente as esplanadas uniformizadas! Vão lá fora, a Barcelona, a Berlim e aprendam! Cambada de campónios que tomou conta deste pobre Portugal....
Francisco Reis
Será que algumas pessoas pensam, que nos outros Países nao existem pedintes ou vendedores de droga, pelas ruas, ás portas dos supermercados etc.? Existem sim só que nós nao gostamos deles porque nos fazem lembrar, as situacoes em que qualquer um de nós pode rápidamente, ter a infelicidade, de nelas cair. A mim também me perturbam mas daí a chamar-lhes "praga", vai uma distancia bem grande!
Desejos de um bom fim de semana sentados na esplanada, sem "pragas" á volta....
nunca foi abordado por vendedores de haxixe ou qualquer outro tipo de droga, seja na baixa ou em qualquer outro lugar... (mas conheço quem o seja sempre)
agora pedintes a vender pensos ou o borda de água, empregados dos cafés e restaurantes e vendedores de cartões de crédito é coisa que não falta... estes últimos então, há uns meses eram uma verdadeira praga de piolhos, parecia "o corredor da morte"
Quando te abordarem para te vender coisas, começa a apregoar o culto duma igreja qualquer e trata-os por irmãos; vais ver que descolam num instante.
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